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Reportagem

Morte do papa Francisco. As reações em Portugal e no mundo

por Cristina Sambado, Cristina Santos, Carlos Santos Neves - RTP

O papa Francisco morreu esta segunda-feira aos 88 anos, confirmou a Santa Sé. O sumo pontífice havia regressado recentemente ao Vaticano, após uma prolongada hospitalização ditada por uma pneumonia bilateral e outros problemas de saúde. Faleceu com um AVC e insuficiência cardíaca irreversível, revelou o Vaticano. Acompanhamos aqui as reações nacionais e internacionais.

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Emissão da RTP3


Ettore Ferrari - ANSA via EPA

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por Lusa

ACNUR descreve Francisco como defensor incansável da dignidade dos refugiados

O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) lamentou "profundamente" a morte do Papa Francisco e descreveu-o como um defensor incansável da dignidade dos refugiados.

"O Papa Francisco foi um defensor incansável dos direitos e da dignidade dos refugiados, migrantes e pessoas deslocadas à força em todo o mundo. Ele defendeu e manifestou-se incansavelmente em nome das vítimas da guerra e daqueles que foram forçados a fugir das suas casas", indicou hoje a agência num comunicado.

Nesse sentido, o ACNUR enfatizou que o Papa colocou o foco do mundo sobre as tragédias humanas que se desenrolam "nas fronteiras da Europa e nas mais distantes".

"Ouvindo em primeira mão os refugiados em Lampedusa, Grécia, Chipre e outros lugares, fez um apelo poderoso à comunidade internacional para não virar as costas a quem foi forçado a fugir", salientou o ACNUR, que também observou que o Papa argentino manteve um firme compromisso com a paz do Médio Oriente à Colômbia, Ucrânia, República Centro-Africana, Sudão, Sudão do Sul, República Democrática do Congo e antiga Birmânia.

O ACNUR descreveu o Papa Francisco como um "líder moral compassivo e corajoso" e enviou as suas condolências aos católicos de todo o mundo e a todos aqueles que lamentam a perda de um líder espiritual.

A firme defesa de refugiados e migrantes por parte de Francisco durante o seu pontificado causou atritos com a União Europeia e, particularmente, com o atual Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, como quando advogou que construir um muro entre os EUA e o México para conter a migração "não é cristão".

Também a Organização Internacional para as Migrações (OIM) expressou hoje o seu profundo pesar pela morte do Papa Francisco, "cujo pontificado foi caracterizado por uma liderança moral inabalável na defesa da dignidade humana e dos direitos dos migrantes e pessoas vulneráveis".

Num comunicado, esta agência das Nações Unidas lembrou que, desde o início do seu papado, o pontífice "colocou a migração no centro da sua missão".

"A sua primeira viagem fora de Roma, em 2013, levou-o a Lampedusa, onde prestou homenagem aos migrantes que perderam as suas vidas cruzando o Mediterrâneo, e lá denunciou o que chamou de `globalização da indiferença`, pedindo ao mundo que não desvie o olhar do sofrimento humano", lembrou a OIM.

"O seu profundo compromisso para com as realidades das pessoas em movimento deixou uma marca indelével nos esforços globais para promover uma migração segura, digna e humana", enfatizou a organização sediada em Genebra.

O Papa Francisco morreu hoje aos 88 anos, de AVC, após 12 anos de pontificado.

Nascido em Buenos Aires, a 17 de dezembro de 1936, Francisco foi o primeiro jesuíta e primeiro latino-americano a chegar à liderança da Igreja Católica.

A sua última aparição pública foi no domingo de Páscoa, no Vaticano, na véspera de morrer. O papa Francisco esteve internado durante 38 dias devido a uma pneumonia bilateral, tendo tido alta em 23 de março.

Portugal decretou três dias de luto nacional.

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por RTP

Governo decreta três dias de luto nacional pelo papa Francisco

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Foto: Anthony Behar - Sipa USA via Reuters Connect

Portugal vai cumprir três dias de luto nacional pela morte do papa. Todos os partidos referem que Francisco foi um sinónimo de paz e de luta contra as desigualdades.

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Momento-Chave
por RTP

Eleição do novo papa só deverá começar daqui por 15 dias

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Foto: Stefano Rellandini - Reuters

O Conclave segue regras muito específicas: só participam os cardeais com menos de 80 anos e, para ser eleito, o futuro papa precisa de dois terços dos votos.

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por Margarida Vaz - Antena 1

Documentário. "A Viagem do Papa Francisco" dirigido por Gianfranco Rosi

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Foto: António Pedro Santos - Lusa

Algumas das viagens apostólicas do Papa Francisco estão reunidas no filme ''A Viagem de Papa Francisco''. É um documentário, a partir de imagens de arquivo, que acompanha as deslocações do líder da Igreja Católica em 9 anos de pontificado. Foram 37 viagens e 53 países.

Teve estreia nas salas de cinema nacionais em vésperas da Jornada Mundial da Juventude, em Lisboa, em 2023. O documentário foi realizado pelo cineasta italiano Gianfranco Rosi, que nessa data apresentou o filme à Antena 1.

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por RTP

Japão: Primeiro-ministro "extremamente triste" com a morte do Papa

O primeiro-ministro japonês, Shigeru Ishiba Shigeru, disse na noite de segunda-feira estar "extremamente triste" com a morte do Papa Francisco, saudando-o como um defensor do ambiente e da diplomacia ao serviço da paz.

"O falecimento do Papa Francisco não é apenas uma grande perda para o povo do Vaticano e para os católicos, mas também para a comunidade internacional", disse Ishiba em comunicado.
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por RTP

Pedro Nuno Santos e Paulo Raimundo recordam "legado" deixado por papa Francisco

Pedro Nuno Santos começou por relembrar papa Francisco como “um homem bom e generoso”, que “deixou uma mensagem de amor ao próximo, de respeito ao próximo”, muito importante para “toda a nossa ação também na política”.

O chefe da Igreja Católica, lembrou o líder socialista, tinha “uma grande preocupação para com os mais pobres, para com os desfavorecidos, para com os mais frágeis”. Para Pedro Nuno Santos, a mensagem de respeito pelo outro que Francisco deixou “deve perdurar no tempo”.

Paulo Raimundo, que deixou condolências aos católicos, considerou que “hoje é um dia triste para todos os amantes do combate às injustiças e às desigualdades”, que é “um aspeto central do próprio pontificado” de Francisco.

“É um dia triste para todos os amantes da paz. Foi um homem que teve coragem de pôr o dedo na ferida na questão das desigualdades e no sistema que deixa milhões de pessoas para trás. E teve a coragem numa altura em que muitos faziam a apologia da guerra”, acrescentou o candidato comunista. “Deixou esse legado, deixou esse desafio”.
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por RTP

Última visita de Francisco a Portugal aconteceu nas Jornadas de 2023

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Os cinco dias das Jornadas Mundiais da Juventude em Lisboa foram marcados pelas multidões que invadiram a capital.

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por Lusa

Centenas de pessoas na Catedral de Notre-Dame para homenagear Papa Francisco

 

Centenas de pessoas, a maioria fiéis e de várias nacionalidades, foram hoje até à Catedral de Notre-Dame, em Paris, após receberem com "tristeza" a notícia da morte do Papa Francisco, "um homem santo e iluminado".

"Eu fiquei muito tocada. Eu já imaginava, porque ele estava doente (com uma pneumonia bilateral), mas é muito triste. É um homem de luz, mesmo iluminado, e que infelizmente se foi, e vai fazer muita falta", disse à Lusa Ana Cristina Vaz Bagetti Lira, de 40 anos, natural de Recife, no Brasil.

A brasileira, que está em Paris de férias, decidiu deslocar-se até à catedral parisiense e tentou assistir à missa em homenagem ao Papa Francisco, de onde saiu visivelmente emocionada.

Para Ana Cristina Vaz Bagetti Lira, "a caridade dele com os mais necessitados, ele tinha muita compaixão" será algo a recordar de Francisco, que faleceu na manhã de segunda-feira aos 88 anos, devido a um acidente vascular cerebral (AVC), após 12 anos de pontificado.

Nascido em Buenos Aires, a 17 de dezembro de 1936, Francisco foi o primeiro jesuíta e primeiro latino-americano a chegar à liderança da Igreja Católica após ser eleito papa a 13 de março de 2013.

"Eu acho que a Igreja olhou com um olhar diferente para a América do Sul, porque éramos muito esquecidos e com este Papa olharam mais para nós, entenderam mais a cultura e acolheram-nos mais", defendeu Ana Cristina Vaz Bagetti Lira, referindo que um próximo Papa "nunca vai ser parecido, porque foi muito marcante".

Cufflec, de 66 anos e origem francesa, estava na fila para entrar na Notre-Dame "por curiosidade", mas ao saber da missa mostrou interesse em "ficar para assistir".

"O Papa Francisco representa para mim um santo homem, ou seja, foi um homem que dedicou sua vida aos outros. Em alguns pontos, não estava totalmente de acordo com ele, porque ele tinha alguns lados um pouco excessivos, mas, por outro lado, não podemos duvidar da sua boa fé e do seu compromisso", afirmou Cufflec.

De acordo com um sexagenário da Polónia que não se quis identificar, Francisco "era futurista, mas demasiado moderno para a Igreja Católica".

"Preferimos o nosso Papa: João Paulo II (pontificado entre 1978 a 2005)", afirmou a sua mulher também polaca.

No átrio da catedral, onde se encontrava a maioria das pessoas, muitas delas com esperança de conseguir entrar para a missa das 18:00, os funcionários da Notre-Dame informaram que não existiam visitas pela morte do Sumo Pontífice, aconselhando os turistas a voltar na terça-feira, numa altura em que a chuva se intensificou na Île de la Cité, no rio Sena.

"Eu estou em Paris de férias e fiquei curiosa para vir aqui e ver o ambiente hoje", disse a australiana Sue Tesoaei, de 60 anos, afirmando que a notícia da morte de Francisco a deixou "surpresa", porque a sua última aparição foi no domingo de Páscoa, no Vaticano, e "parecia estar bem de repente".

"Fiquei chateada, porque para mim o Papa Francisco defendia muito as pessoas que são LGBTQIA+, a maioria dos católicos não concordava, mas ele era a favor de uso de contracetivo para prevenir doenças. Então eu respeitava muito o Papa Francisco, apesar de não ser católica", afirmou Jéssica Gonçalves, de 35 anos, do Rio de Janeiro.

Para a brasileira praticante da religião espírita, na altura da pandemia "os discursos que Francisco fazia na Praça São Pedro" tocaram-lhe muito "num momento muito difícil"

"Tivemos muitas pessoas morrendo no mundo e ele trazia um relato de esperança para as pessoas que estavam sofrendo por algum motivo, pela doença ou pela morte de algum familiar", acrescentou Jéssica Gonçalves.

Após o fim da missa num dia em que é feriado de Páscoa em França, centenas de fiéis de todas as idades saíram de dentro da catedral antes do início da vigília de oração das 20:00 à meia-noite, a maioria dos franceses mostrou-se relutante em falar com os jornalistas.

Um grande número de agentes da autoridade francesa esteve presente no perímetro da catedral, que foi reaberta em 07 de dezembro de 2024, cinco anos após o incêndio que devastou o monumento com mais de 800 anos, símbolo do cristianismo, sem a presença do Papa Francisco que foi convidado pelo Presidente francês, Emmanuel Macron.

Num dia com especial afluência de fiéis movidos pela homenagem ao Papa, durante a manhã, os sinos da Catedral de Notre-Dame deram "88 badaladas por 88 anos de vida" e houve uma primeira missa dedicada ao chefe da Igreja Católica ao meio-dia.

Relativamente ao futuro Papa, que será eleito num conclave dentro de um mês, Jéssica Gonçalves espera que a Igreja leve em consideração "uma pessoa mais aberta a uma Igreja mais humana".

"Eu gostaria que fosse eleito um Papa de um lugar que não existiu ainda, por exemplo, África. Seria um ponto de vista diferente para a Igreja Católica, mas vamos ver o que acontece", acrescentou.

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por Lusa

Instituição fundada pelo Papa abre-se à comunidade em Cascais para homenagem a Francisco

A delegação portuguesa da Scholas Occurrentes, instituição fundada pelo Papa, convida a comunidade a deslocar-se à sua sede, que Francisco visitou em 2023, para se despedir e agradecer a vida daquele que os membros consideram "um pai".

"É a nossa maneira de nos despedirmos, de agradecermos o legado que Deus nos deixa, de lembrarmos a visita que [Francisco] fez aqui no dia 03 de agosto, na altura da semana da Jornada" Mundial da Juventude (JMJ), disse à Lusa o presidente da Scholas Portugal.

Para homenagear o Papa Francisco, que hoje morreu no Vaticano aos 88 anos, a instituição por si fundada enquanto arcebispo de Buenos Aires vai manter a sua sede em Cascais aberta durante 12 dias, tantos quantos os anos de pontificado do líder da Igreja Católica, explicou Miguel Ribeiro Ferreira.

Nas instalações da Scholas, com as bandeiras a meia haste e várias fotografias do Papa durante a sua visita em 2023 espalhadas pelo espaço, a jovem Mariana Barradas explicou à Lusa a motivação para esta homenagem.

"Eu que já fui participante, voluntária e agora faço parte da equipa, acho que aquilo que é mais importante e o porquê nos estarmos a reunir é, no fundo, de continuar a levar este legado connosco, (...) esta prenda que o Papa nos deu", disse.

Criada em Buenos Aires há 22 anos por Jorge Bergoglio, então arcebispo da cidade, a Scholas Occurrentes é uma escola de cidadania em que os jovens falam sobre os problemas que os preocupam e criam projetos que envolvem o resto da comunidade.

A Portugal, o projeto chegou em 2018, com a participação de 200 jovens oriundos de várias escolas públicas e privadas de Cascais, que representavam diferentes classes sociais e realidades económicas, bem como diferentes religiões.

