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Naufrágio na Tunísia. Cinco migrantes mortos e sete desaparecidos

por Rachel Mestre Mesquita - RTP
Migrantes a bordo de um barco da ONG Proactiva Open Arms Uno olham para o barco das autoridades italianas que se dirige a Lampedusa | Itália, 19 de agosto de 2022 Juan Medina - Reuters (arquivo)

Uma embarcação improvisada que transportava 35 pessoas em direção à ilha italiana de Lampedusa naufragou na manhã desta segunda-feira ao largo da costa de Sfax, na Tunísia, vitimando cinco migrantes. Vinte e três foram resgatados e outros sete estão dados como desaparecidos.

O barco onde seguiam “35 pessoas, na sua maioria tunisinos”, entre as quais mulheres e crianças, naufragou “menos de uma hora depois da partida de Sidi Mansour”, uma zona conhecida como ponto de partida para a emigração ilegal para a Europa, confirmou Faouzi Masmoudi, porta-voz do tribunal de Sfax à agência France Presse.

Foram resgatadas 23 pessoas resgatadas. Entre as cinco vítimas mortais, encontra-se “uma criança e duas mulheres”, acrescentou a mesma fonte. O tribunal de Sfax abriu um inquérito para determinar as causas do acidente, que se deu pouco depois da partida, e as autoridades tunisinas prosseguem as buscas de possíveis sobreviventes.

"É possível que o barco transportasse um pequeno número de cidadãos da África subsaariana e que estes se encontrem entre os desaparecidos", avançou Masmoudi esta segunda-feira.

A cidade portuária de Sfax converteu-se, nos últimos meses, no epicentro das tentativas de travessia ilegal do Mediterrâneo, a partir da costa tunisina, para a Europa. Os migrantes almejam chegar ao ponto mais próximo, que se encontra a menos de 130 quilómetros na ilha de Lampedusa, em Itália.

O cenário de desastre tem-se repetido. Na passada sexta-feira ocorreu outro naufrágio, em Gabès, também uma cidade portuária a 150 quilómetros a sul de Sfax, a apenas 120 metros da costa. Morreu um jovem de 20 anos, de origem tunisina, assim como de um bebé cujos pais foram resgatados, juntamente com mais 11 tunisinos. Outras cinco pessoas continuam desaparecidas.

c/ AFP
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