O Myanmar cumpriu esta terça-feira um minuto de silêncio pelos mais de 2.000 mortos no sismo devastador que atingiu o país na última sexta-feira.
De momento, há confirmação oficial de 2.056 mortes na sequência do sismo, 3.900 feridos e 270 desaparecidos.
Quatro dias depois do sismo de magnitude 7,7, vários birmaneses continuam a dormir ao relento e sem abrigo, numa altura em que ainda se sentem réplicas do sismo. Grande parte da população abriga-se longe dos edifícios, temendo que os abalos subsequentes possam causar mais danos.
“Não me sinto seguro”, afirmou Soe Tinte, um habitante local de 71 anos, à agência France Presse. “Temos muitas dificuldades, como o acesso à água, à eletricidade e às casas de banho. Ninguém sabe quanto tempo é que isto vai durar”, acrescentou.
A situação do sismo é ainda dificultada pelo conflito civil em curso no país desde o golpe de uma junta militar em 2021 contra o Governo eleito de Aung San Suu Kyi. A situação já era alarmante antes do terramoto, com os combates a deslocarem mais de 3,5 milhões de pessoas vulneráveis nos últimos anos, segundo dados das Nações Unidas.