Quatro indígenas awá foram assassinados numa zona rural do departamento colombiano de Narino, na fronteira com o Equador, elevando para nove os homicídios entre esta população, no domingo.
O segundo massacre ocorreu na aldeia de Altaquer, município de Barbacoas, onde quatro indígenas se encontravam num salão de jogos quando foram atacados por homens armados que chegaram ao local e dispararam tiros.
O antigo senador indígena Feliciano Valencia escreveu na rede social Twitter que se tinha registado um "novo massacre contra o povo indígena Awá". Quatro pessoas indígenas foram mortas e mais duas ficaram feridas na aldeia de Altaquer em Barbacoas, Narino.
Horas antes, cinco outros indígenas foram mortos e mais quatro feridos depois de homens armados terem disparado contra um grupo de habitantes de um bairro de La Unión, em Valle del Cauca, disse a secretária governamental do município, Jhoana Ayala.
Um dos casos mais recentes de violência contra os awá ocorreu a 3 de julho, quando três jovens membros foram mortos a tiro por dissidentes das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC) na reserva indígena Inda Sabaleta, em Narino, quando se encontravam numa reunião.
A associação Minga denunciou então que grupos armados continuavam a matar indígenas apesar de este povo ser reconhecido pelo Tribunal Constitucional como estando em risco iminente de extinção e de beneficiar de medidas de proteção da Comissão Interamericana dos Direitos Humanos.
A Organização Nacional Indígena da Colômbia afirmou na semana passada que pelo menos 85 indígenas tinham sido mortos no país até meados de junho, sendo que mais de 30 eram awá.