O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, garantiu hoje que não vai parar agora a guerra contra o Hamas na Faixa de Gaza, de forma a evitar que o movimento islamita palestiniano seja capaz de se reconstruir.
"Se pararmos a guerra agora, o Hamas irá levantar-se, reconstruir-se e atacar-nos novamente, e é para isso que não queremos voltar", frisou Netanyahu, durante uma conferência de imprensa em Jerusalém.
Após o ataque sem precedentes de 07 de outubro de 2023, levado a cabo pelo Hamas no sul de Israel a partir da vizinha Faixa de Gaza, Netanyahu prometeu destruir o movimento islamita e o seu exército lançou uma ofensiva devastadora no território palestiniano.
"Estabelecemos como nosso objetivo a aniquilação do Hamas, a eliminação das suas capacidades militares e de poder, para que não possam recuperar e a catástrofe de 07 de outubro não se repita. Lutámos lá por isso, claro também para trazer de volta os nossos reféns", acrescentou Netanyahu.
"O isolamento do Hamas oferece uma nova oportunidade para avançar com um acordo que trará de volta os nossos reféns", assegurou.
O ataque de 07 de outubro resultou na morte de 1.206 pessoas do lado israelita, a maioria civis, segundo uma contagem da agência France-Presse (AFP) baseada em números oficiais e incluindo reféns que morreram ou foram mortos em cativeiro na Faixa de Gaza.
Nesse dia, 251 pessoas foram raptadas em solo israelita. Um total de 96 reféns permanecem em Gaza, 34 dos quais foram declarados mortos pelo exército.
Netanyahu reuniu-se no domingo com familiares de reféns e disse-lhes que "a queda do regime do [presidente sírio Bashar] al-Assad, que também aconteceu graças às ações determinadas de Israel contra o Hezbollah e o Hamas, pode ajudar a avançar com um acordo sobre o regresso dos reféns", de acordo com um comunicado do seu gabinete.
As negociações que duraram um ano para uma trégua e a libertação de reféns e prisioneiros palestinianos não tiveram sucesso.
Uma fonte do Hamas disse no domingo que só "parar a guerra" poderia permitir a libertação dos reféns.
A ofensiva israelita fez mais de 44.758 mortos na Faixa de Gaza, a maioria civis, segundo dados do Ministério da Saúde do Hamas para Gaza, considerados fiáveis pela ONU.