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O isolamento crescente de Biden entre os democratas

por Cristina Santos - RTP
Reuters

Não é apenas por causa da Covid-19 e dos "sintomas ligeiros" que Joe Biden está isolado. A imprensa norte-americana cita uma fonte e garante que o presidente recandidato está também em introspeção e a ponderar o futuro da campanha presidencial.

Uma avaliação cada vez mais profunda após os apelos crescentes de figuras cimeiras do partido Democrata e dos maiores financiadores da campanha. O jornal New York Times, com base em fontes próximas do presidente norte-americano, escreve que Biden começa a aceitar a ideia de que será incapaz de vencer as eleições presidenciais de novembro e poderá desistir da corrida.

Sem qualquer anúncio oficial, a imprensa norte-americana e europeia questiona-se: quem vai desferir o golpe final e levar Biden à desistência? Por exemplo, o nome de Barack Obama surgiu por, alegadamente, manifestar dúvidas sobre a “viabilidade” da candidatura de Joe Biden.

Em convalescença à beira-mar na residência particular em Delaware, no leste dos Estados Unidos, por causa da Covid, este diagnóstico sobre a saúde de Biden veio na pior altura para a campanha democrata. Primeiro pelo contraste com o vigor de Trump e depois pelas dúvidas sobre a saúde física e mental do presidente.

O senador democrata de Montana e que tenta a reeleição, Jon Tester, tornou-se na quinta-feira o segundo senador democrata a pedir publicamente a renúncia de Joe Biden. Quanto Nancy Pelosi, que liderou a Câmara dos Representantes, de acordo com o Washington Post, terá afirmado que Joe Biden poderia ser convencido rapidamente a abandonar a corrida. Antes, já os líderes democratas na Câmara dos Representantes e no Senado - Hakeem Jeffries and Chuck Schumer – afirmaram a Biden que se ele continuar na corrida presidencial, o partido perde a Casa Branca e também qualquer hipótese de reconquistar a Câmara dos Representantes. 

Na quarta-feira, o presidente recandidato admitiu, pela primeira vez, a possibilidade de abandonar a campanha se fosse diagnosticado com algum problema médico.

Num inquérito recente, o Centro de sondagens Emerson College mostra que nos denominados swing states (estados onde os eleitores flutuam entre os dois principais partidos) 53.7% dos inquiridos votariam num candidato democrata mais jovem que o republicano Donald Trump que tem 78 anos.


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