Na Índia terminou a batalha pelo Hotel Taj Mahal Palace

por RTP
Comandos indianos conseguiram matar os últimos terroristas. Harish Tyagi, EPA

O comando de operações que actua na cidade de Bombaim anunciou o fim da batalha pelo Hotel Taj Mahal com a morte ao início da madrugada de hoje de três terroristas por comandos indianos. Um último balanço dá conta da morte de pelo menos 195 pessoas e 295 feridos.

Foi o director-geral da Guarda Nacional de Segurança da Índia (NSG), JK Dutt, a anunciar que "todos os terroristas foram mortos", numa declaração à imprensa cerca das 9 horas locais, 3.30 horas em Lisboa.

Uma informação que, no entanto, não foi ainda confirmada por qualquer outra entidade e, segundo o comandante da unidade anti-terrorista no local, "cada quarto do Taj Mahal será revistado" para garantir que não haverá qualquer tipo de perigo.

O Hotel Taj Mahal Palace, um edifício de 105 anos, que é um dos símbolos da cidade de Bombaim, estava em chamas e o incêndio consumiu, durante a madrugada de hoje, uma das fachadas do complexo.

Segundo o NSG, "o incêndio foi uma manobra de diversão" do último grupo de atacantes que resistia dentro do Taj Mahal, hotel que nas últimas horas tinha sido palco de um combate entre os comandos da NSG e os militantes responsáveis pelos ataques que sacudiu o velho edifício com explosões de granadas e disparos de armas automáticas.

Segundo um último balanço divulgado hoje pelo gabinete de gestão de catástrofes daquela cidade indiana pelo menos 195 pessoas foram mortas e 295 feridas durante os ataques de alegados extremistas islamitas em Bombaim (Mumbai).

"O balanço de vítimas mortais deverá aumentar porque ainda há corpos que estão a ser transportados para os hospitais", admitiu o responsável pelo gabinete, Shantaram Jadhav.

Pelo menos 22 estrangeiros encontram-se entre as vítimas mortais entre os quais cinco cidadãos norte-americanos, estando outros dados como desaparecidos.

Uma tailandesa também morreu, assim como dois canadianos e dois outros ficaram feridos.

Cinco reféns israelitas, que estavam detidos pelos islamitas num centro cultural judaico de Bombaim, também foram mortos e um refém originário de Singapura também morreu.

A morte de um britânico foi confirmada pelo ministério dos Negócios Estrangeiros, e em Tóquio, a Mitsui Marubeni Liquefied Gas anunciou que um dos seus funcionários japoneses, Hisashi Tsuda, de 38 anos, foi morto.

Um porta-voz do ministério alemão dos Negócios Estrangeiros confirmou a morte de um dos seus cidadãos e um italiano figura entre os mortos estrangeiros.

Dois australianos foram igualmente mortos nos ataques.

Portugueses estão todos bem

Os 12 portugueses que estavam em Bombaim (Mumbai) "estão todos bem" e já abandonaram a cidade.

A informação foi prestada pelo embaixador de Portugal em Nova Deli, Luís Filipe de Castro Mendes que referiu ainda que "os portugueses que se encontravam em Bombaim no momento dos ataques estão todos bem, nenhum ficou sequer ferido, e já saíram da cidade, prosseguindo viagem para outras cidades da Índia e outros regressaram a Portugal", acrescentou o diplomata português.
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