O primeiro-ministro israelita saúda a “corajosa resolução” do Presidente norte-americano, que reconheceu esta quarta-feira Jerusalém como a capital de Israel, e exorta outros países a seguirem o exemplo dos Estados Unidos.
“É um dia histórico. A declaração do Presidente dos Estados Unidos Donald Trump constitui um marco histórico para Jerusalém”, refere Benjamin Netanyahu.
O primeiro-ministro israelita recorda a importância histórica de Jerusalém para a religião judaica, sobretudo nos últimos 70 anos, desde a fundação do estado de Israel.
Na mesma mensagem, Netanyahu elogia e agradece a resolução do Presidente norte-americano, entendendo que se tratou de “uma decisão corajosa” de reconhecer Jerusalém como capital do país, a começar pela deslocalização da Embaixada norte-americana, que até agora se encontrava em Telavive.
Na visão do primeiro-ministro israelita, a declaração de Donald Trump “é um passo importante para o avanço da paz” porque “reconhece uma realidade” e porque “não será possível qualquer acordo de paz com os palestinianos sem o reconhecimento de Jerusalém como capital de Israel”.
Benjamin Netanuyahu esclarece ainda que será mantido o "status quo" nos vários lugares sagrados de Jerusalém das três religiões monoteístas.
"Senhor Presidente, a História e os judeus lembrar-se-ão para sempre da sua decisão corajosa neste dia. Obrigado", acrescentou.
Donald Trump anunciou esta quarta-feira que os Estados Unidos passam a reconhecer Jerusalém como capital de Israe e deslocalizar a Embaixada norte-americana de Telavive para essa mesma cidade. O Presidente norte-americano argumenta que esta decisão "deveria ter sido tomada há muito tempo".
A nível interno, é em Jerusalém que se encontram os principais edifícios com peso político, incluindo o Knesset e as residências oficiais do Presidente e do primeiro-ministro, sendo designada pelos israelitas como sua capital.
No entanto, devido ao impasse na questão israelo-palestiniana, a esmagadora maioria dos países ocidentais - incluindo Portugal - escolheu a cidade de Telavive para acolher as respetivas representações diplomáticas.
A comunidade internacional nunca reconheceu Jerusalém como capital israelita, nem sequer a anexação de parte da cidade em 1967, durante a Guerra dos Seis Dias.