Nobel da Física para os "pais" do Bosão de Higgs

por Augusta Henriques

Foto: Reuters

O Prémio Nobel da Física foi atribuído esta terça-feira ao belga François Englert e ao britânico Peter Higgs pelo trabalho sobre o Bosão de Higgs, um galardão que, na opinião do físico português Augusto Barroso, é inteiramente merecido.

Os dois homens, de 80 e 84 anos, foram distinguidos pelos seus trabalhos "sobre a descoberta teórica de um mecanismo que contribui para a compreensão da origem da massa das partículas subatómicas, que foi recentemente confirmada", disse o comité Nobel em comunicado. A Real Academia de Ciências Sueca explicou que uma equipa de físicos registou teoricamente a existência deste mecanismo em 1964 e que foi "recentemente confirmado pela descoberta das partículas fundamentais" em experiências no Centro Europeu de Física de Partículas(CERN).

Em 1964, por dedução, o físico britânico Peter Higgs registou a existência do bosão ao qual foi dado o seu nome, com os seus colegas belgas Robert Brout e François Englert. É este bosão, ou mais precisamente o "campo de Higgs", que funciona como uma espécie de campo gravitacional no espaço entre partículas, que,
segundo os físicos, dá massa a outras partículas elementares. O Bosão de Higgs também conhecido como "partícula de Deus" deve esta designação ao facto de um editor norte-americano ter decidido alterar o título de um livro sobre o assunto.

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