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"O Facebook foi sempre anti-Trump". Zuckerberg na mira do Presidente

por Sandra Salvado - RTP
Carlos Barria - Reuters

O Presidente norte-americano acusou a rede social Facebook de ser "anti-Trump". Donald Trump escolheu o Twitter para criticar a maior rede social do mundo, que diz estar em "conluio" com meios de comunicação como o New York Times e o Washington Post para veicular "notícias falsas". O CEO do gigante tecnológico rejeitou a afirmação e diz-se atacado.

Num outro tweet, Donald Trump acrescentou: "Mas as pessoas eram pró-Trump! Praticamente nenhum Presidente realizou o que realizámos nos primeiros nove meses e a economia está a crescer".


O CEO do Facebook, Mark Zuckerberg, respondeu as críticas do Presidente dos Estados Unidos, que acusou na prática o CEO da rede social de empreender uma política agressiva para com a sua Administração.
Atacado por Trump e por “liberais”
Zuckerberg rejeitou a afirmação de Trump, garantindo que o Facebook trabalha para garantir "eleições livres e justas" com uma plataforma online que não favorece qualquer dos lados.

"Trump diz que somos contra ele. Os liberais afirmam que nós ajudámos Trump [a vencer as eleições]. Ambos estão chateados com ideias e conteúdos de que não gostam. Administrar uma plataforma aberta a todas as ideias é assim", escreveu o Zuckerberg na sua conta do Facebook.

O CEO da empresa destacou ainda que as últimas eleições presidenciais norte-americanas foram "as primeiras nas quais a internet era o principal meio de comunicação dos candidatos com a sociedade".

"Depois das eleições, eu comentei que a ideia de que a desinformação no Facebook poderia influenciar os resultados da votação era uma loucura. Isso foi precipitado e eu arrependo-me do que disse", explicou Zuckerberg.



E conclui: “Continuaremos a trabalhar para construir uma comunidade para todas as pessoas. Vamos fazer a nossa parte no sentido de nos defendermos contra os Estados que tentam espalhar a desinformação (…) Continuaremos a trabalhar para garantir a integridade de eleições livres e justas em todo o mundo”.
Convocados ao Capitólio
De acordo com a BBC, o Senado e a Câmara dos Representantes dos Estados Unidos solicitaram formalmente aos gigantes tecnológicos Google, Facebook e Twitter que testemunhassem no quadro das investigações sobre a possível influência russa nas eleições presidenciais norte-americanas.

Os representantes das empresas devem apresentar-se perante a comissão de informações do Senado a 1 de novembro para uma audiência pública, informou a instituição na quarta-feira.

O objetivo da comissão de informações é determinar se essas redes poderão ter sido usadas pela Rússia para influenciar a eleição presidencial ganha por Donald Trump, no final do ano passado. O Kremlin tem vindo a negar repetidamente qualquer envolvimento.
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