No domingo à noite milhares de franceses insatisfeitos e receosos com a primeira projeção dos resultados à boca das urnas saíram às ruas para protestarem contra a possibilidade de o líder da extrema-direita, Jordan Bardella, vir a ser o primeiro-ministro francês já no próximo domingo.
Apesar de não ter conseguido a maioria absoluta, o Rassemblement National, de Marine Le Pen, obteve cerca de 34 por cento dos votos e poderá vir a tornar-se na maior força política no Parlamento francês.
Em segundo lugar ficou a aliança de esquerda Nova Frente Popular, com cerca de 29 por centos dos votos, distante da aliança de centro-direita Ensemble do presidente Macron, que obteve entre 20,5 e 23 por cento, de acordo com as últimas sondagens.
Os líderes dos partidos de esquerda que constituem a Nova Frente Popular tomaram a palavra no domingo à noite para motivar as cerca de oito mil pessoas que estavam presentes na Praça da República, em Paris, de acordo com as autoridades francesas citadas pela AFP, onde apelaram à sua mobilização para a segunda volta das eleições legislativas.
Outras manifestações tiveram lugar em toda a França
Várias centenas de pessoas saíram à rua noutras cidades francesas: Lyon, Nantes, Lille e Rennes.
Em Lyon, cerca de 800 pessoas protestaram contra a extrema-direita, desencadeando alguns incidentes pela cidade, relatados por jornalistas da AFP, Lyon Capitale e actu Lyon. Os
" manifestantes construíram barricadas na rue de la République e lançaram petardos", levando a polícia a intervir, relata o
actu Lyon.
Em Nantes, 600 pessoas reuniram-se e desfilaram no centro da cidade antes de serem dispersadas, por gás lacrimogéneo, relata a AFP. No nordeste do território, em Lille, cerca de 400 estiveram nas ruas da cidade e cerca de 150 na cidade de Rennes.
c/ agências