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"Não estamos a descartar nada de momento". Comissão Europeia sem provas de ciberataque

por RTP

 

A vice-presidente executiva da Comissão Europeia Teresa Ribera afirmou não existirem, para já, provas de ciberataque no corte maciço no abastecimento elétrico na Península Ibérica. Considerou, porém, que esta é uma "das maiores falhas no sistema" na União Europeia (UE).

"Não estamos a descartar nada de momento, mas não há provas de qualquer tipo de problema de cibersegurança. Estamos atentos a tudo e a principal prioridade é, obviamente, restaurar o sistema elétrico e avaliar e compreender o que aconteceu", declarou a responsável no executivo comunitário pela pasta de Transição Limpa, Justa e Competitiva, Teresa Ribera, à imprensa em Bruxelas.

Segundo a responsável, esta foi "uma das maiores falhas no sistema elétrico ocorridas nos últimos anos" na UE.

Teresa Ribera disse estar a "acompanhar o que está a acontecer" e em "estreito contacto com as autoridades espanholas e portuguesas, bem como com os diferentes serviços da Comissão", numa situação que, segundo disse, só afeta a Península Ibérica e, talvez por arrasto, talvez uma pequena parte do sul de França.

"Por enquanto, o que posso dizer é que temos de ser prudentes e pacientes para que o sistema possa ser restabelecido o mais rapidamente possível", apelou.

De acordo com Teresa Ribera, "no caso de Portugal, [as autoridades nacionais] desligaram o seu sistema elétrico do sistema espanhol para o poderem recuperar a pouco e pouco".

Estas declarações de Ribera surgem depois de a Comissão Europeia ter indicado estar em contacto com as autoridades de Portugal e Espanha e com a rede europeia de operadores para compreender a causa e o impacto do corte maciço no abastecimento elétrico na Península Ibérica.

"Estamos em contacto com as autoridades nacionais de Portugal e Espanha, bem como com a ENTSO-E [Rede Europeia dos Operadores das Redes de Transporte de Eletricidade] para compreender a causa subjacente e o impacto da situação", disse fonte oficial do executivo comunitário à agência Lusa.

"A Comissão continuará a acompanhar a situação e a certificar-se de que a troca de informações entre todas as partes relevantes se processa sem problemas", adiantou a mesma fonte oficial.

Bruxelas lembrou ainda existirem "protocolos para restabelecer o funcionamento do sistema", como previsto na legislação comunitária referente às redes de emergência e restabelecimento.

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