NATO espera adesão da Suécia e da Finlândia em 2023, mas falta aprovação turca e húngara
A Suécia e a Finlândia podem aderir à NATO já este ano. Mas como lembrou o secretário-geral da Aliança Atlântica, a decisão ainda depende dos parlamentos da Turquia e da Hungria. A Suécia diz estar confiante na possibilidade da aprovação turca, mas admite que não será capaz de cumprir todas as condições que Ancara exige em troca de apoio.
A entrada de novos países na Aliança Atlântica requer, como recordou o secretário-geral da NATO, a ratificação pelos parlamentos dos 30 países membros, um passo que todos já deram, à exceção de Hungria e Turquia.
“Tivemos negociações bastante exigentes, em julho do ano passado, quando a Turquia, a Finlândia e a Suécia concordaram com um memorando conjunto, no qual descreviam como poderiam intensificar a sua colaboração, tanto no que diz respeito às exportações de armas, mas também, por exemplo, na luta contra o terrorismo”, continuou Stoltenberg.
Tanto a Finlândia como a Suécia “respeitaram este acordo” e estão “claramente comprometidas com a cooperação a longo prazo com a Turquia” nestas questões. Por isso, o secretário-geral da NATO acredita que “chegou a hora de finalizar o processo de adesão e ratificar o protocolo de adesão”.
“É importante que a Suécia e a Finlândia se tornem membros da NATO”
Também este domingo, enquanto discursava na Conferência de Segurança em Sälen, na Suécia, Stoltenberg sublinhou que, considerando a situação cada vez mais perigosa que o mundo enfrenta, torna-se “ainda mais importante que a Suécia e a Finlândia se tornem membros da NATO”.
Tendo como pano de fundo o conflito na Ucrânia, o secretário-geral da Aliança Atlântica voltou a repetir a esperança de “em breve” a NATO “receber calorosamente” os dois países nórdicos.
Também este domingo, enquanto discursava na Conferência de Segurança em Sälen, na Suécia, Stoltenberg sublinhou que, considerando a situação cada vez mais perigosa que o mundo enfrenta, torna-se “ainda mais importante que a Suécia e a Finlândia se tornem membros da NATO”.
Tendo como pano de fundo o conflito na Ucrânia, o secretário-geral da Aliança Atlântica voltou a repetir a esperança de “em breve” a NATO “receber calorosamente” os dois países nórdicos.
Na conferência estavam também presente o primeiro-ministro sueco, Ulf Kristersson, e o ministro finlandês dos Negócios Estrangeiros, Pekka Haavisto. Kristersson afirmou que o Governo turco está a impor à Suécia uma série de exigências para aceitar a adesão à NATO que Estocolmo “não pode nem quer cumprir”.
“A Turquia confirma que fizemos tudo o que dissemos que íamos fazer, mas também dizem que querem coisas que não podemos ou não lhes queremos dar”, declarou o primeiro-ministro sueco durante a Conferência Povo e Defesa, citado pelo jornal 'Aftonbladet'.
“Agora a decisão [da adesão à Aliança Atlântica] recai sobre os turcos”, acrescentou.
Antes da conferência, também o chefe da diplomacia finlandesa garantiu que a Finlândia esperará que a Turquia e a Suécia resolvam as diferenças.
"Não estamos com tanta pressa para entrar na NATO. De qualquer forma, esperamos que a Suécia receba o sinal verde", disse Haavisto.
A Suécia e a Finlândia assinaram um acordo trilateral com a Turquia em 2022 destinado a superar as objeções do Governo turco à aceitação dos dois países como membros da Organização do Tratado do Atlântico Norte.
Recorde-se que a Turquia tem recusado admitir os dois países na Aliança Atlântica até que ambos entreguem todos os indivíduos acusados por Ancara de pertencerem a organizações curdas declaradas pelo Governo turco como grupos terroristas, como o Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK). Além disso, a Turquia também pede a abertura do comércio bilateral de armas.
