O Presidente norte-americano acusou a rede social Facebook de ser "anti-Trump". Donald Trump escolheu o Twitter para criticar a maior rede social do mundo, que diz estar em "conluio" com meios de comunicação como o New York Times e o Washington Post para veicular "notícias falsas". O CEO do gigante tecnológico rejeitou a afirmação e diz-se atacado.
Facebook was always anti-Trump.The Networks were always anti-Trump hence,Fake News, @nytimes(apologized) & @WaPo were anti-Trump. Collusion?
— Donald J. Trump (@realDonaldTrump) 27 de setembro de 2017
..But the people were Pro-Trump! Virtually no President has accomplished what we have accomplished in the first 9 months-and economy roaring
— Donald J. Trump (@realDonaldTrump) 27 de setembro de 2017
O CEO do Facebook, Mark Zuckerberg, respondeu as críticas do Presidente dos Estados Unidos, que acusou na prática o CEO da rede social de empreender uma política agressiva para com a sua Administração.
Atacado por Trump e por “liberais”
Zuckerberg rejeitou a afirmação de Trump, garantindo que o Facebook trabalha para garantir "eleições livres e justas" com uma plataforma online que não favorece qualquer dos lados.
"Trump diz que somos contra ele. Os liberais afirmam que nós ajudámos Trump [a vencer as eleições]. Ambos estão chateados com ideias e conteúdos de que não gostam. Administrar uma plataforma aberta a todas as ideias é assim", escreveu o Zuckerberg na sua conta do Facebook.
O CEO da empresa destacou ainda que as últimas eleições presidenciais norte-americanas foram "as primeiras nas quais a internet era o principal meio de comunicação dos candidatos com a sociedade".
"Depois das eleições, eu comentei que a ideia de que a desinformação no Facebook poderia influenciar os resultados da votação era uma loucura. Isso foi precipitado e eu arrependo-me do que disse", explicou Zuckerberg.
E conclui: “Continuaremos a trabalhar para construir uma comunidade para todas as pessoas. Vamos fazer a nossa parte no sentido de nos defendermos contra os Estados que tentam espalhar a desinformação (…) Continuaremos a trabalhar para garantir a integridade de eleições livres e justas em todo o mundo”.
Convocados ao Capitólio
De acordo com a BBC, o Senado e a Câmara dos Representantes dos Estados Unidos solicitaram formalmente aos gigantes tecnológicos Google, Facebook e Twitter que testemunhassem no quadro das investigações sobre a possível influência russa nas eleições presidenciais norte-americanas.
Os representantes das empresas devem apresentar-se perante a comissão de informações do Senado a 1 de novembro para uma audiência pública, informou a instituição na quarta-feira.
O objetivo da comissão de informações é determinar se essas redes poderão ter sido usadas pela Rússia para influenciar a eleição presidencial ganha por Donald Trump, no final do ano passado. O Kremlin tem vindo a negar repetidamente qualquer envolvimento.