Nuno Melo destaca relacionamento muito próximo entre Portugal e Roménia

por Lusa

O ministro da Defesa Nacional, Nuno Melo, afirmou hoje que Portugal e a Roménia mantêm um relacionamento "muito próximo" e destacou o esforço comum no quadro da NATO, organização que "significa paz".

"O relacionamento com a Roménia é um relacionamento muito próximo, temos muito para crescer em muitos domínios, nomeadamente militar, neste contexto NATO que não é pequeno, tendo em conta os tempos e as nossas circunstâncias", disse.

Nuno Melo falava aos jornalistas em Bucareste, depois de se reunir com o homólogo romeno, Angel Tilvar, que assinalou os "pontos em comum" que Portugal e a Roménia tem na área militar, dando como exemplo o trabalho conjunto das forças dos dois países na África Central.

Sobre o conflito entre a Rússia e a Ucrânia, Tilvar respondeu aos jornalistas que há razões para os aliados se acautelarem e estarem preparados.

O ministro português manifestou a solidariedade do Governo para com a Roménia, face a "circunstâncias vividas", no país que faz fronteira com a Ucrânia, invadida pela Rússia em 24 de Fevereiro de 2022.

Sobre o reforço dos investimento português neste quadro, Nuno Melo destacou o envio de mais 20, num total de 40, elementos das Operações Especiais do Exército, para o teatro de operações da Roménia.

"Os portugueses tem de perceber que o prolongado período de paz que vivemos deve-se à NATO, uma organização que é de paz", disse, reiterando que Portugal atingirá em 2029 o objetivo de garantir 2% do PIB em investimento em Defesa.

O contingente português na Roménia, país que faz fronteira com a Ucrânia, é composto por 225 militares, a maioria da Brigada Mecanizada do Exército, e inclui quatro militares da Marinha e um da Força Aérea Portuguesa.

Portugal participa, no quadro da NATO, em exercícios conjuntos na Roménia desde 2022. O envio de uma brigada de até uma centena de militares tinha sido aprovado no ano anterior.

Contudo, depois da invasão da Ucrânia pela Rússia, em 24 de fevereiro de 2022, e face ao agravar do conflito, o Conselho Superior de Defesa Nacional deu parecer favorável ao reforço e à antecipação, em algumas semanas, da partida dos militares do Exército, que aconteceu em setembro desse ano.

Sediados na base militar de Caracal, os militares participam em duas missões da NATO, em exercícios e treinos com forças congéneres, em vários locais do país.

A missão "Enhanced Vigilance Activities" visa "afirmar a coesão e a determinação dos Aliados" e a `Tailored Forward Presence´ tem o objectivo de contribuir para a dissuasão e defesa da Aliança no seu flanco sudeste", de acordo com o Ministério da Defesa.

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