Hoje, a instituição já está também em Santarém e Ansião e pretende expandir-se para outras pequenas cidades do país, disse Miguel Ribeiro Ferreira.

"Muito mais do que uma ideia, do que uma utopia, [a Scholas Occurrentes] é realmente uma forma de viver", contou Mariana Barradas.

Além de celebrar a memória do Papa, a jovem coordenadora de projetos na Scholas acredita que a iniciativa de se abrir à comunidade irá também ajudar a "aceitar a dor" da partida do fundador da instituição, que para os seus membros "é quase como um pai".

"Uma das coisas que nós aprendemos muito na Scholas é que a dor não é algo de que precisamos de fugir. Muitas vezes a dor ajuda-nos a criar. Então é aceitar essa dor, entrar em contacto com essa dor, para depois podermos criar", disse.

Nas instalações em Cascais, os jovens criaram vários pontos de passagem relativos aos vários momentos que o Papa viveu na sua visita.

À entrada está um quadro sobre a parábola do Bom Samaritano, de que Francisco falou na sua visita, bem como um livro e vários pedaços de papel em que cada visitante pode deixar uma mensagem, que a instituição se encarregará de fazer chegar ao Vaticano.

Junto à Oliveira que Francisco regou durante a visita está uma fotografia desse momento e o regador que usou então e ali ao lado está um pedaço de tela onde os visitantes podem deixar uma pincelada como aquela que o Papa desenhou na parede da Scholas para finalizar um mural de mais de três quilómetros que percorreu no caminho até lá.

No interior estão ainda expostos os paramentos que o pontífice usou nas últimas cerimónias da JMJ.

Para Mariana Barradas, a mensagem principal desta iniciativa da Scholas Occurentes é que a de que é possível "continuar em movimento": "Ou seja, não é pela sua morte que vamos parar. É que é, se calhar, o início de uma nova fase que ainda não conhecemos e de que temos algum medo, mas que é uma fase muito bonita, também, de se viver".

A sede da Scholas em Cascais estará aberta à comunidade durante os próximos 12 dias entre as 10:00 e as 22:00 e na terça-feira às 17:30 haverá um "evento mais especial", em que a comunidade será convidada a reunir-se num momento de silêncio, disse ainda Mariana Barradas.

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por RTP

D. José Ornelas considera que igreja não volta a ser a mesma depois de Francisco

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O presidente da Conferência Episcopal Portuguesa falou com a RTP na noite desta segunda-feira, dia em que o mundo foi acordado com a notícia da morte do papa Francisco.

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por RTP

Donald Trump anuncia presença no funeral do papa Francisco

O presidente dos EUA, Donald Trump, disse na segunda-feira que vai assistir ao funeral do Papa Francisco, em Roma.

"A Melania e eu iremos ao funeral do Papa Francisco em Roma", disse Trump no Truth Social.
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por RTP

"Ele preocupava-se connosco". RDC afetada pela morte do Papa

Os sinos tocaram na República Democrática do Congo na segunda-feira em homenagem ao Papa Francisco, que morreu aos 88 anos. O céu estava chuvoso e as emoções estavam ao rubro no maior país católico de África, onde o pontífice é considerado uma "voz para os que não têm voz".

Em Kinshasa, capital do país, os fiéis compareceram para prestar homenagem ao falecido soberano pontífice durante todo o dia, nas igrejas e na catedral.

Madeleine Bomendje, fiel fiel da Catedral de Kinshasa, ainda tem dificuldade em acreditar: "É verdade que ele estava doente, estava a sofrer, mas não consigo acreditar. É um choque terrível."

"Era altruísta, preocupava-se connosco, com o nosso país", acrescenta ela com a voz trémula.

A visita do Papa à capital congolesa, em janeiro de 2023, foi memorável.

AFP
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por RTP

Papa Francisco morreu às primeiras horas da manhã

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Ainda este domingo, o papa fez questão de se juntar às celebrações da Páscoa e de estar em contacto com os católicos reunidos na Praça de São Pedro. As forças já não chegaram para presidir à cerimónia, mas a homilia incluiu a sua mensagem: o papel da igreja é integrar e as vidas são todas importantes.

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por RTP

RTP está em Roma para acompanhar cerimónias fúnebres do papa

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Neste momento do desaparecimento do papa Francisco a igreja encontra-se no estado de sede vacante e os destinos do Vaticano estão entregues ao cardeal camerlengo.

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por Lusa

Presidente da Fundação JMJ 2023 agradece "exemplo de coragem e fé" de Francisco

O presidente da Fundação JMJ Lisboa 2023 e bispo auxiliar de Lisboa, Alexandre Palma, agradeceu hoje o "exemplo de força, coragem e fé" que o Papa Francisco deixou a toda a Igreja.

Numa nota sobre a morte do Papa Francisco, ocorrida hoje aos 88 anos, no Vaticano, o bispo que sucedeu ao cardeal Américo Aguiar à frente da Fundação JMJ Lisboa 2023, recordou a presença do pontífice em Portugal para a Jornada Mundial da Juventude (JMJ) e "a importância da mensagem de esperança, alegria e paz deixada, naquela que foi a última" JMJ do seu pontificado.

"Obrigado, Papa Francisco! Na JMJ, em Portugal e em Lisboa, fizeste-te peregrino connosco, convocaste-nos para a urgência de transformar o mundo em Casa Comum, comprometeste-nos a construir a Igreja como caminho para todos, (...) semeaste com todos os jovens uma semente de Esperança", escreveu Alexandre Palma na mensagem enviada à agência Lusa.

O Papa Francisco morreu hoje aos 88 anos, de AVC, após 12 anos de pontificado.

Nascido em Buenos Aires, a 17 de dezembro de 1936, Francisco foi o primeiro jesuíta e primeiro latino-americano a chegar à liderança da Igreja Católica.

A sua última aparição pública foi no domingo de Páscoa, no Vaticano, na véspera de morrer. O papa Francisco esteve internado durante 38 dias devido a uma pneumonia bilateral, tendo tido alta em 23 de março.

Portugal decretou três dias de luto nacional.

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por RTP

Francisco manteve posições políticas por vezes incómodas

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As posições políticas de Francisco foram inúmeras vezes inesperadas, sobretudo por sectores conservadores a quem tradicionalmente convém a associação à Igreja Católica. O papa criticou as falhas do capitalismo, defendeu uma ecologia global capaz de intregar todos e foi mediador ativo em vários conflitos armados.

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por RTP

RTP entrevista cardeal Américo Aguiar

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O bispo de Setúbal falou com a RTP por ocasião da morte do papa Francisco.

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por RTP

Papa enfrentou questão dos abuso sexuais dentro da igreja

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Este foi o papa que enfrentou a realidade dos abuso sexuais dentro da Igreja Católica. Não foi o primeiro a reconhecer essa realidade, mas pediu desculpa e tomou decisões com impacto concreto na vida da igreja.

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por RTP

Funeral de Francisco, decidido terça-feira, deverá ser realizado entre sexta-feira e domingo

O corpo do papa deverá ser velado na Basílica de São Pedro a partir de quarta-feira, e a data do funeral — que deverá ser realizado entre sexta-feira e domingo, de acordo com a Constituição Apostólica — será decidida na terça-feira, numa primeira reunião dos cardeais.

Foi o cardeal camerlengo irlandês-americano, Kevin Farrell, responsável pela gestão dos assuntos atuais até à eleição de um novo papa, que anunciou a morte de Francisco: "Esta manhã, às 7h35 (05h35 GMT), o bispo de Roma, Francisco, regressou à casa do Pai."
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por RTP

Marcelo. "Lembrar Francisco é prosseguir a caminhada"

Marcelo Rebelo de Sousa, numa breve alocução, recordou a ligação do sumo pontífice ao país,  como "um amigo tardio de Portugal" e sublinhou que, lembrá-lo "é prosseguir a caminhada" depois de elogiar a sua "coragem".

O chefe de Estado falava no Palácio de Belém, em Lisboa, numa declaração ao país sobre o papa Francisco, que morreu hoje, aos 88 anos, após 12 anos de pontificado.

"Francisco não era um qualquer chefe de estado amigo de Portugal", lembrou o presidente. "Era o chefe de estado sucessor da primeira entidade universal a reconhecer a nossa independência em 1179".

Marcelo afirmou que o papa "não conhecia "Portugal e Fátima", a quem descobriu "tarde na sua vida, em 2017, canonizando Francisco e Jacinta Marto".

para o presidente da República, a relação de Francisco com portugal, a partir daí, transformou-se, culminando nas Jornadas Mundiais de Juventude de Lisboa, em 2023, "momento inesquecível da presença portuguesa no mundo".

"Desses e de outros encontros, em 2016, 2017 e 2021, guardarei, guardaremos, a humildade do pároco nunca rendido às vestes do bispo, do cardeal, do papa", afirmou ainda Marcelo.

"Simples, aberto, generoso, compreensivo, solidário", resumiu o presidente as qualidades do papa falecido esta segunda-feira.

"Mas Francisco era mais", acrescentou. "Foi talvez a mais corajosa voz de entre os líderes espirituais dos últimos 12 anos, na defesa da dignidade humana, da paz, da justiça, da liberdade, da igualdade, da fraternidade, do diálogo entre culturas e civilizações, da preferência pelo deserdados das periferias, pelos mais pobres, frágeis, sofredores, sacrificados, excluídos e explorados, rejeitados e esquecidos, deste tempo de antigos e novos senhores, interesses e egoísmos, que combatem os valores pelos quais sempre se pautou".

"Em nome de todos portugueses, crentes e não crentes, concordantes ou discordantes, agradeço a Francisco o carinho que devotou a Portugal, mas sobretudo a sua presença ao lado dos que morrem vítimas das diárias negações dos direitos humanos, dos abusos e das prepotências de toda a natureza, das migrações e refúgios forçados, da primazia da guerra e do injusto esmagamento de pessoas, povos e legítimos sonhos de futuro", acrescentou.
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por RTP

Testamento divulgado. Francisco quer ser sepultado "no chão, sem decoração especial"

O Papa Francisco confirmou no seu testamento final que desejava ser sepultado na Basílica de Santa Maria Maior, em Roma, e não na Basílica de São Pedro, no Vaticano, ao contrário de muitos pontífices anteriores.
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Francisco morreu aos 88 anos, na segunda-feira de manhã. À noite, o Vaticano divulgou o seu testamento final.

O texto especificava que Francisco queria ser sepultado "no chão, sem decoração especial", mas com a inscrição do seu nome papal em latim: Franciscus.

O testamento, datado de 29 junho de 2022, foi hoje divulgado às 19:00 de Lisboa, após selado o apartamento onde morava e transferido o corpo para a capela da sua residência, a Casa Santa Marta.

"`Miserando atque Eligendo` (`Olhou-o com misericórdia e escolheu-o`). Em nome da Santíssima Trindade. Amén", escreveu Jorge Mario Bergoglio, iniciando com o seu lema como arcebispo de Buenos Aires e no seu pontificado a carta em que deixou expressa a sua última vontade, uma frase proveniente das homilias de São Beda, o Venerável, que se refere à sua escolha da vida religiosa.

"Sentindo que se aproxima o fim da minha vida terrena e com viva esperança na Vida Eterna, desejo expressar a minha vontade apenas no que respeita ao lugar da minha sepultura", afirmou.

"Confiei sempre a minha vida e o meu ministério sacerdotal e episcopal à Mãe de Nosso Senhor, Maria Santíssima. Por isso, peço que os meus restos mortais sejam depositados na Basílica Papal de Santa Maria Maior, à espera do dia da ressurreição", indicou.

O Papa Francisco morreu hoje de manhã, aos 88 anos, de um acidente vascular cerebral (AVC) fulminante, após mais de dois meses de graves problemas respiratórios causados por uma pneumonia dupla que o obrigaram a permanecer hospitalizado durante 38 dias, até 23 de março.

"Desejo que a minha última viagem terrena termine precisamente neste antigo santuário mariano, onde eu ia rezar no início e no fim de cada viagem apostólica para depositar com confiança as minhas intenções à Mãe Imaculada e para lhe agradecer o seu dócil e materno cuidado", prosseguiu.

"Peço que o meu túmulo seja preparado no nicho da nave lateral entre a Capela Paulina (Capela da Salus Populi Romani) e a Capela Sforza da referida Basílica Papal, conforme indicado no documento em anexo", precisou, acrescentando: "O túmulo deve ser enterrado, simples, sem decoração especial e com a inscrição única: Franciscus".

Sobre as despesas com os preparativos para as suas exéquias, referiu: "Serão cobertas pela soma do benfeitor que arranjei, que será transferida para a Basílica Papal de Santa Maria Maior e sobre a qual dei as devidas instruções a Monsenhor Rolandas Makrickas, Comissário Extraordinário do Capítulo Liberiano".

"Que o Senhor conceda a merecida recompensa àqueles que me amaram e continuarão a rezar por mim. Ofereci ao Senhor o sofrimento que esteve presente na última parte da minha vida pela paz no mundo e pela fraternidade entre os povos", concluiu o chefe da Igreja Católica desde 2013.

Os apartamentos do Papa Francisco, tanto aquele em que residia, na Casa Santa Marta, como o do Palácio Apostólico, que não utilizava, foram hoje selados após a sua morte, como manda a tradição.

O rito de selagem é efetuado para garantir a segurança de todos os documentos e pertences do Papa falecido após a sua morte.

Esta tarde, as portas do apartamento do Palácio Apostólico, que Francisco não utilizava desde a sua eleição, em 2013, foram seladas com uma fita vermelha e lacre da mesma cor, uma vez que decidiu viver em outra residência, a Casa Santa Marta.

À selagem assistiram o cardeal norte-americano Kevin Joseph Farrell - o camerlengo que deverá dirigir a administração da Igreja Católica durante este período de "sede vacante" -, o secretário de Estado do Vaticano, Pietro Parolin, e o arcebispo venezuelano Edgar Peña Parra, responsável pelos Assuntos Gerais da Secretaria de Estado da Santa Sé.

