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Dois físicos partilham o Prémio Nobel da Física deste ano: o norte-americano John Hopfield e o anglo-canadiano Geoffrey Hinton. A Real Academia das Ciências da Suécia atribuiu-lhes o galardão pelas descobertas e invenções que fizeram e que lançaram as bases dos potentes sistemas de aprendizagem automática que são amplamente usados hoje em dia, tanto na investigação científica como na vida diária das pessoas comuns.
As descobertas de Hopfield e de Hinton são algoritmos ligados em rede e que funcionam, assim, da mesma maneira que o cérebro humano, utilizando as ligações entre os neurónios.
Estas redes neurais artificiais estão na origem da inteligência artificial que importantes ferramentas informáticas usam (como o ChatGPT ou o Tradutor do Google) e estão a fazer avançar o conhecimento em áreas tão diversas como a engenharia de materiais (na procura de materiais óptimos para a energia, por exemplo), a física de partículas e a astrofísica.
Aos 91 anos de idade, John Hopfield é um dos galardoados mais velhos de sempre com o Nobel da Física. É um norte-americano natural de Chicago, filho de pais que eram ambos físicos e trabalha atualmente na Universidade de Princeton (Estados Unidos).
Geoffrey Hinton tem 76 anos, é anglo-canadiano e estudou em Bristol, Cambridge e Edimburgo, no Reino Unido. Atualmente, está ligado à Universidade de Toronto (Canadá). Em 2023, expressou publicamente os seus receios em relação aos possíveis usos maliciosos da inteligência artificial.