"Nenhuma arma". Maersk Denver acena com legalidade da carga de navio que parou em Lisboa

por RTP
António Antunes - RTP

O grupo transportador dinamarquês Maersk Denver veio este domingo afiançar que a carga do porta-contentores que atracou no Porto de Lisboa, navio associado a um esquema de transporte de armas dos Estados Unidos para Israel, é legal e não inclui material bélico.

"A carga em questão está em total conformidade com as leis e regulamentos nacionais e internacionais. A carga a ser transbordada não inclui nenhuma arma ou munição militar", sublinha a Maersk Denver, em nota citada pela agência Lusa.O navio porta-contentores fez uma escala, na noite de sábado, em Lisboa após de ter sido impedido de acostar em Espanha.

O grupo dinamarquês confirma, ainda assim, que a carga está a ser transportada em nome dos Estados Unidos, ao abrigo programa de cooperação de segurança com o Estado hebraico.

A Maersk afirma também ter facultado todos os dados nacessários "com bastante antecedência", cumprindo o procedimento estabelecido, acrescentando não tendo recebido qualquer indicação de preocupação por parte das autoridades portuguesas

"As autoridades portuárias não utilizaram a oportunidade de inspecionar a carga, que permanece disponível para inspeção a qualquer momento", enfatiza.

A Maersk Denver adianta ter consultado as autoridades espanholas, tendo em vista apurar as razões que levaram a que a entrada do navio no país fosse vedada.

Dezenas de ativistas manifestaram-se na noite de sábado contra a atracagem, em Lisboa, do navio que, segundo o Bloco de esquerda, tem sido protagonista "na rota do genocídio" na Faixa de Gaza e "central no armamento de Israel".

A denúncia partiu da movimento BDS - Boicote, Desinvestimento e Sanções a Israel, segundo o qual este porta-contentores levou a cabo centenas de transportes ilegais de armas para Israel, por via do porto espanhol de Algeciras.

c/ Lusa

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