Depois, procedeu-se à selagem da Casa Santa Marta, com o mesmo objetivo.

Hoje, foi igualmente levado a cabo o ritual da constatação da morte, na sua residência, e logo o seu corpo foi colocado no féretro para ser velado na capela do edifício, tal como dispôs em vida o Papa argentino, que simplificou o protocolo.

Também o anel do Pescador e os selos papais serão cancelados, para que ninguém possa assinar documentos em seu nome após a sua morte.

Espera-se que o caixão de Francisco, o primeiro Papa latino-americano, seja na quarta-feira levado para a Basílica de São Pedro, no Vaticano, para ser visto pelos fiéis, e que o funeral se realize entre sexta-feira e domingo, segundo a legislação em vigor do Vaticano.
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por Guilherme de Sousa - Antena 1

Fiéis rezam pelo Papa Francisco na Basílica dos Mártires em Lisboa

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Foto: Guilherme de Sousa - Antena 1

Alguns fiéis não se esquecem do papa Francisco nas orações. O jornalista da Antena 1 ouviu alguns na Basílica dos Mártires, no centro de Lisboa.

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por Lusa

Escravo Negro Manuel criou laço entre Papa Francisco e Cabo Verde, diz cardeal

O cardeal cabo-verdiano Arlindo Furtado disse hoje que a causa de beatificação do Negro Manuel forjou um laço entre o Papa Francisco e Cabo Verde, que, salientou, o pontífice quis visitar mas sem o conseguir.

"O Negro Manuel foi um dos motivos que levou o Papa a ter um carinho e um amor especial por Cabo Verde", disse o cardeal, à margem de uma missa celebrada hoje, no arquipélago.

Arlindo Furtado afirmou que o Papa era amigo de Cabo Verde e tinha intenção de visitar o país.

"O processo [de beatificação] segue o seu curso. Acredito que ele teria um grande desejo de avançar para o próximo passo, que é, pelo menos, a beatificação do Negro Manuel. O processo começou com ele, quando era arcebispo de Buenos Aires. Não conseguiu levá-lo até ao fim, mas espero que, junto de Deus, interceda para que isso aconteça", afirmou.

Em dezembro, a Diocese de Santiago de Cabo Verde avançou com o processo de canonização de Manuel Costa de Los Ríos, conhecido como "Negro Manuel", para se tornar no primeiro santo de Cabo Verde.

Manuel de Los Ríos, que pertenceu à Diocese de Santiago, foi batizado em Cabo Verde antes de ser vendido como escravo.

Arlindo Furtado é um dos 13 cardeais lusófonos que irão participar na escolha do sucessor do Papa Francisco, no que considerou ser "um privilégio para o país", acreditando na ajuda divina do "espírito santo" para que seja escolhido "alguém à altura dos desafios da Igreja e do mundo".

Para Arlindo Furtado, o futuro Papa deve ser "um homem não só da Igreja, mas com dimensão mundial", que sirva "como Francisco serviu, num momento em que o mundo precisava de alguém como ele", concluiu.

Nascido em Buenos Aires, a 17 de dezembro de 1936, Francisco foi o primeiro jesuíta a chegar à liderança da Igreja Católica.

O Papa Francisco esteve internado durante 38 dias devido a uma pneumonia bilateral, tendo tido alta em 23 de março.

A sua última aparição pública foi no domingo de Páscoa, no Vaticano, na véspera de morrer.

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por Lusa

Bispo de Vila Real fala num homem que lutou "incansavelmente" pela paz

O bispo de Vila Real disse que o Papa Francisco, que morreu hoje aos 88 anos, lutou "incansavelmente pela paz e pela dignidade humana", tendo sido o seu pontificado uma "bênção para a Igreja".

"É uma notícia que nos enche de tristeza porque perdemos um grande pastor, um pai na fé, um irmão e uma pessoa de profunda humanidade", afirmou António Azevedo, em comunicado.

Para o bispo, o mundo perde também "um profeta e um homem de Deus que, incansavelmente, lutou pela paz e pela dignidade humana".

E acrescentou: "Apagou-se uma vida que brilhou como um clarão e nos iluminou com intensidade no meio de um mundo cheio de sombras".

Na opinião de António Azevedo, a Igreja vê partir um Papa que imprimiu uma forte marca de renovação e a conduziu para um estilo mais próximo e fraterno.

O ministério do Papa Francisco foi "uma bênção para a Igreja", ressalvou.

O bispo de Vila Real, que vai realizar na quarta-feira na Sé Catedral de Vila Real uma missa de sufrágio pelo Papa Francisco, pelas 18:00, recomenda que, no dia e hora do seu funeral, se toquem os sinos nas igrejas da diocese e seja guardado um tempo de silêncio e oração.

O Papa Francisco morreu hoje aos 88 anos, após 12 anos de um pontificado marcado pelo combate aos abusos sexuais, guerras e uma pandemia.

Nascido em Buenos Aires, a 17 de dezembro de 1936, Francisco foi o primeiro jesuíta a chegar à liderança da Igreja Católica.

O papa Francisco esteve internado durante 38 dias devido a uma pneumonia bilateral, tendo tido alta em 23 de março. A sua última aparição pública foi no domingo de Páscoa, no Vaticano, na véspera de morrer.

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Momento-Chave
por RTP

Papa morreu com um AVC e insuficiência cardíaca irreversível, anuncia Vaticano

Francisco sofreu um acidente vascular cerebral (AVC) e um ataque cardíaco irreversível, anunciou o Vaticano pelas 19h00 em Portugal, revelando que o papa entrou em coma antes da sua morte na manhã desta segunda-feira.

O AVC, ou derrame cerebral, conduziu a um coma e a uma insuficiência cardíaca irreversível, segundo a certidão de óbito publicada ao final da tarde de hoje pela Santa Sé.

"A morte foi confirmada por registo eletrocardioterapêutico", refere o documento assinado pelo diretor do Departamento de Saúde e Higiene do Vaticano, professor Andrea Arcangeli.
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por Lusa

Políticos angolanos rendem homenagem ao Papa Francisco

Políticos angolanos de várias afiliações partidárias renderam hoje homenagem ao Papa Francisco, destacando a solidariedade e o diálogo, o combate às injustiças e o amor pelos pobres.

A morte do Papa Francisco, aos 88 anos, foi divulgada pelo Vaticano pouco antes do início da reunião plenária que hoje teve lugar na Assembleia Nacional e que se iniciou com a observação de um minuto de silêncio em sua memória.

Numa nota de condolências, a presidente da Assembleia Nacional, Carolina Cerqueira assinalou que o Papa Francisco denunciou as injustiças sociais, defendeu os mais vulneráveis e clamou pela paz entre as nações.

"Foi um Papa do diálogo, da escuta, da misericórdia. Um homem que recolocou Cristo no centro da Igreja, da consciência global, chamando todos crentes e não crentes - à conversão pelo amor e nunca deixou de apelar por uma melhor distribuição da riqueza mundial e manteve uma atenção especial na defesa da justiça social e das causas ambientais", referiu.

Numa publicação partilhada na sua conta no Facebook, o líder da oposição Adalberto Costa Júnior, que foi recebido pelo Papa Francisco em agosto do ano passado, expressou "profundo pesar e dor no coração" com que recebeu a notícia, destacando a "sabedoria serena" com que o Papa falou sobre justiça social, dignidade humana e solidariedade.

"O Papa Francisco foi um farol de esperança num mundo por vezes mergulhado em sombras. A sua humildade, o amor pelos pobres, a coragem nas reformas da Igreja e a defesa incansável do diálogo entre culturas, religiões e povos fazem dele uma das grandes referências morais do nosso tempo", disse o dirigente da União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA).

 Adalberto Costa Júnior convidou todos os angolanos "a unirem-se em oração pela sua alma e a manter viva a sua mensagem de paz, justiça, compaixão e fraternidade".

"Que este tempo de luto nos convoque a renovar o compromisso por um país mais fraterno, solidário e aberto ao diálogo", acrescentou o presidente da UNITA.

Também o Partido Liberal, liderado por Luís Castro, o mais recente partido político angolano que se identifica cpomo  "conservador e respeitador das instituições guardiãs da moral tradicional", assinalou que "não se foi apenas um Papa, mas sim, partiu o Papa da simplicidade, da misericórdia e do serviço aos mais necessitados".

"Onde quer que esteja, o Papa Francisco continuará a ser, para a humanidade, o eterno símbolo da misericórdia, da verdade e da esperança", afirmou numa nota fúnebre divulgada pelo partido.

Já o Presidente angolano, Joao Lourenço considerou tratar-se de um duro golpe para o mundo e uma imensa perda para os cristãos católicos.

Francisco "foi um líder comprometido com a paz, com a justiça social e com os desfavorecidos", lê-se na mensagem enviada ao cardeal Kevin Joseph Farrel, camarlengo do Vaticano.

O Papa Francisco morreu hoje aos 88 anos, após 12 anos de um pontificado marcado pelo combate aos abusos sexuais, guerras e uma pandemia. Nascido em Buenos Aires, a 17 de dezembro de 1936, Francisco foi o primeiro jesuíta a chegar à liderança da Igreja Católica.

Francisco esteve internado durante 38 dias devido a uma pneumonia bilateral, tendo tido alta em 23 de março. A sua última aparição pública foi no domingo de Páscoa, no Vaticano, na véspera de morrer.

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por Lusa

PR cabo-verdiano enaltece "líder humanista de rara estatura moral"

O Presidente cabo-verdiano classificou hoje o Papa Francisco como um "líder humanista de rara estatura moral" na carta de pesar oficial dirigida ao Vaticano.

Na missiva, José Maria Neves referiu-se ao Papa como "líder humanista de rara estatura moral", cujo trabalho se pautou pela defesa dos "mais pobres, excluídos e grandes desafios da contemporaneidade", como guerras, alterações climáticas e justiça social. 

Na carta de pesar, o chefe de Estado manifestou "imensa tristeza e profunda consternação" pelo Papa que deixou "um legado incomensurável, pautado pelo respeito incondicional pela dignidade da pessoa humana, pela fraternidade e por incansáveis esforços em prol da paz global".

Em nome do povo cabo-verdiano, José Maria Neves endereçou as "mais sentidas e profundas condolências".

O primeiro-ministro de Cabo Verde anunciou que o Governo vai decretar dois dias de luto nacional, na terça e quarta-feira, pela morte do Papa Francisco, que morreu, hoje, aos 88 anos, após 12 anos de um pontificado marcado pelo combate aos abusos sexuais, guerras e uma pandemia.

Nascido em Buenos Aires, a 17 de dezembro de 1936, Francisco foi o primeiro jesuíta a chegar à liderança da Igreja Católica.

O Papa Francisco esteve internado durante 38 dias devido a uma pneumonia bilateral, tendo tido alta em 23 de março. A sua última aparição pública foi no domingo de Páscoa, no Vaticano, na véspera de morrer.

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por RTP

"Como um pai". Numa igreja no Iraque, em Qaraqosh, as pessoas choram o papa

No norte do Iraque, os sinos das igrejas de Mossul e arredores tocaram na segunda-feira para lamentar a morte do papa Francisco, mais de quatro anos após a sua visita histórica a uma região outrora devastada pelos jihadistas.

Sob os elegantes arcos de mármore cinzento da Igreja Católica Siríaca de al-Tahira, dezenas de fiéis reuniram-se para uma missa de Páscoa que coincidiu com o funeral de um residente desta pequena cidade da região de Qaraqosh.

Mas esta missa foi também uma oportunidade para recordar a visita do papa em 2021 à cidade cristã, traumatizada pelas atrocidades do grupo Estado Islâmico (EI).

A imponente poltrona de madeira na qual o soberano pontífice se sentava na igreja foi preservada. Agora para sempre desocupado.

Nos bancos, mulheres vestidas todas de preto, com rostos tristes e braços cruzados, ouvem as liturgias.

"É uma grande tragédia para os cristãos, especialmente no Médio Oriente. Ele sempre manteve um olhar atento sobre a região como um pai sobre os seus filhos", disse Kadouun Yohanna à AFP após a missa.

O sexagenário recorda ainda a alegria que marcou a visita do papa: "Estávamos a transbordar de amor, estávamos extremamente felizes: ele veio a esta pequena aldeia onde o número de cristãos diminuiu com o exílio de milhares de pessoas".

Com mais de 1,5 milhões de pessoas antes da queda de Saddam Hussein, em 2003, a comunidade cristã do Iraque encolheu para cerca de 400 mil almas, muitas delas fugindo em sucessivas vagas da violência que ensanguentou o país.

AFP
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Momento-Chave
por RTP

Francisco. Um pontificado em números

A eleição:

O antigo cardeal Jorge Mario Bergoglio, da Argentina, foi eleito papa a 13 de março de 2013. Foi o 266.º papa e o primeiro da América Latina. Foi o primeiro pontífice a adotar o nome Francisco.

Duração do pontificado:


Francisco reinou durante mais tempo do que a média de 7,5 anos dos 265 pontificados anteriores. Foi também o segundo papa mais velho da história. O último pontífice em funções a viver mais tempo foi Leão XIII, que tinha 93 anos quando morreu, em 1903. Antes dele, não há registo verificável de um homem mais velho ter servido como papa. O antecessor de Francisco, Bento XVI, morreu aos 95 anos, mas tinha 85 anos quando se retirou como papa.

Colégio de Cardeais:


Atualmente, existem 252 cardeais, os "príncipes da Igreja" de chapéu vermelho, que aconselham o papa, administram grandes dioceses em todo o mundo e lideram frequentemente departamentos poderosos dentro da burocracia do Vaticano. Atualmente, 135 cardeais têm menos de 80 anos e, por isso, são elegíveis, de acordo com a lei da Igreja, para participar num conclave para eleger um papa após a morte ou a reforma de Francisco. São conhecidos como cardeais eleitores e Francisco nomeou 108 deles. Os outros eleitores foram nomeados pelos seus antecessores.

