Naufrágio de embarcação provoca quatro mortos e 13 feridos na ilha de Luanda

por Lusa

O naufrágio de uma embarcação na tarde de sábado, na ilha de Luanda, provocou quatro mortos e 13 feridos, segundo um balanço provisório feito por fonte dos bombeiros.

Segundo o porta-voz dos Serviços e Proteção Civil e Bombeiros, Wilson Baptista, o acidente envolveu uma embarcação pesqueira, que se juntou à procissão marítima promovida pela paróquia Nossa Senhora do Cabo, padroeira dos marinheiros, na ilha de Luanda.

Wilson Baptista referiu que a embarcação que naufragou, na zona do ponto final, não fazia parte das que foram selecionadas para esta atividade, partindo do Instituto de Investigação Pesqueira na Ilha de Luanda.

"Esta embarcação vinha da zona da Samba, com excesso de lotação, agravado pelo facto de que provavelmente o comandante da embarcação se encontrava sob efeito de bebidas alcoólicas. Foi vista a fazer algumas manobras perigosas, o que terá contribuído para este fim trágico", salientou.

As vítimas socorridas encontram-se na clínica da Endiama, na Ilha de Luanda, mas quatro destas encontravam-se em estado grave, sem informação sobre a evolução do seu estado clínico, realçou o porta-voz dos bombeiros.

A mesma fonte disse que "há suspeita de que haja mais pessoas [sem vida] tendo em conta o relato de familiares de pessoas que se encontravam a bordo e que estão desaparecidas".

Acrescentou que as equipas de salvamento estão no terreno em manobras para conseguir aceder a uma parte praticamente inacessível da embarcação, uma vez que está virada, para confirmar se há outros corpos, referindo que "a possibilidade de haver sobreviventes é remota".

O responsável vincou que as embarcações selecionadas para o ato fizeram-se ao mar acompanhadas com proteção dos órgãos de defesa e segurança e da capitania, reforçando que a embarcação acidentada não estava no roteiro.

O acidente ocorreu na zona da contracosta, uma zona de muitas ondas, tendo a embarcação sido arrastada para a zona da baía.

"Nesta altura a maré está baixa e isto está a criar algum constrangimento nas nossas operações, ou seja, os nossos mergulhadores não veem espaço para poder entrar na zona que se pretende", destacou.

A operação de salvamento conta com a participação da polícia marítima, de ordem pública, bombeiros, marinha de guerra, administração local e capitania de Luanda.

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