O Sol é mais quente na alta atmosfera do que na superfície
A superfície do Sol é extremamente quente, cerca de 5726 graus celsius, mas curiosamente na atmosfera solar a temperatura é 300 vezes superior. Um fator misterioso que lançou várias questões para os estudiosos do astro rei: o que aquece na atmosfera para existirem tais temperaturas extremas?
Normalmente quando se move algo para longe de uma fonte de calor, automaticamente fica mais fresco, mas na atmosfera solar existe algum mecanismo que provoca uma reacção inversa e provoca uma subida extrema das temperaturas.
Uma das explicações apresentadas na reunião trienal Cimeira da terra-sol, ou TESS, no dia 28 de abril, para o mistério de aquecimento da coroa solar foi as normais explosões solares que frequentemente eclodem na superfície solar.

Um fenómeno que juntou pela primeira vez vários grupos de pesquisa que estuda a conexão sol-terra, bem como as explosões no sol e os efeitos provocados ao longo do percurso e também no nosso planeta – um campo de pesquisa conhecido coletivamente como Heliofísica.
O objectivo geral desta reunião inaugural da TESS, feita em Indianápolis, é compartilhar técnicas através das disciplinas e incentivar a colaboração interdisciplinar sobre as questões pendentes da Heliofísica.
O mistério do aquecimento da coroa solar
Neste encontro da TESS, vários cientistas puderam explicar quais as causas teóricas que explicam este fenómeno de sobreaquecimento na atmosfera solar.
Jim Klimchuk, um cientista que estuda o Sol no centro de pesquisa Goddard Space Flight Center da NASA em Greenbelt, Maryland, explicou que a nova evidência suporta uma teoria de que a coroa do Sol é aquecida por pequenas explosões chamados “nanoflares”(nano-chamas).
1 metro = 0.001 ml (milímetros)
1 metro = 0.000 001 (mícron)
1 metro = 0.000 000 001 n (nano)Estas “nanoflares” são impulsivas e soltam rajadas que individualmente alcançam temperaturas incrivelmente altas, chegando mesmo a rondar os 10 milhões de graus Celsius, fornecendo o calor para a atmosfera.
"As explosões são chamadas de 'nanoflares' porque elas têm um bilionésimo da energia de uma erupção normal," disse Klimchuk. "Apesar de ser pequeno relativamente aos padrões solares conhecidos, cada uma destas “nanoflares” contém energia equivalente a uma bomba de hidrogênio de 10 megatoneladas.

E por segundo milhões delas atravessam a atmosfera solar, e colectivamente provocam o aquecimento da coroa do Sol."
A primeira evidência da presença deste plasma super quente foi apresentada por Adrian Daw, um cientista solar em Goddard e investigador principal da missão Extreme Ultraviolet Normal Incidence Spectrograph (EUNIS).
A missão EUNIS consistiu no lançamento de um foguete no dia 15 de dezembro de 2013 e durante o voo de 15 minutos recolheu e reunir informações sobre a quantidade de material presente na atmosfera uma dada temperatura. Essas medições foram feitas através de um espectrógrafo que estava sintonizado para uma gama de comprimentos de onda útil para registar material a temperaturas de 10 milhões de graus celsius, as temperaturas que significam “nanoflares”.