Viagens:


Francisco realizou 47 viagens fora de Itália, visitando mais de 65 estados e territórios, acumulando mais de 465.000 km (289.000 milhas).

Visitou o Brasil em 2013.

Em 2014, esteve na Jordânia, nos Territórios Palestinianos, em Israel, na Coreia do Sul, na Albânia, em França e na Turquia.

Em 2015, esteve no Sri Lanka, Filipinas, Bósnia-Herzegovina, Equador, Bolívia, Paraguai, Cuba, Estados Unidos, Quénia, Uganda e República Centro-Africana.

Em 2016, esteve no México, Grécia, Arménia, Polónia, Geórgia, Azerbaijão, Suécia.

Em 2017, esteve no Egito, Portugal, Colômbia, Myanmar e Bangladesh.

Em 2018, esteve no Chile, Peru, Suíça, Irlanda, Lituânia, Letónia, Estónia.

Em 2019, esteve no Panamá, Emirados Árabes Unidos, Marrocos, Bulgária, Macedónia do Norte, Roménia, Moçambique, Madagáscar, Maurícias, Tailândia e Japão.

Em 2020, não fez qualquer viagem ao estrangeiro.

Em 2021, esteve no Iraque, Eslováquia, Hungria, Grécia e Chipre.

Em 2022, esteve em Malta, Canadá, Cazaquistão e Bahrein.

Em 2023, esteve no Congo, Sudão do Sul, Hungria, Portugal, Mongólia e França.

Em 2024, esteve na Indonésia, Singapura, Timor Leste, Papua-Nova Guiné, Bélgica, Luxemburgo e na ilha francesa da Córsega.

Fez cerca de 37 viagens por Itália, começando pela ilha de Lampedusa, ponto de desembarque de migrantes que atravessavam o Mediterrâneo a caminho da Europa, em julho de 2013.

Os Santos:

Francisco criou mais de 900 novos santos, incluindo os seus antecessores, João XXIII, João Paulo II e Paulo VI, bem como Madre Teresa de Calcutá e o arcebispo salvadorenho Oscar Romero, que foi morto em 1980.

O número inclui os Mártires de Otranto, residentes numa cidade no sul de Itália, mortos pelas tropas otomanas em 1480. O Vaticano diz que eram cerca de 800.

Beatificou ainda mais de 1.350 pessoas. A beatificação é o último passo antes da santidade.

As Encíclicas:

Uma encíclica é o formato mais importante de documento papal.

Francisco escreveu quatro, começando em 2013 com "Lumen Fidei" (Luz da Fé) sobre a importância da fé cristã, parcialmente escrito pelo seu antecessor, o Papa Bento XVI.

Em 2015, lançou "Laudato Si" (Louvado Seja), que apelava a ações urgentes sobre as alterações climáticas. Atualizou este trabalho em 2023, com uma Exortação Apostólica, Laudate Deum (Louvado seja Deus), onde apelou aos negacionistas das alterações climáticas e aos políticos indecisos para que mudassem de ideias.

Em 2020, o senhor Fratelli Tutti (Todos Irmãos) abordou a questão da solidariedade entre as pessoas no mundo pós-pandemia.

Em 2024, o seu Dilexit Nos (Ele amava-nos) pediu aos católicos que abandonassem a "busca louca" pelo dinheiro e, em vez disso, se dedicassem à sua fé.

Escreveu também vários outros documentos importantes, como as Constituições Apostólicas e as Exortações Apostólicas.
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por Lusa

Ex-Presidentes do Brasil lembram espiritualidade e dimensão humanista

Ex-Presidentes do Brasil lamentaram hoje a morte do Papa Francisco através e lembraram a espiritualidade e a dimensão humanista.

O ex-Presidente brasileiro Jair Bolsonaro despediu-se hoje do Papa Francisco com uma mensagem nas redes sociais, na qual não mencionou o pontífice falecido, e disse que "a sua partida convida à reflexão e à renovação da fé".

"O mundo e os católicos despedem-se daquele que ocupou uma das figuras mais simbólicas da fé cristã", escreveu o ex-Presidente brasileiro, que está internado há mais de uma semana num hospital brasileiro a recuperar de uma cirurgia intestinal, acrescentando que, "para o Brasil e para o mundo, a figura do Papa sempre foi um sinal de unidade e orientação" e que "a sua partida convida à reflexão e à renovação da fé".

Bolsonaro, que governou o Brasil entre 2019 e 2022 e que nunca se encontrou com o Papa Francisco, na mensagem que partilhou não mencionou o nome do pontífice falecido, mas disse que "mais do que um líder religioso, o papado representa a continuidade de uma tradição milenar, guardiã dos valores espirituais que moldaram as civilizações".

Durante esse período, o Papa fez críticas veladas a algumas decisões de Bolsonaro, especialmente em relação à Amazónia que, enquanto o líder de extrema-direita esteve no poder, sofreu graves incêndios, no meio de um desmantelamento de políticas para proteger o ambiente e combater as alterações climáticas.

Já a ex-Presidente Dilma Rouseff, que governou entre 2011 e 2016, também escreveu uma mensagem nas suas redes sociais, afirmando que a partida do Papa Francisco "marca o fim de um dos pontificados mais humanistas", adiantando que, "em tempos marcados por desigualdades, crises ambientais e conflitos, Francisco foi presença de luz - capaz de unir fé e razão, espiritualidade e ação, oração e ternura".

"O Papa Francisco foi um líder exemplar - humilde e ousado em seu amor pelos mais frágeis", escreve Dilma Rouseff na mesma mensagem.

O Brasil é considerado o país com o maior número de católicos do mundo.

O Papa Francisco morreu hoje aos 88 anos, após 12 anos de um pontificado marcado pelo combate aos abusos sexuais, guerras e uma pandemia.

Durante o seu pontificado de 12 anos, o primeiro papa jesuíta e sul-americano da história defendeu incansavelmente os migrantes, o ambiente e a justiça social, sem questionar as posições da Igreja sobre o aborto ou o celibato sacerdotal.

O Papa argentino teve alta hospitalar a 23 de março, após ter estado internado durante 38 dias devido a uma pneumonia bilateral, a sua quarta e mais longa hospitalização desde a sua eleição em 2013.

A sua última aparição pública foi no domingo de Páscoa, no Vaticano, na véspera de morrer.

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por Lusa

Óbito/Papa. Adiados encontros dos campeonatos da Argentina agendados para hoje

Os jogos dos campeonatos na Argentina agendados para hoje foram adiados, devido à morte do Papa Francisco, aos 88 anos de idade, anunciou a Associação de futebol daquele país (AFA).

"É com grande tristeza que recebemos a notícia do falecimento do Papa Francisco, nosso pai Jorge Bergoglio, que por meio das suas ações de vida se tornou o líder espiritual de milhões de homens e mulheres", lamentou o organismo, em comunicado.

A AFA indicou que “todas as partidas programadas de todas as competições foram suspensas, em sinal de luto”.

"Um minuto de silêncio também será observado antes do início de todas os encontros agendados entre terça-feira e domingo", acrescentou a AFA.

As partidas [dos vários escalões] foram remarcadas para terça-feira, no mesmo horário previsto, com exceção da partida entre o Argentinos Juniors e Barracas Central, da primeira divisão, que será disputada às 23:00 (horas em Lisboa).

Já as novas datas dos outros dois encontros (Tigre-Belgrano e Independiente Rivadavia-Aldosivido), do primeiro escalão, previstos para hoje, vão ser divulgadas posteriormente.

O Papa Francisco morreu hoje aos 88 anos, após 12 anos de um pontificado marcado pelo combate aos abusos sexuais, guerras e uma pandemia.

Nascido em Buenos Aires, em 17 de dezembro de 1936, Francisco foi o primeiro jesuíta a chegar à liderança da Igreja Católica.

O Papa Francisco esteve 38 dias internado, devido a uma pneumonia bilateral, tendo tido alta em 23 de março. A sua última aparição pública foi no domingo de Páscoa, no Vaticano, na véspera da morte.
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Momento-Chave
por RTP

O legado de Francisco visto pelos líderes mundiais

Anne Barrett Doyle, co-directora de um grupo de rastreamento de abuso sexual do clero

"O papa Francisco foi um farol de esperança para muitas das pessoas mais desesperadas e marginalizadas do mundo. Mas o que mais precisávamos deste papa era justiça para os feridos da Igreja, as crianças e os adultos abusados ​​​​sexualmente pelo clero católico. Nesta esfera, onde Francisco tinha poder supremo, ele recusou-se a fazer as mudanças necessárias", disse Barrett Doyle em comunicado.

Para a presidente mexicana, Claudia Sheinbaum, Francisco foi

"Um humanista que defendeu os pobres, a paz e a igualdade. Ele deixou um grande legado de verdadeiro amor ao próximo. Para católicos e não católicos, esta é uma grande perda. Conhecê-lo foi uma grande honra e privilégio. Que ele descanse em paz."

Para o presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva,

"A humanidade está hoje perdendo uma voz de respeito e acolhimento ao próximo. O papa Francisco viveu e propagou em sua vida cotidiana o amor, a tolerância e a solidariedade que são a base dos ensinamentos cristãos."

O primeiro-ministro canadiano, Mark Carney, considerou que,

"Por meio de seus ensinamentos e ações, o papa Francisco redefiniu as responsabilidades morais da liderança no século XXI." E acrescentou, "sua Santidade compreendeu e ensinou que o valor no mercado jamais deve eclipsar os valores na sociedade... O papa Francisco deixa um legado espiritual e ético que moldará nossa consciência coletiva para as gerações futuras."

Para o primeiro-ministro indiano, Narendra Modi,

"O papa Francisco será sempre lembrado como um farol de compaixão, humildade e coragem espiritual por milhões em todo o mundo", referindo ainda que, Francisco "serviu diligentemente os pobres e oprimidos. Para aqueles que sofriam, ele acendeu um espírito de esperança. Recordo com carinho os meus encontros com ele e fiquei muito inspirado pelo seu compromisso com o desenvolvimento inclusivo e integral. O seu carinho pelo povo da Índia será sempre estimado".

Para o Rei Carlos da Grã-Bretanha,

"Sua Santidade será recordado pela sua compaixão, pela sua preocupação pela unidade da Igreja e pelo seu incansável compromisso com as causas comuns de todas as pessoas de fé e com aquelas de boa vontade que trabalham em benefício dos outros", disse em comunicado.

Disse o primeiro-ministro britânico Keir Starmer,

"Junto-me a milhões de pessoas em todo o mundo no luto pela morte de Sua Santidade o papa Francisco". "A sua liderança num momento complexo e desafiante para o mundo e para a igreja foi corajosa, mas veio sempre de um lugar de profunda humildade", acrescentou.

O primeiro-ministro da Irlanda, Michael Martin, escreveu na rede X,

que "o legado do papa Francisco é a sua mensagem de paz, reconciliação e solidariedade que vive nos corações daqueles que ele inspirou". "Que descanse em paz e que a sua memória continue a guiar-nos, enquanto nos esforçamos por construir um mundo que reflita a sua visão de amor e compaixão por todos", acrescentou.

Chanceler alemão Olaf Scholz referiu na rede X, que

"Com a morte do Papa Francisco, a Igreja Católica e o mundo perdem um defensor dos fracos, uma pessoa reconciliadora e afetuosa". "As minhas condolências à comunidade religiosa do mundo inteiro", acrescentou.

Para o chanceler eleito da Alemanha, Friedrich Merz,

O papa Francisco será recordado pelo seu incansável compromisso com os membros mais fracos da sociedade, disse Merz numa publicação no X. "Foi guiado pela humildade e pela fé na misericórdia de Deus".

O chanceler austríaco, Christian Stocker, disse que,

"A sua morte é uma perda dolorosa para a Igreja Católica e para muitas pessoas em todo o mundo. O seu compromisso incansável com a paz, a justiça e a tolerância jamais será esquecido."

Mensagem do presidente russo, Vladimir Putin,

"Por favor, aceite as minhas mais sinceras condolências pelo falecimento de Sua Santidade o Papa Francisco", disse Putin numa mensagem ao Cardeal Kevin Joseph Farrell. "Ao longo dos anos do seu pontificado, promoveu ativamente o desenvolvimento do diálogo entre as Igrejas Ortodoxa Russa e Católica Romana, bem como a cooperação construtiva entre a Rússia e a Santa Sé".

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskiy, elogiou os apelos do papa

"Ele sabia como dar esperança, aliviar o sofrimento através da oração e promover a unidade. Rezou pela paz na Ucrânia e pelos ucranianos. Lamentamos juntos os católicos e todos os cristãos que procuraram apoio espiritual no Papa Francisco", escreveu, na rede X.

Presidente filipino Ferdinand Marcos Jr., emocionou-se,

"Adoro este papa", disse Marcos Jr. sobre o papa Francisco. "Homem de profunda fé e humildade, o papa Francisco liderou não só com sabedoria, mas com um coração aberto a todos, especialmente aos pobres e esquecidos", disse também em separado.

O presidente do Egito, Abdel Fattah al-Sisi,

disse que o Papa Francisco foi uma figura global excecional que dedicou a sua vida aos valores da paz e da justiça. "Foi também um forte defensor da causa palestiniana, defendendo direitos legítimos e apelando ao fim dos conflitos e à conquista de uma paz justa e duradoura", acrescentou.

O presidente turco, Tayyip Erdogan, apontou diálogo interreligioso

"Estadista respeitado, o papa Francisco foi também um líder espiritual que valorizou o diálogo entre os diferentes grupos religiosos e tomou a iniciativa perante as tragédias humanitárias, especialmente a questão palestiniana e o genocídio em Gaza", escreveu o presidente no X.

