A ex-presidente da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos considerou esta terça-feira que é "legítimo" questionar o estado de saúde do presidente democrata, Joe Biden, tema que tem sido alvo de intensa discussão que se intensificou desde o debate com Donald Trump, na quinta-feira passada. Também esta terça-feira, um representante democrata pelo Texas foi a primeira grande figura do partido a pedir ao presidente para que abandone a corrida presidencial.
“Acho legítimo perguntar se este é um episódio simples ou um estado duradouro”, afirmou Nancy Pelosi esta terça-feira, numa entrevista ao canal MSNBC.
“Tenho a esperança que possa tomar a difícil e dolorosa decisão de renunciar. Apelo respeitosamente para que o faça”, afirmou o representante pelo Texas em declarações à imprensa norte-americana.
Acrescentou que Biden “salvou a democracia no nosso país ao libertar-nos de Trump em 2020” e que, em 2024, não deve “entregar-nos a Trump”.
Para esta quarta-feira está prevista uma reunião entre Joe Biden e os governadores democratas de várias regiões com o objetivo de tranquilizar as principais figuras do partido. De acordo com a agência Reuters, o presidente norte-americano deverá reunir-se esta semana com representantes e senadores democratas.
Desde a última semana, após o primeiro debate entre Joe Biden e Donald Trump, têm sido várias as vozes a exprimir preocupação com o estado de saúde do atual presidente ou mesmo a apelar-lhe para que desista da corrida ao segundo mandato.
No fim de semana, o New York Times, Wall Street Journal e The Economist pediram a Joe Biden para que desista da corrida à presidência.
Em causa está a prestação do atual inquilino da Casa Banca no debate em que demonstrou algumas fragilidades. O jornal The New York Times escreve mesmo que Joe Biden “já não é o homem que era há quatro anos”.