O Presidente norte-americano diz que o Irão "aparenta estar a recuar", mas que os Estados Unidos vão continuar a avaliar as "opções" de resposta à agressão iraniana. Na sequência do ataque contra duas bases no Iraque na última madrugada, Trump afirmou que não houve vítimas norte-americanas ou iraquianas. Numa declaração a partir da Casa Branca, Donald Trump anunciou a imposição de novas sanções contra Teerão e apelou à assinatura de um novo acordo sobre o programa nuclear iraniano.
Na ressaca do ataque iraniano contra bases norte-americanas no Iraque, o Presidente dos Estados Unidos fez vários apelos aos aliados. Pediu ao Reino Unido, França, Alemanha, China e Rússia para que abandonem o acordo sobre o programa nuclear assinado em 2015, do qual Washington se retirou unilateralmente em maio de 2018, e trabalhem num novo entendimento. E anunciou ainda que vai pedir um maior envolvimento da NATO no Médio Oriente.
Antes disso, Donald Trump assegurou que não houve mortos nem feridos no ataque desencadeado durante a madrugada desta quarta-feira e que as bases militares de Irbil e Al Asad sofreram “danos mínimos”. “Todos os nossos soldados estão a salvo e só sofremos danos mínimos nas nossas bases militares", garantiu.
Antes disso, Donald Trump assegurou que não houve mortos nem feridos no ataque desencadeado durante a madrugada desta quarta-feira e que as bases militares de Irbil e Al Asad sofreram “danos mínimos”. “Todos os nossos soldados estão a salvo e só sofremos danos mínimos nas nossas bases militares", garantiu.
"As grandes forças americanas estão preparadas para tudo, mas o Irão aparenta estar a recuar, o que é algo de bom para todas as partes envolvidas e para o mundo”, salientou o Presidente norte-americano, acompanhado nesta declaração por responsáveis militares, o vice-presidente Mike Pence, o secretário da Defesa, Mark Esper, e o secretário de Estado, Mike Pompeo.
Muito longe do tom bélico usado no Twitter e nas declarações ao longo dos últimos dias, Trump garantiu, no entanto, que os Estados Unidos "vão continuar a avaliar opções na resposta à agressão iraniana".Filipe Silveira, Paula Meira - RTP
Nesta declaração, Donald Trump voltou a justificar o ataque de sexta-feira que matou Qassem Soleimani, argumentando que o general iraniano estava a planear novos ataques. "As mãos de Soleimani estavam sujas de sangue", disse. O Irão apresentou o ataque da última madrugada como uma retaliação pelo assassinato do general.
Nesta declaração, Donald Trump voltou a justificar o ataque de sexta-feira que matou Qassem Soleimani, argumentando que o general iraniano estava a planear novos ataques. "As mãos de Soleimani estavam sujas de sangue", disse. O Irão apresentou o ataque da última madrugada como uma retaliação pelo assassinato do general.
Salientou também que o Irão "tem sido o principal patrocinador do terrorismo contra o mundo civilizado" e que o "comportamento destrutivo" assumido por Teerão desde 1979 não voltará a ser tolerado pelas nações.
Apelo à NATO e aliados europeus
Sem especificar que áreas vão ser visadas, Donald Trump anunciou a imposição de sanções económicas contra o regime iraniano, a juntar às que têm sido anunciadas desde que os Estados Unidos se retiraram do acordo sobre o programa nuclear, sanções que se vão manter em vigor "até que o Irão altere o seu comportamento".
O Presidente Donald Trump aproveitou ainda para criticar a ação regional do Irão nos últimos anos, considerando que o país aproveitou os benefícios gerados pelo acordo sobre o programa nuclear, assinado em 2015, para "criar o inferno no Iémen, na Síria, no Líbano e no Iraque".
"Chegou o momento de Reino Unido, Alemanha, França, Rússia e China reconhecerem esta realidade. Devem retirar-se de imediato do que resta do acordo (...). E devemos todos trabalhar em conjunto para alcançar um novo entendimento com o Irão que torne o mundo num lugar mais seguro e pacífico", completou.
De qualquer forma, assegurou que vai continuar a limitar o poder nuclear do país. "Enquanto estiver no poder, o Irão nunca terá armas nucleares", frisou Donald Trump.
No domingo, já depois da morte de Soleimani, o Irão anunciou que iria distanciar-se ainda mais do acordo sobre o programa nuclear assinado em 2015, ao deixar de respeitar os limites de enriquecimento de urânio estabelecidos pelo entendimento.
Donald Trump argumentou que as atividades do Irão no Médio Oriente se tornaram mais evidentes após a assinatura do acordo e que esse mesmo entendimento assinado pela Administração Obama "expira em breve". Enquanto algumas alíneas do acordo expiram em cinco anos, outras terminariam apenas entre 2035 e 2040, sendo que o controlo por parte da Agência Internacional de Energia Atómica estabelecido pelo acordo não tem qualquer prazo limite.
Trump assegurou, por fim, a plena capacidade dos Estados Unidos em termos militares. "Os nossos mísseis são grandes, poderosos, precisos, letais e rápidos. Estão a ser construídos muito mísseis hiperssónicos. O facto de determos este grande poderio militar não significa que tenhamos de o usar. Não queremos usá-lo", disse o Presidente norte-americano.
"Os Estados Unidos estão prontos para abraçar a paz. (...) Para todas as pessoas e líderes do Irão, queremos que tenham um ótimo futuro. Um futuro de prosperidoade e de harmonia com as nações do mundo", acrescentou.
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