O presidente de Israel, Isaac Herzog, escreveu, sobre Francisco,

"Homem de fé profunda e compaixão sem limites, dedicou a sua vida a ajudar os pobres e a clamar pela paz num mundo conturbado". "Espero sinceramente que as vossas orações pela paz no Médio Oriente e pelo regresso seguro dos reféns (em Gaza) sejam atendidas em breve", escreveu ainda Herzog na rede X.

O presidente palestino, Mahmoud Abbas, recordou um amigo leal

O presidente da Autoridade Palestiniana, lamentou a morte do papa Francisco como amigo leal do povo palestiniano e defensor global da paz e da justiça. Abbas destacou no seu luto o reconhecimento do Papa à Palestina, a sua visita a Belém, as suas orações pela paz no muro de separação e os seus apelos para pôr fim à guerra em Gaza.

O presidente libanês, Joseph Aoun reagiu no X

"Nós, no Líbano, a terra da diversidade, sentimos a perda de um querido amigo e de um grande apoiante. O falecido Papa sempre transportou o Líbano no seu coração e nas suas orações, e sempre pediu ao mundo que apoiasse o Líbano na sua provação".

Presidente iraniano, Masoud Pezeshkian, disse que,

"O Papa Francisco dedicou a sua vida à difusão dos ensinamentos de Cristo e fez esforços eficazes e duradouros nesse sentido". "Um dos pontos altos da sua vida e liderança foi a sua postura humanitária contra o comportamento desumano no mundo, especialmente as ações de Israel em Gaza".

O xeque Mohammed bin Rashid al-Maktoum, do Dubai expressou tristeza na X

"Estamos profundamente tristes por saber do falecimento de Sua Santidade o papa Francisco, um grande líder cuja compaixão e compromisso com a paz tocaram inúmeras vidas. O seu legado de humildade e unidade inter-religiosa continuará a inspirar muitas comunidades em todo o mundo".

Presidente da Nigéria, Bola Ahmed Tinubu, expressou o lamento geral

"Uno-me aos fiéis católicos e aos cristãos de todo o mundo em luto pela morte do Papa Francisco, um humilde servo de Deus, incansável defensor dos pobres e guia para milhões de pessoas", disse. "Foi um firme defensor do mundo em desenvolvimento, falando consistentemente contra a injustiça económica e orando incessantemente pela paz e estabilidade nas regiões problemáticas".

O presidente queniano, William Ruto, escreveu na rede X,

"Exemplificou a liderança servidora através da sua humildade, do seu compromisso inabalável com a inclusão e a justiça, e da sua profunda compaixão pelos pobres e vulneráveis. As suas fortes convicções éticas e morais inspiraram milhões em todo o mundo, independentemente da fé ou da origem".

O presidente sul-africano Cyril Ramaphosa, disse em comunicado,

"Os católicos e as pessoas de todas as religiões estão hoje tristes com o falecimento de um líder espiritual que procurou unir a humanidade e desejou ver um mundo governado por valores humanos fundamentais". "O papa Francisco promoveu uma visão do mundo de inclusão, igualdade e cuidado com os indivíduos e grupos marginalizados, bem como a custódia responsável e sustentável do ambiente natural", acrescentou.

A recordação do primeiro-ministro da Austrália, Anthony Albanese,

"Pediu-nos para nos lembrarmos de tudo o que temos em comum e pediu ao mundo para ouvir o clamor da Terra — a nossa casa comum", disse Albanese, acrescentando que as bandeiras do Governo seriam colocadas a meia haste em sinal de respeito pelo papa Francisco.

A tristeza do presidente da Argentina, Javier Milei,


"É com profunda tristeza que soube nesta triste manhã que o Papa Francisco, Jorge Bergoglio, faleceu hoje e agora descansa em paz", escreveu Milei na X. "Apesar das diferenças que hoje parecem pequenas, ter podido conhecê-lo na sua bondade e sabedoria foi para mim uma verdadeira honra."
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por RTP

André Ventura. Crentes e não crentes do Chega lamentam morte de Francisco

O líder do Chega não recuou no reconhecimento de que nem sempre esteve de acordo com a forma como o papa Francisco orientou o seu pontificado, mas preferiu sublinhar a unidade entre todos os que combatem pela justiça.
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por Lusa

Artistas destacam coragem de Francisco, na defesa da paz, das minorias e da união de todos

A forma como tocou todos com a sua humanidade, unindo-os na diferença, atravessando-se pelas minorias e lutando pela paz, é o que sobressai nas homenagens de personalidades da cultura ao Papa Francisco, que morreu hoje aos 88 anos.

Nascido Jorge Mario Bergoglio, na Argentina, em 1936, Francisco morreu hoje na residência papal Casa Santa Marta, na Cidade do Vaticano, às 07:35 locais (06:35 em Lisboa), e pouco depois as redes sociais enchiam-se de homenagens e mensagens de despedida àquele que emergiu como o Papa dos desfavorecidos durante um pontificado de pouco mais de 12 anos.

"Até a um ateu como eu, ele deu vontade de rezar. Defendeu os pobres, os imigrantes, as minorias. Ainda ontem apelou ao cessar-fogo em Gaza. Exigiu os caminhos da paz, a submissão da economia à dignidade das pessoas e o respeito de todas as vidas. Se eu rezasse, seria para que a Igreja tenha a sabedoria de continuar o seu corajoso legado", escreveu o dramaturgo Tiago Rodrigues.

O mesmo desejo é partilhado pelo escritor Valter Hugo Mãe, que considera que "a igreja, que para crentes e não crentes desempenha um papel grave nas nossas sociedades, precisa de continuar Francisco. Seria fundamental não haver recuo".

A jornalista e escritora Anabela Mota Ribeiro recordou que o Papa "falou dos mortos no Mediterrâneo como ninguém, pediu o cessar fogo em Gaza, disse que as mães solteiras não eram mães solteiras, eram mães".

Tal como Tiago Rodrigues, sublinhou que é ateia e que pensa em Francisco "como um líder político raro, tão necessário num mundo cada vez mais sombrio".

A escritora Patrícia Reis lembrou o seu apelo ao "fim de todas as guerras, bélicas ou comerciais" e ao "fim dos presos políticos".

"O seu tempo foi um tempo de reinvenção", afirmou, e, igualmente, evocou a forma como o Papa "olhou para as mulheres para lá da sua condição de mães".

"Francisco reconheceu as mulheres em todas as valências. Deu-lhes poder dentro da igreja e reconheceu-as fora dela. Olhou para a comunidade LGBTQI+ com desassombro e procurando caminho. A igreja muda lenta e paulatinamente. Francisco acelerou algumas temáticas. Trouxe outras para a discussão. É sua a primeira encíclica sobre as alterações climáticas. Foi um Papa que tocou muitos, enervou os mais conservadores. Muitos que se assumem como não crentes viram nele uma possibilidade, uma luz", escreveu a autora.

Patrícia Reis enalteceu ainda o facto de o Papa se assumir como "um homem comum", para quem era importante ouvir os outros e olhar pelos outros, algo necessário nos "tempos que vivemos", num "mundo atolado de violência".

"A imagem do Papa na basílica de São Pedro durante a pandemia, totalmente só, nunca a esquecerei. Era um homem a rezar por todos. Quem virá a seguir, perguntamos hoje. Os poderes que se erguem no mundo, as ideias mais temíveis, ensombram o próximo conclave".

Para o humorista Nuno Markl, numa era em que "há gente demais a usar o nome de Cristo para sustentar o seu ódio e a sua intolerância pelo próximo, este homem veio explicar a essência dos ensinamentos de Cristo".

"Não sou católico, mas admirarei sempre quem é capaz de promover ensinamentos que, na sua essência mais pura, poderiam fazer do mundo um lugar mais empático, solidário e respirável", escreveu, manifestando também desejo de que "quem venha a seguir mantenha e, quem sabe, aumente essa luz".

A cantora e compositora Márcia juntou-se às homenagens nas redes sociais, confessando-se "comovida com a partida do Papa Francisco".

"Praticantes e não praticantes, Francisco uniu-nos na diferença. Juntou-nos no sítio certo da Humanidade. Humanizou o mundo. Solidário com tudo e todos, mostrou-nos que esse é o único caminho", escreveu.

A editora Nascente, do grupo Penguin Random House Portugal, que publicou a autobiografia do Papa Francisco, também o homenageou nas redes sociais, através de uma publicação do seu editor, Jorge Silva, que começa por assinalar que este foi o primeiro Papa latino-americano.

"Carismático, afável, divertido, acolheu a comunidade LGBT, lembrou o escândalo de todas as guerras, lutou contra a desumanização de uma sociedade consumista, aproximou-se de todas as pessoas e contou anedotas sobre si próprio, elegendo o humor e o sorriso como `fermento da existência`", descreveu, classificando-o como uma "figura maior do primeiro quarto do século XXI".

O grupo Porto Editora escreveu que "a morte do Papa Francisco deixa um vazio profundo, mas também um legado de palavras, gestos e pontes construídas entre povos e crenças", enquanto a Cultura Editora lembra a "humildade, compaixão e coragem" do Papa que deixa um legado de "justiça social e diálogo entre culturas e religiões".

O Plano Nacional das Artes escolheu publicar na sua página de Instagram uma frase do próprio Papa Francisco, para lhe render homenagem: "A arte e a fé não podem deixar as coisas como estão: mudam-nas, transformam-nas, convertem-nas, movem-nas. A arte nunca pode ser um anestésico; dá paz, mas não adormece as consciências, mantém-nas despertas".

No plano internacional, foram também vários os artistas que deram voz à sua despedida nas redes sociais, como é o caso da cantora e escritora norte-americana Patti Smith, que atuou no Vaticano a convite de Francisco, e lhe dedicou um pequeno poema: "Esta é uma pequena flor, um dente-de-leão, humilde mas forte. Vi-a esta manhã e fiquei comovida. Adeus, querido Papa Francisco. A natureza, a poesia e os que sofrem sentirão falta do seu campeão", o seu determinado defensor.

A escritora argentina Mariana Enriquez recuou no tempo para recordar a altura em que uma ou outra vez se cruzou com Jorge Bergoglio no metro, quando ele era arcebispo de Buenos Aires, uma altura em que "não gostava dele", enaltecendo como "ele se tornou um grande líder e um bom pastor para os seus fiéis".

Salvaguardando que não é religiosa, a autora argentina afirmou-se "muito triste com a sua morte e orgulhosa por alguém como Francisco ter sido o primeiro Papa da América Latina", recordando que "a sua primeira missa fora de Roma foi em Lampedusa e falou dos migrantes, uma situação que continua a ser a mesma e que permanece bastante fora da conversa pública".

Mariana Enriquez confessou que Francisco a ensinou a descer alguns degraus no seu anticlericalismo e a ser mais tolerante, acrescentando: "Nós, agnósticos, somos muito arrogantes e, por vezes, pensamos que estamos acima da lama humana".

A escritora partilhou a imagem do Papa sozinho na basílica do Vaticano durante a pandemia, que diz ser a sua "fotografia preferida", terminando a sua publicação com "um grande abraço" aos amigos católicos e a todos aqueles que, como ela, sentiram "que o Papa era o homem poderoso mais compassivo e perspicaz deste Ocidente".

O pontificado de 12 anos do Papa Francisco, primeiro jesuíta a chegar à liderança da Igreja Católica, ficou marcado pelo combate aos abusos sexuais, por guerras e uma pandemia.

O papa Francisco esteve internado durante 38 dias devido a uma pneumonia bilateral, tendo tido alta em 23 de março. A sua última aparição pública foi no domingo de Páscoa, no Vaticano, na véspera de morrer.

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por Lusa

Bispo de Coimbra diz que Francisco deixou "desafios muito grandes e documentos fabulosos"

O bispo de Coimbra, Virgílio Antunes, considerou hoje que o Papa Francisco, que morreu hoje aos 88 anos, foi o Papa necessário para os tempos que se vêm atravessando, tendo deixado "desafios muito grandes e documentos fabulosos".

"Foi exatamente o Papa para o nosso tempo, porque teve clarividência e iluminação do espírito para reconhecer a situação da Igreja, para reconhecer a situação do mundo. E, à luz do Evangelho, da tradição e da reflexão, propôs os caminhos que a Igreja deve percorrer", destacou.

Em declarações à agência Lusa, Virgílio Antunes contou que "a morte do Santo Padre está carregada de uma emoção muito forte".

"Foi o Papa com quem tive a graça e a possibilidade de contactar de uma forma mais próxima e mais direta, não só pelas suas visitas a Portugal, mas depois pelas minhas deslocações, de vez em quando, a Roma e, sobretudo, durante a realização do último sínodo", apontou.

A proximidade e a convivência quase diária nas duas sessões da Assembleia Sinodal em que participou proporcionaram-lhe "uma ligação mais pessoal do que com os outros pontífices", com os quais teve a oportunidade de conviver.

"Neste caso, há aqui uma emoção mais forte por este motivo. Depois, o Papa Francisco é, a todos os títulos, um grande Papa da Igreja do nosso tempo, que nos deixa caminhos para percorrer, que nos deixa desafios muito grandes e documentos fabulosos", indicou.

De acordo com a página de Internet da Diocese de Coimbra, na quarta-feira, às 21:30, terá lugar na Sé Nova de Coimbra uma missa em oração pelo Papa Francisco.

O Papa Francisco morreu hoje aos 88 anos, após 12 anos de um pontificado marcado pelo combate aos abusos sexuais, guerras e uma pandemia.

Nascido em Buenos Aires, a 17 de dezembro de 1936, Francisco foi o primeiro jesuíta a chegar à liderança da Igreja Católica.

Francisco esteve internado durante 38 dias devido a uma pneumonia bilateral, tendo tido alta em 23 de março.

A sua última aparição pública foi no domingo de Páscoa, no Vaticano, na véspera de morrer.

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por Lusa

Europa não é o centro da Igreja, diz cardeal António Marto sobre futuro Conclave

O cardeal António Marto disse que não esperava ser tão cedo cardeal eleitor no Conclave para escolher o sucessor do Papa Francisco, que hoje morreu, e salientou que a Europa não é o centro da Igreja.

