A entrega do Prémio Nobel da Paz de 2023 à iraniana Narges Mohammadi é um "lembrete importante" de que os direitos das mulheres enfrentam um "forte retrocesso" no Irão e noutros lugares do mundo, disse hoje o secretário-geral da ONU.
De acordo com António Guterres, esse forte retrocesso sente-se em vários níveis, incluindo a perseguição de mulheres defensoras dos direitos humanos.
"Este Prémio Nobel da Paz é um tributo a todas as mulheres que lutam pelos seus direitos arriscando a sua liberdade, a sua saúde e até as suas vidas", acrescentou Guterres, citado num comunicado oficial.
O Prémio Nobel da Paz deste ano foi hoje atribuído à ativista iraniana Narges Mohammadi, em nome da "luta das mulheres no Irão contra a opressão", anunciou o Comité Nobel Norueguês.
Segundo o comité, a escolha desta ativista, vice-presidente do Centro de Defensores dos Direitos Humanos, deveu-se também "à sua luta para promover os direitos humanos e a liberdade de todos".
Em 2022, o Nobel da Paz foi atribuído a Ales Bialiatski, da Bielorrússia, e às organizações de defesa dos direitos humanos Memorial, da Rússia, e Centro de Liberdades Civis, da Ucrânia.