Adrian Daw também relatou os resultados de uma outra experiência, feita em 2012 e 2013, através do mesmo método, em que capturou imagens raios-x da coroa solar. Estes resultados, também, confirmaram a presença de plasma super quente do Sol.
A teoria é corroborada por Iain Hannah, uma astrofísica da Universidade de Glasgow, Escócia, em que falou sobre espectroscopia Nuclear Telescope Array da NASA, ou NuSTAR, que normalmente examina os raios-x de estrelas distantes e buracos negros.
"Os metedos de leitura através dos raios-x, são uma sonda direta em processos de alta energia do sol,", disse Hannah.
Já Stephen Bradshaw, um astrofísico solar pertencente à Universidade Rice em Houston, Texas, usou um sofisticado modelo computacional para demonstrar nas manchas solares as assinaturas das “nanoflares” e como tem sido difícil.
Agora estas novas provas permitem ajudar os pesquisadores a ir mais longe e melhorar as teorias sobre os detalhes do aquecimento da coroa solar – permitindo à Heliofísica, um dia, resolver o mistério deste super aquecimento na atmosfera solar.
A reunião cientifica TESS ocorre a cada três anos e é uma reunião conjunta entre a Física Espacial, a Aeronomy Section of the American Geophysical e da divisão de Física Solar da American Astronomical Society.
Uma das explicações apresentadas na reunião trienal Cimeira da terra-sol, ou TESS, no dia 28 de abril, para o mistério de aquecimento da coroa solar foi as normais explosões solares que frequentemente eclodem na superfície solar.
Um fenómeno que juntou pela primeira vez vários grupos de pesquisa que estuda a conexão sol-terra, bem como as explosões no sol e os efeitos provocados ao longo do percurso e também no nosso planeta – um campo de pesquisa conhecido coletivamente como Heliofísica.
O objectivo geral desta reunião inaugural da TESS, feita em Indianápolis, é compartilhar técnicas através das disciplinas e incentivar a colaboração interdisciplinar sobre as questões pendentes da Heliofísica.
O mistério do aquecimento da coroa solar
Neste encontro da TESS, vários cientistas puderam explicar quais as causas teóricas que explicam este fenómeno de sobreaquecimento na atmosfera solar.
Jim Klimchuk, um cientista que estuda o Sol no centro de pesquisa Goddard Space Flight Center da NASA em Greenbelt, Maryland, explicou que a nova evidência suporta uma teoria de que a coroa do Sol é aquecida por pequenas explosões chamados “nanoflares”(nano-chamas).
1 metro = 0.001 ml (milímetros)
1 metro = 0.000 001 (mícron)
1 metro = 0.000 000 001 n (nano)Estas “nanoflares” são impulsivas e soltam rajadas que individualmente alcançam temperaturas incrivelmente altas, chegando mesmo a rondar os 10 milhões de graus Celsius, fornecendo o calor para a atmosfera.
"As explosões são chamadas de 'nanoflares' porque elas têm um bilionésimo da energia de uma erupção normal," disse Klimchuk. "Apesar de ser pequeno relativamente aos padrões solares conhecidos, cada uma destas “nanoflares” contém energia equivalente a uma bomba de hidrogênio de 10 megatoneladas.
E por segundo milhões delas atravessam a atmosfera solar, e colectivamente provocam o aquecimento da coroa do Sol."
A primeira evidência da presença deste plasma super quente foi apresentada por Adrian Daw, um cientista solar em Goddard e investigador principal da missão Extreme Ultraviolet Normal Incidence Spectrograph (EUNIS).
A missão EUNIS consistiu no lançamento de um foguete no dia 15 de dezembro de 2013 e durante o voo de 15 minutos recolheu e reunir informações sobre a quantidade de material presente na atmosfera uma dada temperatura. Essas medições foram feitas através de um espectrógrafo que estava sintonizado para uma gama de comprimentos de onda útil para registar material a temperaturas de 10 milhões de graus celsius, as temperaturas que significam “nanoflares”.
Adrian Daw também relatou os resultados de uma outra experiência, feita em 2012 e 2013, através do mesmo método, em que capturou imagens raios-x da coroa solar. Estes resultados, também, confirmaram a presença de plasma super quente do Sol.
A teoria é corroborada por Iain Hannah, uma astrofísica da Universidade de Glasgow, Escócia, em que falou sobre espectroscopia Nuclear Telescope Array da NASA, ou NuSTAR, que normalmente examina os raios-x de estrelas distantes e buracos negros.
"Os metedos de leitura através dos raios-x, são uma sonda direta em processos de alta energia do sol,", disse Hannah.
Já Stephen Bradshaw, um astrofísico solar pertencente à Universidade Rice em Houston, Texas, usou um sofisticado modelo computacional para demonstrar nas manchas solares as assinaturas das “nanoflares” e como tem sido difícil.
Agora estas novas provas permitem ajudar os pesquisadores a ir mais longe e melhorar as teorias sobre os detalhes do aquecimento da coroa solar – permitindo à Heliofísica, um dia, resolver o mistério deste super aquecimento na atmosfera solar.
A reunião cientifica TESS ocorre a cada três anos e é uma reunião conjunta entre a Física Espacial, a Aeronomy Section of the American Geophysical e da divisão de Física Solar da American Astronomical Society.