"Enquanto cardeal eleitor não esperava ser tão cedo", afirmou à agência Lusa António Marto, acrescentando que também pode ser eleito, mas nem o pretende, nem tem esperanças de que tal suceda.

Em 2018, António Marto, à data bispo da Diocese de Leiria-Fátima, foi nomeado cardeal pelo Papa Francisco.

O Papa Francisco morreu hoje aos 88 anos, após 12 anos de um pontificado marcado pelo combate aos abusos sexuais, guerras e uma pandemia.

Nascido em Buenos Aires (Argentina), em 17 de dezembro de 1936, Francisco foi o primeiro jesuíta a chegar à liderança da Igreja Católica.

António Marto disse que vai para Roma "o mais breve possível".

"Só estou à espera que seja anunciado o dia do funeral, porque vou para o funeral e depois tenho de lá ficar para as chamadas congregações gerais, onde se vai dialogar sobre o estado da Igreja e o perfil de um novo Papa", explicou, adiantando que depois também ficará para a posse do novo Papa.

Questionado como deve ser o próximo líder da Igreja Católica, o cardeal considerou que "tem de continuar estes processos que o Papa Francisco iniciou e lançou, e que agora quer sequência também".

À pergunta se depois de um papa do "fim do mundo" será escolhido um papa europeu, o cardeal frisou que "a Europa hoje não é o centro do mundo, nem o centro da Igreja", consideração que tem de ser tomada.

"Este Papa deixou-nos o exemplo para prestar atenção às periferias e fez coisas que só um Papa da América Latina foi capaz de fazer. Um Papa europeu acho que não era capaz de ter feito o que ele fez. Foi um Papa que vinha com liberdade, liberdade, uma liberdade de espírito", assinalou.

Por outro lado, tinha uma "consciência muito aguda sobre o discernimento da situação da Igreja e do que a Igreja precisava para realizar a sua missão no mundo de hoje e neste tempo de hoje, sem nostalgia do passado", realçou.

"Portanto, é neste tempo e neste mundo que a Igreja tem de exercer a sua missão, e ninguém escolhe o tempo e o mundo em que quer viver", adiantou, acrescentando: "Eu acredito no Espírito Santo. Já nestes últimos papas tem vindo sempre um com o carisma próprio para o tempo em que vive. E acho que o próximo será também", afirmou.

António Marto é um dos quatro cardeais eleitores portugueses no conclave que vai escolher o sucessor de Francisco, juntamente com Américo Aguiar, Manuel Clemente e Tolentino de Mendonça.

António Marto, natural de Chaves, tem 77 anos. Foi aluno do Papa Bento XVI (1927-2022), que acolheu em 2010 no Santuário de Fátima, onde também recebeu Francisco, em 2017, por ocasião do centenário dos acontecimentos de Fátima e da canonização dos pastorinhos Francisco e Jacinta Marto.

Fez o doutoramento em Teologia em Roma, foi bispo auxiliar de Braga e passou por Viseu antes de entrar na Diocese de Leiria-Fátima, em junho de 2006, onde agora é bispo emérito.

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por Lusa

Francisco teve as palavras mais urgentes em defesa dos migrantes afirma cardeal António Marto

O cardeal António Marto realçou o estilo de proximidade a todos e de compaixão por todos do Papa, que hoje morreu, e recordou que Francisco teve "as palavras mais pungentes e urgentes para a defesa dos migrantes".

"Foi um estilo de proximidade a todos, de ternura, usou a linguagem da ternura, e de compaixão para com todos e, por isso, tocava o coração de todos. Com o seu estilo, deixou-nos a imagem de Igreja e deixou uma mensagem para a humanidade", afirmou à agência Lusa António Marto, bispo emérito da Diocese de Leiria-Fátima.

O Papa Francisco morreu hoje aos 88 anos, após 12 anos de um pontificado marcado pelo combate aos abusos sexuais, guerras e uma pandemia.

Nascido em Buenos Aires, em 17 de dezembro de 1936, Francisco foi o primeiro jesuíta a chegar à liderança da Igreja Católica.

O Papa Francisco esteve internado durante 38 dias devido a uma pneumonia bilateral, tendo tido alta em 23 de março. A sua última aparição pública foi no domingo de Páscoa, no Vaticano, na véspera de morrer.

O cardeal recordou que Francisco chamava à Igreja "hospital de campanha", sempre pronta "a acolher, em primeiro lugar, os feridos e a ajudar a curar as feridas".

"Naturalmente, que se trata sobretudo de feridas morais, espirituais, psicológicas de que o mundo hoje está cheio e tanto precisa deste cuidado", declarou, para destacar que o Papa deixou também "esta cultura do cuidado de uns pelos outros, sobretudo pelos mais vulneráveis".

Para o cardeal, Francisco, "para a humanidade, foi um Papa atento e com uma mensagem sempre muito própria, muito adaptada aos problemas emergentes".

Neste particular, referiu, por exemplo, a questão ambiental com a encíclica "Laudato Si``, sobre o cuidado da casa comum, ou os apelos à paz.

"Para sair da guerra e da divisão entre as pessoas e os povos, apontava o caminho da fraternidade universal e da amizade social. É belíssimo, porque é a base espiritual da coesão social", assinalou.

Já no que diz respeito ao fluxo migratório, o cardeal reconheceu que Francisco "teve, de facto, as palavras mais pungentes e urgentes para a defesa dos migrantes que perdiam a sua vida no mar, que saíam das suas terras onde viviam na miséria, ou na fome, ou na guerra, à procura de melhor qualidade de vida, de melhores condições de vida".

"Era um Papa, de facto, atento aos problemas de hoje e abriu perspetivas de humanidade", disse António Marto, sustentando que o Papa, "mesmo hoje, no meio de um mundo tão dividido, tão polarizado, tão fragmentado, era a única voz que tinha autoridade moral e audiência entre todos, mesmo nas confissões religiosas diferentes".

António Marto admitiu ainda ter recebido a notícia da morte do Papa Francisco "com um sentimento profundo de consternação e comoção".

"Perdemos um pai, um pastor amado por todo o povo de Deus e amado, penso eu, pela grande parte, a grande maioria da humanidade de hoje", notou, para sublinhar o "reconhecimento e gratidão por tudo aquilo" que ele legou.

António Marto, que vai participar no Conclave para eleger o sucessor de Francisco, lembrou ainda que o Papa, como disse em Fátima, em 2017, deixou uma Igreja de "portas abertas", tendo por ocasião da Jornada Mundial da Juventude defendido "uma Igreja onde têm lugar todos, todos, todos".

"Será uma expressão inesquecível, penso eu, não só para a geração presente, mas para o futuro também", sustentou.

Recuando a 2017, ao centenário dos acontecimentos de Fátima e à canonização dos pastorinhos Francisco e Jacinta Marto, em 2017, o então bispo de Leiria-Fátima lembrou que "um momento muito comovente foi na procissão do adeus, em que ele também tinha um lenço na mão e acenava" e as lágrimas brilhavam-lhe nos olhos.

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por RTP

As reações de Donald Trump e de Barack Obama

"Descanse em paz, Papa Francisco! Que Deus o abençoe e a todos que o amavam!", escreveu Trump na plataforma de mídia social Truth Social.

O presidente dos Estados Unidos anunciou depois a partir da Casa Branca e ao lado da primeira dama, Melania Trump, que ordenou que as bandeiras do país fossem colocadas a meia-haste.
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Já o seu antecessor, o ex-presidente Barack Obama, considerou que, "o Papa Francisco foi um dos raros líderes que nos fez desejar pessoas melhores. Em sua humildade e em seus gestos, ao mesmo tempo simples e profundos – abraçando os doentes, ministrando aos sem-teto, lavando os pés de jovens presos – ele nos tirou da complacência e nos lembrou que todos temos obrigações morais para com Deus e uns para com os outros."
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por Lusa

Comissão Justiça e Paz destaca "autenticidade evangélica" de Francisco

A Comissão Nacional Justiça e Paz (CNJP) destacou hoje o testemunho de "autenticidade evangélica" do Papa Francisco, "visível até aos últimos momentos dessa vida, mesmo para além da doença e fragilidade que o atingiram".

O Papa Francisco morreu hoje, no Vaticano, aos 88 anos.

Em comunicado, a CNJP, organismo da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP), liderado pelo juiz Pedro Vaz Patto, apela a que "não sejam esquecidas, num contexto internacional que delas parece afastar-se cada vez mais", as mensagens de Francisco "em prol da justiça e da paz, da fraternidade universal, do amor preferencial para com os pobres e descartados, da promoção da vida humana e do cuidado da casa comum".

A morte do Papa Francisco foi anunciada pelo cardeal Kevin Farrell, Camerlengo da Câmara Apostólica.

"Às 07:35 desta manhã [06:35 em Lisboa], o bispo de Roma, Francisco, regressou à casa do Pai. Toda a sua vida foi dedicada ao serviço do Senhor e da sua Igreja", disse Farrell no anúncio.

O Papa Francisco esteve internado recentemente devido a uma pneumonia bilateral.

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por RTP

Papa Francisco trabalhou "até ao fim" contra pareceres médicos

Convalescente de um longo internamento devido a uma dupla pneumonia, Francisco precisava de dois meses de descanso, de acordo com os médicos. Mas o papa preferiu trabalhar, até ao fim.

O cardeal Michael Czerny, alto funcionário do Vaticano próximo de Francisco, revelou que "ele equilibrava a convalescença com o fato de ser Bispo de Roma".

Citando uma instrução que Francisco frequentemente dava aos bispos católicos, para se certificarem de que estavam perto de seus rebanhos, Czerny referiu que "ele morreu com o cheiro das ovelhas".

No Domingo de Páscoa, horas antes da sua morte, o papa apareceu ao público por longos momentos, no período mais longo desde fevereiro, entrando na Praça de São Pedro sentado no papamóvel, para cumprimentar os fiéis ali presentes.

Depois recebeu líderes estrangeiros, incluindo o vice-presidente dos Estados Unidos da América, J.D.Vance, um católico converso, com quem se reuniu brevemente na sua residência.

O primeiro-ministro da Croácia, Andrej Plenkovic, e a sua família também tiveram um breve encontro com Francisco. "Foi um momento breve, mas profundamente tocante, um encontro de gentileza, sorrisos e bênçãos", disse Plenkovic em uma declaração na segunda-feira.
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por Lusa

África recorda luta de Francisco por um mundo justo e pacífico

Chefes de Estado e de Governo africanos lamentaram hoje a morte do Papa Francisco, a quem reconheceram o seu compromisso para com os mais vulneráveis, a sua luta pela inclusão, justiça e promoção da paz:

- Samia Suluhu (Presidente da Tanzânia): Descreveu o Papa Francisco como um "professor e líder" que "ensinou e inspirou o bem-estar e o desenvolvimento das pessoas". Suluhu destacou os esforços do pontífice na promoção da paz e transmitiu as suas condolências aos fiéis católicos na Tanzânia e em todo o mundo.

- Faure Gnassingbé (Presidente do Togo): Elogiou o pontífice como um "incansável artesão da paz, da justiça e da fraternidade", afirmando que deixa uma "marca profunda" na humanidade. "O seu compromisso com os mais vulneráveis e o seu apelo constante à dignidade humana ficarão gravados na nossa memória", disse Gnassingbé na rede social X.

- Évariste Ndayishimiye (Presidente do Burundi): Expressou as suas condolências à Igreja Católica e recordou a mensagem de fé e humanidade que o Papa transmitiu durante a sua visita ao Vaticano em março de 2022.

- Hakainde Hichilema (Presidente da Zâmbia): Recordou o Papa como um homem de "grande humildade e compaixão", que conduziu a Igreja Católica "pelo seu exemplo".

- William Ruto (Presidente do Quénia): Destacou a liderança do pontífice na Igreja Católica, bem como a sua humildade, o seu "empenho inabalável" na inclusão e na justiça e a sua "profunda compaixão" pelos mais vulneráveis. "As suas fortes convicções éticas e morais inspiraram milhões de pessoas em todo o mundo, independentemente da sua fé ou origem", afirmou Ruto nas redes sociais.

Brice Clotaire Oligui Nguema (Presidente do Gabão): Enviou as suas "sinceras condolências a toda a comunidade católica do Gabão e de outros países" e declarou nas redes sociais que a mensagem do Papa de fé, paz e humildade "continuará a ser uma fonte de inspiração".

Abiy Ahmed (primeiro-ministro da Etiópia): Manifestou a esperança de que o legado de "compaixão, humildade e serviço à humanidade" do Papa continue a inspirar as gerações futuras.

Félix Tshisekedi (Presidente da República Democrática do Congo): Saudou o "compromisso inabalável" para com a paz do Papa Francisco e prestou uma "homenagem solene à memória deste grande servo de Deus, cuja vida foi um testemunho vibrante de fé, humildade e compromisso inabalável com a paz, a justiça e a dignidade humana".

Bassirou Diomaye Faye (Presidente do Senegal): Declarou que o "mundo perdeu uma grande figura espiritual". "Através do seu compromisso com os mais vulneráveis e do seu constante apelo ao diálogo entre os povos e as religiões, ele encarnou uma esperança viva para milhões de crentes e pessoas de boa vontade", referiu o chefe de Estado na rede social X.

Ahmed Bola Tinubu (Presidente da Nigéria): Relembrou a "voz poderosa" do Papa na sua ação contra as alterações climáticas. "Hoje, com o coração pesado, associo-me aos fiéis católicos e aos cristãos de todo o mundo no luto pela perda do Papa Francisco", afirmou o chefe de Estado desta nação com 100 milhões de fiéis católicos.

Alassane Ouattara (Presidente da Costa do Marfim): Referiu, através das redes sociais, o compromisso do Papa "para com os mais vulneráveis e o seu desejo de construir um mundo em paz, mais equitativo e respeitador do ambiente".