No início deste mês, o ministro turco dos Negócios Estrangeiros, Mevlut Çavusoglu, insistiu que a Finlândia e a Suécia têm de dar “mais passos” para cumprir as exigências de Ancara para obterem “luz verde” da Turquia para a adesão à NATO, considerando que “o tempo urge”.
“A Turquia confirma que fizemos tudo o que dissemos que íamos fazer, mas também dizem que querem coisas que não podemos ou não lhes queremos dar”, declarou o primeiro-ministro sueco durante a Conferência Povo e Defesa, citado pelo jornal 'Aftonbladet'.
“Agora a decisão [da adesão à Aliança Atlântica] recai sobre os turcos”, acrescentou.
Antes da conferência, também o chefe da diplomacia finlandesa garantiu que a Finlândia esperará que a Turquia e a Suécia resolvam as diferenças.
"Não estamos com tanta pressa para entrar na NATO. De qualquer forma, esperamos que a Suécia receba o sinal verde", disse Haavisto.
A Suécia e a Finlândia assinaram um acordo trilateral com a Turquia em 2022 destinado a superar as objeções do Governo turco à aceitação dos dois países como membros da Organização do Tratado do Atlântico Norte.
Recorde-se que a Turquia tem recusado admitir os dois países na Aliança Atlântica até que ambos entreguem todos os indivíduos acusados por Ancara de pertencerem a organizações curdas declaradas pelo Governo turco como grupos terroristas, como o Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK). Além disso, a Turquia também pede a abertura do comércio bilateral de armas.
No início deste mês, o ministro turco dos Negócios Estrangeiros, Mevlut Çavusoglu, insistiu que a Finlândia e a Suécia têm de dar “mais passos” para cumprir as exigências de Ancara para obterem “luz verde” da Turquia para a adesão à NATO, considerando que “o tempo urge”.
O Governo turco tem estado a analisar a questão da adesão dos dois países nórdicos à Aliança Atlântica com vários outros países, incluindo os Estados Unidos, acrescentou Çavusoglu, sublinhando neste contexto que prevê um encontro com o seu homólogo norte-americano, Antony Blinken, no próximo dia 18 de janeiro, em Washington.
“A quem nos questiona sobre esta questão, dizemos que quando os passos forem dados, quando os compromissos forem cumpridos, a adesão será uma realidade”, insistiu na altura o chefe da diplomacia turca, aludindo aos memorandos assinados pela Turquia com a Suécia e a Finlândia no final de junho de 2022, em Madrid, à margem da cimeira da NATO, nos quais Ancara condiciona a ratificação da sua entrada a uma série de exigências.
Entretanto, o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, deu a entender que o Parlamento da Turquia poderá esperar pelas próximas eleições gerais de junho no país antes de votar nova extensão do pacto militar.
O pedido de adesão dos dois países nórdicos aconteceu em, na sequência da invasão russa da Ucrânia, mas os turcos apresentaram objeções à entrada, acusando tanto a Suécia como a Finlândia de darem abrigo a extremistas, nomeadamente membros do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), ilegalizado na Turquia.
“A quem nos questiona sobre esta questão, dizemos que quando os passos forem dados, quando os compromissos forem cumpridos, a adesão será uma realidade”, insistiu na altura o chefe da diplomacia turca, aludindo aos memorandos assinados pela Turquia com a Suécia e a Finlândia no final de junho de 2022, em Madrid, à margem da cimeira da NATO, nos quais Ancara condiciona a ratificação da sua entrada a uma série de exigências.
Entretanto, o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, deu a entender que o Parlamento da Turquia poderá esperar pelas próximas eleições gerais de junho no país antes de votar nova extensão do pacto militar.
O pedido de adesão dos dois países nórdicos aconteceu em, na sequência da invasão russa da Ucrânia, mas os turcos apresentaram objeções à entrada, acusando tanto a Suécia como a Finlândia de darem abrigo a extremistas, nomeadamente membros do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), ilegalizado na Turquia.