Nova estirpe do SARS-CoV-2 agrava restrições em Inglaterra para o Natal

por RTP

O primeiro ministro britânico acaba de aumentar as restrições para o Natal e Ano Novo.

Uma decisão tomada depois da confirmação de que nova estirpe do vírus SARS-COV2 que circula no território é 70 por cento mais contagiosa. E está já a tornar-se dominante.

Quem vive em Inglaterra já não pode juntar-se a outros agregados familiares na noite de Natal e o comércio não essencial volta a fechar as portas.

Segundo Boris Johnson, o aumento do número de casos do novo coronavírus obrigou a subir o nível de alerta de 3 para 4, o mais elevado imposto desde o início da pandemia, o que implica o encerramento do comércio não essencial, como cabeleireiros e locais de lazer internos, que terão de fechar após o final do horário comercial no sábado.

Falando aos jornalistas numa conferência de imprensa após uma reunião do gabinete britânico, Johnson indicou também que a prevista "flexibilização" de cinco dias nas restrições de socialização, o que vai permitir que até três famílias se reúnam no Natal, está cancelada nas zonas onde entrará em vigor o nível 4.

O primeiro-ministro britânico salientou também que o sudeste de Inglaterra, onde foi detetada uma nova variante da covid-19, seguirá os mesmos passos e regras do confinamento em Londres, pelo que serão reforçadas as restrições durante o período natalício.

As autoridades britânicas já alertaram a Organização Mundial de Saúde (OMS) sobre a descoberta da nova variante, que se espalha com maior velocidade, embora não haja evidências de que seja mais letal ou que possa ter impacto na eficácia das vacinas desenvolvidas contra acovid-19, embora este ponto esteja ainda a ser avaliado "com urgência para confirmação". 

O Reino Unido está incluído na lista dos 10 países com maior número de infeções e de mortes associadas ao novo coronavírus - mais de 1,9 milhões de casos, 66.541 óbitos.

A pandemia de covid-19 provocou pelo menos 1.662.792 mortos resultantes de mais de 74,8 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

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