John Dramani Mahama (Presidente do Gana): Recordou o "legado de compaixão, humildade e empenho na justiça social" do Papa, que, segundo Mahama, "continuará a inspirar gerações".

Lazarus Chakwera (Presidente do Malaui): Referiu estar profundamente triste com o falecimento "do Papa Francisco, o 266.º Pontífice", que teve "a honra de conhecer no Vaticano há nove meses". O Presidente desta nação vizinha de Moçambique disse ainda que o falecimento do Santo Padre deixa um "legado de fé, compaixão, amor e serviço, promovendo a paz, a justiça e a unidade".

Julius Maada Bio (Presidente da Serra Leoa): Desejou que a alma do Santo Padre "encontre a paz eterna" e desejou as sinceras condolências a toda a comunidade católica, por este "momento difícil".

África representa 20% dos 1,4 mil milhões de católicos do mundo, segundo os dados do gabinete de estatística do Vaticano.

O Papa Francisco morreu hoje aos 88 anos, após 12 anos de um pontificado marcado pelo combate aos abusos sexuais, guerras e uma pandemia.

Nascido em Buenos Aires, a 17 de dezembro de 1936, Francisco foi o primeiro jesuíta a chegar à liderança da Igreja Católica.

O Papa Francisco esteve internado durante 38 dias devido a uma pneumonia bilateral, tendo tido alta em 23 de março. A sua última aparição pública foi no domingo de Páscoa, no Vaticano, na véspera de morrer.

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por RTP

Liga italiana de futebol suspende todos os jogos da Série A desta segunda-feira

Os jogos vão ser disputados na quarta-feira.

O Comité Olímpico italiano pediu igualmente a suspensão de todos os eventos desportivos.
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por RTP

Imã da Mesquita Central de Lisboa aponta "o exemplo" de Francisco

Sheikh Munir, a voz do Islão em Portugal, sublinha que o papa Francisco “serve de exemplo, não só para os católicos”.
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por RTP

Jesuítas portugueses recordam os gestos de uma figura que "desafia e desinstala"

A Companhia de Jesus em Portugal recordou hoje "os numerosos gestos de Francisco que o tornaram um Papa próximo, mas também uma figura que desafia e desinstala".

O Papa Francisco, que morreu hoje aos 88 anos, no Vaticano, foi o primeiro pontífice jesuíta da Igreja Católica.

"O mundo acordou esta manhã com a triste notícia da morte do Papa Francisco. A Companhia de Jesus em Portugal une-se ao povo cristão e a todos os homens e mulheres que vivem com dor esta partida. Mais que um dia de tristeza, é um dia de profunda gratidão por estes 12 anos de Pontificado e por toda uma vida dedicada ao seguimento de Jesus", sublinha a congregação em comunicado.

Os jesuítas portugueses agradecem ao Papa Francisco "as suas palavras inspiradoras e transformadoras, dirigidas aos fiéis e ao mundo: o seu convite a viver a fé na alegria e 'em saída', sem medo de abraçar a todos, a sua preocupação com os mais esquecidos, os mais pequenos, os mais necessitados, na consciência de que somos todos irmãos".

Mas, também, "a sua denúncia vigorosa e incansável de uma 'economia que mata', pondo em perigo o planeta, de tantos conflitos que configuram a 'terceira guerra mundial aos pedaços', bem como dos pecados da própria Igreja, abusos sexuais, de poder, ou económicos".

"Recordamos a sua simplicidade de vida e de trato, o modo como deixava que todos se aproximassem, o esforço para ir ao encontro de todas as periferias, geográficas e existenciais, a humildade com que vivia a sua fé e a sua devoção, em silêncio diante da imagem de Nossa Senhora, sentado no confessionário ou expondo diante das câmaras a sua fragilidade", referem os jesuítas na nota.

Neste comunicado, são também realçadas "as decisões e os processos postos em marcha para reformar estruturas, no sentido de construir uma Igreja verdadeiramente missionária, fiel ao Evangelho e à escuta do Espírito Santo, uma Igreja sinodal, onde todos são chamados a participar num caminho em conjunto".

Os jesuítas recordam ainda "o encontro com o jesuíta Francisco, em agosto de 2023", aquando da Jornada Mundial da Juventude, no Colégio S. João de Brito.

c/ Lusa
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por Lusa

 Guiné-Bissau está de luto pela morte "de um homem digno"

O Presidente guineense, Umaro Sissoco Embaló, afirmou hoje que o país está de luto pela morte do Papa Francisco, que considerou ser um "homem digno", lembrando que teve oportunidade de se sentar com ele à mesma mesa.

Em declarações aos jornalistas à saída da reunião da Comissão Política do Movimento para a Alternância Democrática (Madem G15), partido de que é presidente de honra, Embaló lembrou o Papa Francisco como "homem ímpar".

"Hoje, de manhã cedo, lembrei-me de um homem digno que tive a oportunidade de me sentar com ele. Papa é um homem ímpar. Para mim, não era só um chefe da Igreja Católica, mas um homem de paz", destacou o Presidente guineense.

De religião muçulmana, Umaro Sissoco Embaló foi recebido, em audiência, pelo Papa Francisco, no Vaticano, no dia 29 de janeiro de 2024, tendo os dois líderes abordado a situação social na Guiné-Bissau, num encontro em que o Papa ofereceu ao Presidente guineense uma escultura em bronze, uma coletânea de documentos pontificados e a Mensagem da Paz daquele ano.

Por seu turno, Sissoco Embaló foi portador de uma mensagem de paz do Papa Francisco para os sudaneses, em guerra desde abril de 2023.

O Presidente guineense enfatizou que o país e o mundo estão de luto hoje pelo falecimento de um homem a quem "Deus concedeu a glória".

"Só para verem o que Deus faz: Deu-lhe forças para celebrar, ontem [domingo de Páscoa] a última missa, a seguir, morrer. Pedimos a Deus que o próximo Papa seja melhor do que este", declarou.

O Presidente guineense disse fazer esta exortação sem pretender afirmar que não vai haver outro Papa igual.

"Não podemos dizer que não haverá um Papa como o Francisco, isso é forte para a Humanidade, mas podemos dizer que o Papa Francisco foi uma figura eminente", sublinhou.

O Papa Francisco morreu hoje aos 88 anos, após 12 anos de um pontificado marcado pelo combate aos abusos sexuais, guerras e uma pandemia. Nascido em Buenos Aires, a 17 de dezembro de 1936, Francisco foi o primeiro jesuíta a chegar à liderança da Igreja Católica.

Francisco esteve internado durante 38 dias devido a uma pneumonia bilateral, tendo tido alta em 23 de março. A sua última aparição pública foi no domingo de Páscoa, no Vaticano, na véspera de morrer.

 

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por Lusa

Causa da morte tornada pública "provavelmente" hoje à noite

As causas da morte do Papa Francisco "deverão ser provavelmente tornadas públicas" após a declaração oficial do óbito do pontífice, prevista para as 20:00 locais (19:00 em Lisboa), anunciaram hoje os serviços de imprensa da Santa Sé.

O Papa Francisco, que tinha 88 anos, morreu hoje na residência papal Casa Santa Marta, na Cidade do Vaticano, às 07:35 locais (06:35 em Lisboa).

Fontes citadas pela agência noticiosa italiana ANSA estão a avançar que uma hemorragia cerebral terá sido a possível causa da morte de Francisco e não os problemas respiratórios decorrentes de uma recente pneumonia bilateral.

Matteo Bruni, diretor da Sala de Imprensa do Vaticano, indicou entretanto que a transferência do corpo do Papa para a Basílica de São Pedro para a homenagem de todos os fiéis poderá ocorrer na manhã de quarta-feira.

Segundo Matteo Bruni, citado pela ANSA, o protocolo a seguir será definido e divulgado na terça-feira, após a primeira reunião da Congregação dos Cardeais.

Francisco liderou a Santa Sé durante 12 anos de um pontificado marcado pelo combate aos abusos sexuais, guerras e uma pandemia. 

Nascido em Buenos Aires, a 17 de dezembro de 1936, Francisco foi o primeiro jesuíta a chegar à liderança da Igreja Católica.

O Papa Francisco esteve internado durante 38 dias devido a uma pneumonia bilateral, tendo tido alta em 23 de março. A sua última aparição pública foi no Domingo de Páscoa, no Vaticano, na véspera da sua morte.

 

 

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por RTP

Presidente indonésio saúda papel "modelo" do Papa "para a paz, humanidade e fraternidade"

O Presidente indonésio, Prabowo Subianto, saudou esta segunda-feira o papel "modelo" do Papa Francisco "para a paz, humanidade e fraternidade".

"O mundo perdeu mais uma vez um modelo que demonstrou um grande compromisso com a paz, a humanidade e a fraternidade", disse o presidente indonésio nas redes sociais, recordando a visita do pontífice a Jacarta em setembro passado, que "deixou uma profunda impressão não só entre os católicos, mas também nos corações de todos os indonésios".
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Última visita do Papa a Portugal foi em 2023 na Jornada Mundial da Juventude

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Foram cinco dias marcados por multidões. Na viagem ao país, Francisco quebrou protocolos e improvisou discursos.

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Papa Francisco apelou diversas vezes ao fim das guerras

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Gaza e Ucrânia estiveram sempre nas orações e homilias do papa, tal como migrantes e refugiados.

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Vaticano vai realizar oração noturna na Praça de São Pedro

Um cardeal do Vaticano vai liderar um serviço de oração na Praça de São Pedro na noite desta segunda-feira às 19h30 (menos uma em Lisboa) após a morte do Papa Francisco, disse um porta-voz do Vaticano.

Milhares de fiéis são esperados para esta oração do rosário, que será presidida pelo cardeal italiano Mauro Gambetti, segundo o gabinete de imprensa da Santa Sé.
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Momento-Chave
por RTP

Pontificado de Francisco marcado pelos afetos e pela dedicação aos pobres

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Francisco foi o escolhido pelo Conclave para suceder a Bento XVI que tinha renunciado ao cargo. A eleição de Jorge Mario Bergoglio, Cardeal argentino, foi a 13 de março de 2013. Na liderança da Igreja Católica há quase 12 anos, o papa Francisco deixa um Pontificado marcado pelos afetos e pela dedicação aos pobres.

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por Lusa

PR angolano considera morte do Papa Francisco "duro golpe para o mundo"

O Presidente angolano, João Lourenço, manifestou hoje dor e tristeza pela morte do Papa Francisco e considerou tratar-se de um duro golpe para o mundo e uma imensa perda para os cristãos católicos.

Em mensagem de condolências, João Lourenço afirmou que os cristãos católicos viam nele uma das grandes esperanças na construção de um mundo mais justo e equilibrado.

Francisco "foi um líder comprometido com a paz, com a justiça social e com os desfavorecidos", lê-se na mensagem enviada ao cardeal Kevin Joseph Farrel, camarlengo do Vaticano.

Durante o seu pontificado, o Papa, que morreu hoje em Roma, "soube ser um intérprete sagaz das inquietações do mundo moderno, em face disso, pudemos ter tido o privilégio de o ver avançar em tomadas de posição corajosas que modificaram abordagens desajustadas do nosso tempo e atenderam mais cabalmente questões sobre a diversidade no seio da Igreja Católica", salientou João Lourenço.

Em novembro de 2019, João Lourenço foi recebido pelo Papa Francisco no Vaticano, tendo estado em destaque temas como as migrações, o comércio livre e a liberdade de expressão, segundo a presidência angolana.

O território angolano e a Santa Sé mantêm relações diplomáticas desde a chegada a Roma, em 1608 (século XVII), de António Manuel Nvunda, como primeiro embaixador do então Reino do Congo, tendo as relações diplomáticas entre os dois Estados sido formalizadas a 08 de julho de 1997.

A 13 de setembro de 2019, os dois Estados assinaram um Acordo-Quadro que contempla o reconhecimento por Angola da personalidade jurídica da Igreja Católica e a titularidade dos seus imóveis no país.

O Papa João Paulo II foi a mais alta entidade da Igreja Católica a visitar Angola, em 1992, mas o Papa Francisco tinha também manifestado essa vontade ", segundo revelou o núncio apostólico de Angola e São Tomé e Príncipe, Dom Giovanni Gaspari, em abril do ano passado, uma visita que ficou por concretizar.

O Papa Francisco morreu hoje aos 88 anos, após 12 anos de um pontificado marcado pelo combate aos abusos sexuais, guerras e uma pandemia. Nascido em Buenos Aires, a 17 de dezembro de 1936, Francisco foi o primeiro jesuíta a chegar à liderança da Igreja Católica.

Na mensagem, o chefe de Estado angolano endereçou ainda, em nome do executivo angolano, e em seu nome, ao Estado do Vaticano e aos fiéis da Igreja Católica em todo o mundo "as mais sentidas condolências" pela morte "desta insigne personalidade universal".

O Papa Francisco esteve internado durante 38 dias devido a uma pneumonia bilateral, tendo tido alta em 23 de março. A sua última aparição pública foi no domingo de Páscoa, no Vaticano, na véspera de morrer.

DAS // JMC

Lusa/Fim

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por Lusa

Comunidade Hindu diz que liderança de Francisco transcendeu fronteiras

A Comunidade Hindu de Portugal manifestou hoje "o mais profundo pesar" pela morte do Papa Francisco, considerando tratar-se de uma figura marcante cuja liderança espiritual transcendeu fronteiras religiosas, culturais e sociais.

"O Papa Francisco será lembrado como um homem de fé inabalável, humildade genuína e profundo compromisso com os mais vulneráveis. Foi um defensor incansável da paz, da justiça social, da ecologia integral e do diálogo entre religiões", afirmou a Comunidade Hindu, em comunicado enviado à agência Lusa.

"A sua voz foi, ao longo dos anos, um farol de esperança num mundo tantas vezes marcado pela divisão e pela indiferença", acrescenta-se no documento.

