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Nicarágua. Crias de jaguar resgatadas das mãos de traficantes

por Carla Quirino - RTP
Jorge Torres - EPA

A publicação nas redes sociais da venda de dois jovens jaguares alertou Eduardo Sacasa do Zoo Nacional de Masaya. Os caçadores já tinham matado a mãe jaguar quando foram descobertos. Pretendiam fechar negócio com um comprador estrangeiro por 400 dólares, cerca 330 euros.

Eduardo Sacasa conseguiu contactar os caçadores e rumou para a região de Daukura, a norte da Nicarágua.

O encontro acordado previa que Sacasa não levasse autoridades para que as crias fossem entregues.
Jorge Torres - EPA

Eduardo, com ajuda de guias, viajou por terra e rios até chegar á comunidade de Sandy Bay onde estavam as crias, uma fêmea e um macho de três meses e meio.
"Eles estão magros, os caçadores davam pele de vaca para as crias comerem", lamentou Sacasa. "Eles iam vendê-los a um cidadão chinês depois de levá-los para Honduras.”, declarou o diretor do Zoo, citado pela France 24.
Ultimamente tem havido muitos animais selvagens a deambular perto das comunidades humanas.

A razão estará relacionada com a destruição dos habitats pelos furacões Eta e Iota de novembro passado, explicou Eduardo.
Jorge Torres - EPA

Os pequenos predadores estão a salvo e instalados no zoológico ao sul de Manágua.

“É nossa paixão salvar esses bichinhos que estão em perigo de extinção, esses caçadores estão a matá-los” sublinhou SacasaO zoo tem um centro de abrigo onde recebe animais resgatados a par de desenvolver um programa de criação de jaguares.

Em cativeiro podem viver até 25 anos, mas em liberdade não sobrevivem mais que 10. Por causa das intempéries, ou devido à caça ilegal.

Os jaguares estão identificados pela União Internacional para a Conservação da Natureza como animais quase ameaçados.
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