Nova Zelândia. Polícia investiga possível crime em incêndio em albergue que matou seis pessoas
A polícia da Nova Zelândia revelou esta quarta-feira que está a investigar um possível crime ligado ao incêndio num albergue da capital, Wellington, que causou pelo menos seis mortos e um número indeterminado de desaparecidos.
"Como se trata de um incêndio provocado envolvendo mortes, esta é uma investigação de homicídio", disse o comandante interino da polícia de Wellington numa conferência de imprensa.
Ninguém foi ainda detido, revelou o inspetor Dion Bennett. No entanto, o comandante garantiu que a polícia tem uma lista de pessoas que vai interrogar para identificar possíveis suspeitos.
Escusou-se a adiantar se havia a convicção de que o fogo foi posto deliberadamente ou se foram usados aceleradores de combustão. Dion Bennett recusou revelar as circunstâncias do incêndio que começou por volta da meia-noite de segunda-feira no albergue Loafers Lodge, num edifício com quatro andares e que tinha 92 quartos.
O incêndio provocou pelo menos seis mortos. Uma equipa de agentes entrou hoje no prédio hoje para iniciar a investigação e recuperar os restos mortais que se acredita ainda estarem no interior.
Cinco pessoas também ficaram feridas, uma delas com gravidade.
O edifício onde ocorreu o incidente não dispunha de extintores de incêndio, algo que não era obrigatório por se tratar de um edifício antigo.
Segundo a autarca de Wellington, o albergue Loafers Lodge acolhia trabalhadores e pessoas vulneráveis, entre residentes de longo e curto prazo. Tory Whanau disse que alguns vivem com baixos rendimentos ou estão de forma "transitória" na Nova Zelândia, país que vive uma crise imobiliária.