Nicolás Maduro foi oficialmente proclamado presidente eleito da Venezuela na segunda-feira pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE). A oposição continua a reclamar a vitória e grande parte da comunidade internacional assume ceticismo perante os resultados oficiais e pede transparência.
“Os venezuelanos manifestaram a sua vontade absoluta ao eleger Nicolás Maduro (...) para o período de mandato 2025-2031. Proclamamos o presidente da República bolivariana da Venezuela, Nicolás Maduro", afirmou o presidente da comissão eleitoral, Elvis Amoroso, numa cerimónia que decorreu na CNE com a presença de Maduro.
No discurso que fez na Comissão Nacional Eleitoral, o presidente venezuelano denunciou esta segunda-feira o que diz ser uma tentativa de "impor um golpe de Estado fascista e contra-revolucionário" no país.
Após algumas horas de acalmia, registaram-se várias manifestações espontâneas em Caracas.
Também esta segunda-feira, o procurador-geral da Venezuela, Tarek William Saab, acusou a principal figura da oposição, Maria Corina Machado, de estar envolvida num alegado plano de pirataria para "falsificar" os resultados da eleição.
O responsável acusou também outras figuras da oposição que estão exiladas, incluindo Leopoldo López.
Logo no domingo, o presidente do Conselho Nacional Eleitoral tinha denunciado um "ataque ao sistema de transmissão de dados que atrasou" a contagem de votos.
De acordo com os resultados do Conselho Nacional Eleitoral, Nicolás Maduro foi reeleito para um terceiro mandato com 51,2 por cento dos votos. O candidato da oposição, Edmundo González Urrutia, substituto de última hora da líder da oposição, Maria Corina Machado, alcançou 44,3 por cento dos votos.
A oposição contesta estes resultados, alegando que obteve uma vitória com 70 por cento dos votos. A nível internacional, vários países pedem transparência e a divulgação completa dos resultados.