A comunidade recordou ainda, "com gratidão", a visita do Papa a Lisboa por ocasião da Jornada Mundial da Juventude, em 2023, ao referir que foi um "momento histórico" em que Francisco se reuniu com representantes de diferentes tradições religiosas.

"A Comunidade Hindu de Portugal teve a honra de estar presente nesse encontro inter-religioso, testemunhando pessoalmente o seu apelo à fraternidade universal, ao respeito mútuo e à construção de pontes entre povos e crenças", lê-se no texto.

"Enquanto comunidade espiritual, sentimos uma profunda afinidade com os valores que o Papa Francisco defendeu ao longo da sua vida: a Ahimsa (não-violência), a Karuna (compaixão), o Seva (serviço desinteressado) e o Sarva Dharma Sambhava (respeito por todas as religiões)", exemplifica a comunidade.

Estes princípios, acrescenta, fazem parte do "coração do Sanatana Dharma", o caminho eterno que orienta os valores universais do Hinduísmo e promove a harmonia, a verdade e a unidade na diversidade.

"Neste momento de luto e reflexão, unimo-nos à Igreja Católica e a todos os fiéis no tributo à vida e ao legado de um verdadeiro mensageiro da paz. Que a sua alma alcance a libertação espiritual e que o seu exemplo continue a inspirar a humanidade", escreveram os líderes da Comunidade Hindu.

O Papa Francisco morreu hoje aos 88 anos, após 12 anos de um pontificado marcado pelo combate aos abusos sexuais, pela defesa da paz no mundo, face às várias guerras que testemunhou, e por uma intervenção ambientalista.

Nascido em Buenos Aires, a 17 de dezembro de 1936, Francisco foi o primeiro jesuíta a chegar à liderança da Igreja Católica.

O Papa Francisco esteve internado durante 38 dias, devido a uma pneumonia bilateral, tendo recebido alta em 23 de março.

A última vez que apareceu em público foi no domingo de Páscoa, no Vaticano, na véspera de morrer.

 

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por RTP

Na Igreja todos lamentam a morte do papa

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Francisco é lembrado como um símbolo de esperança. Alguém que foi capaz de transformar a Igreja e que deixa um legado que deve ser continuado.

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por Lusa

Universidade Católica expressa pesar e afirma compromisso com legado

A Universidade Católica Portuguesa expressou hoje "o seu profundo pesar" pela morte do Papa Francisco, lembrando a visita à instituição por altura da Jornada Mundial da Juventude, em Lisboa, e afirmando o compromisso com o seu legado.

Em comunicado, a instituição universitária ligada à igreja católica afirmou que a morte de Francisco "deixa uma dor profunda nos crentes e em todos aqueles que encontraram nas suas palavras, gestos e ações um testemunho luminoso de humildade, generosidade, proximidade e esperança".

Citada no comunicado, a reitora Isabel Capeloa Gil recordou o legado de esperança, "uma mensagem particularmente relevante num mundo de dissidência e contradições, onde o Papa Francisco foi o derradeiro líder ético".

A visita à Universidade Católica por ocasião da Jornada Mundial da Juventude em 2023 é recordada como "um momento inesquecível e profundamente marcante para toda a comunidade académica", durante a qual o Papa Francisco desafiou os jovens "a lutar contra a complacência e o medo" e exortou a conjugar "a excelência académica com o compromisso ético e social".

"Neste momento de luto, reafirmamos o nosso compromisso com o legado do Papa Francisco. Que a sua vida, dedicada ao serviço dos mais pobres, ao diálogo inter-religioso, à justiça climática e à cultura do encontro, continue a inspirar o nosso caminho como Universidade Católica. Que o seu testemunho de ternura e firmeza, de simplicidade e sabedoria, nos ajude a ser, como ele pediu, "artesãos do futuro"", lê-se no comunicado.

Também a Universidade Nova de Lisboa manifestou "profundo pesar" pela morte do Papa Francisco, "figura incontornável do nosso tempo" que será recordada pelo "compromisso inabalável com a justiça social, o diálogo inter-religioso e a dignidade humana" e que deixa um legado que "transcende fronteiras e continuará a inspirar gerações", afirmou João Sàágua, citado em comunicado.

A Universidade Nova de Lisboa recorda o papel do Papa Francisco na "defesa dos mais vulneráveis", no "apelo constate à paz" e na preocupação com questões como alterações climáticas, inclusão social e renovação da igreja "num espírito de proximidade e humildade".

"A sua visão humanista e reformadora ressoou fortemente no meio académico, incentivando a reflexão e o debate sobre os grandes desafios do nosso tempo", destacou a Universidade Nova de Lisboa em comunicado.

O Papa Francisco morreu hoje aos 88 anos, após 12 anos de um pontificado marcado pelo combate aos abusos sexuais, pela defesa da paz no mundo, face às várias guerras que testemunhou, e por uma intervenção ambientalista.

Nascido em Buenos Aires, a 17 de dezembro de 1936, Francisco foi o primeiro jesuíta a chegar à liderança da Igreja Católica.

O Papa Francisco esteve internado durante 38 dias, devido a uma pneumonia bilateral, tendo recebido alta em 23 de março.

A última vez que apareceu em público foi no domingo de Páscoa, no Vaticano, na véspera de morrer.

 

 

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Milhares de turistas no Vaticano lamentam a morte do papa

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Foto: Guglielmo Mangiapane - Reuters

Francisco é recordado como um líder que deixa um legado de renovação.

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O que acontece depois da morte de um papa?

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Foto: Yara Nardi - Reuters

Inicia-se agora um processo, definido pela Igreja Católica, que termina com a eleição de um novo líder. Durante este período de transição, cada passo carrega um forte simbolismo e é seguido ao detalhe.

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Guterres saúda "um mensageiro de esperança, humildade e humanidade"

O papa Francisco foi "um mensageiro de esperança, humildade e humanidade", disse o secretário-geral da ONU, António Guterres, numa declaração esta segunda-feira.

"O Papa Francisco foi uma voz transcendente para a paz, a dignidade humana e a justiça social. Ele deixa um legado de fé, serviço e compaixão para todos, especialmente para aqueles que estão à margem ou presos nos horrores da guerra“, disse Guterres, acrescentando que Francisco era ”um homem de fé para todas as religiões".
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Várias personalidades já reagiram em Portugal à morte do Papa

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Foto: Paulo Domingos Lourenço - RTP

Da esquerda à direita surgem diversas mensagens, essencialmente nas redes sociais. Em memória de Francisco, o Governo propôs três dias de luto nacional. O presidente da República fala ao país às 20h00.

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Cabo Verde decreta dois dias de luto nacional

O Governo de Cabo Verde vai decretar dois dias de luto nacional, terça e quarta-feira, pela morte do Papa Francisco, anunciou hoje o primeiro-ministro, Ulisses Correia e Silva.

"O Governo vai decretar dois dias de luto nacional", referiu o chefe do Governo, em declarações aos jornalistas na cidade da Praia.

O primeiro-ministro classificou a morte do Papa Francisco como "uma grande perda para a humanidade e para a Igreja Católica", manifestando consternação e expressando as condolências.

Ulisses Correia e Silva enalteceu o legado do Papa Francisco, qualificando-o como um "grande combatente pela transparência, moralidade na Igreja, pela paz, pela dignidade dos imigrantes e pelo planeta, face às mudanças climáticas".

"Estamos perante um bom homem, um bom pastor, que deixa marcas muito relevantes no seu tempo e também relativamente àquilo que é a perspetiva de futuro, que esperamos seja de paz, esperança, liberdade, engajamento e solidariedade a nível mundial", referiu.

O primeiro-ministro disse que tinha "grande esperança" de que o Papa Francisco visitasse Cabo Verde, mas lamentou que, devido à fragilidade da sua saúde, a visita se tenha tornado impossível.

O Presidente cabo-verdiano, José Maria Neves, também expressou pesar pela morte do Papa Francisco através de uma mensagem na sua página no Facebook, enaltecendo "um enorme legado para a Igreja e para a humanidade".

"A abertura a todos, todos, todos, marca um pontificado orientado para os mais pobres, os excluídos e os enormes desafios da contemporaneidade -- guerras, mudanças climáticas, desigualdades, migrações, inteligência artificial", escreveu José Maria Neves.

O presidente também recordou os encontros que teve com o Papa Francisco no Vaticano, incluindo uma reunião para discutir a Concordata assinada com a Santa Sé em 2013.

O Papa Francisco morreu hoje, anunciou o Vaticano, através do cardeal Kevin Farrell.

"Às 07:35 desta manhã [06:35 em Lisboa], o bispo de Roma, Francisco, regressou à casa do Pai. Toda a sua vida foi dedicada ao serviço do Senhor e da sua Igreja", disse o camerlengo Farrell, no anúncio.

Francisco morreu aos 88 anos, após 12 anos de um pontificado marcado pelo combate aos abusos sexuais, guerras e uma pandemia.

Nascido em Buenos Aires, a 17 de dezembro de 1936, Francisco foi o primeiro jesuíta a chegar à liderança da Igreja Católica.

O Papa esteve internado durante 38 dias devido a uma pneumonia bilateral, tendo tido alta em 23 de março.

A sua última aparição pública aconteceu no domingo de Páscoa, no Vaticano, na véspera de morrer.

 

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Associação Zero recorda papel do Papa na área da sustentabilidade

A associação ambientalista Zero recordou hoje, véspera do Dia Mundial da Terra, o papel do Papa Francisco nas questões da sustentabilidade do planeta e das alterações climáticas.

Num comunicado onde pede energia mais renovável e que não se retroceda nas políticas ambientais (a propósito do Dia Mundial da Terra), a Zero lembra a importância do Papa Francisco, que morreu hoje aos 88 anos, na necessidade de se cuidar da "casa comum" que é o planeta Terra.

Recorda nomeadamente o papel do Papa apelando ao "urgente desafio de proteger a nossa casa comum" na encíclica "Laudato si", que completa 10 anos a 24 de maio.

"O que escreveu foi determinante em 2015, ano em que se aprovaram os 17 objetivos para o desenvolvimento sustentável e o Acordo de Paris. O Papa mencionou que ´uma especial gratidão é devida àqueles que lutam, com vigor, por resolver as dramáticas consequências da degradação ambiental na vida dos mais pobres do mundo´", diz a associação.

A Zero recorda ainda que na encíclica o Papa refere que os jovens exigem uma mudança e interrogam-se como é que se pode construir um mundo melhor sem pensar na crise do meio ambiente e nos sofrimentos dos excluídos.

"Lanço um convite urgente a renovar o diálogo sobre a maneira como estamos a construir o futuro do planeta. Precisamos de um debate que nos una a todos, porque o desafio ambiental, que vivemos, e as suas raízes humanas dizem respeito e têm impacto sobre todos nós. (...) Precisamos de nova solidariedade universal", dizia o Papa na encíclica hoje recordada pela Zero.

No comunicado a associação diz que o 55.º Dia Mundial da Terra é vivido em tempo de incertezas e transformações aceleradas, de uma crise ambiental e climática que se intensifica, ou de reforço de investimentos em combustíveis fósseis, e diz ser fundamental evitar o retrocesso do Pacto Ecológico Europeu e de outros compromissos globais na área da sustentabilidade.

No Dia Mundial da Terra de terça-feira apela-se a cidadãos, governos, empresas e instituições, para se juntarem num compromisso comum: o de triplicar a geração de energia renovável até 2030.

"Quando a Europa está a aquecer duas vezes mais depressa do que qualquer outra região do planeta" reduzir a queima de combustíveis fósseis e efetuar uma rápida transição para fontes renováveis "é indispensável", diz a Zero, que destaca que 32% da produção de eletricidade mundial e 45% da produção de eletricidade europeia é já garantida por fontes de energia limpa. Em Portugal esse valor em 2024 foi de cerca de 70%.

Para que Portugal atinja os objetivos do Plano Nacional de Energia e Clima (PNEC) para 2030 tem de "elevar significativamente a ambição no que respeita à instalação de energia solar descentralizada em zonas residenciais, industriais e de serviços", sendo também indispensável investir no armazenamento de energia elétrica, devendo criar-se um Plano Nacional para o Armazenamento de Energia, diz ainda.

 

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Conselho da Europa saúda a sua "clareza moral inabalável" de Francisco

O secretário-geral do Conselho da Europa, Alain Berset, saudou a "clareza moral inabalável" do Papa Francisco, que morreu na segunda-feira, com quem se encontrou "em várias ocasiões".

“O que mais me impressionou foi a sua inabalável clareza moral - na promoção da justiça e da reconciliação, na defesa do multilateralismo e no respeito pelo direito humanitário”.
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ONU recorda "defensor inabalável" da ação climática

O responsável da ONU para as alterações climáticas, Simon Stiell, lembrou o Papa Francisco, que morreu hoje aos 88 anos, como um "defensor inabalável" da ação climática.

"O Papa Francisco tem sido uma figura de destaque da dignidade humana e um defensor inabalável da ação climática", disse Simon Stiell em comunicado.

Dizendo que o Papa tinha um profundo conhecimento das "complexas questões climáticas", Simon Stiell recordou que a sua liderança reuniu "as forças mais poderosas da fé e da ciência para transmitir verdades irrefutáveis" ao lembrar os custos da crise climática para milhares de milhões de pessoas.

"Através da sua luta incansável, o Papa Francisco recordou-nos que não pode haver prosperidade partilhada enquanto não fizermos as pazes com a natureza e não protegermos os mais vulneráveis, uma vez que a poluição e a destruição ambiental colocam o nosso planeta à beira do colapso", frisou.
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Papa morreu no seu apartamento na residência de Santa Marta

O papa Francisco morreu em casa, no seu apartamento na residência de Santa Marta, no interior da Cidade do Vaticano, onde vivia desde a sua eleição em 2013, anunciou o serviço de imprensa da Santa Sé.

As causas da sua morte, aos 88 anos, serão tornadas públicas, "provavelmente" na segunda-feira à noite, após a declaração oficial da morte do Papa argentino, prevista para as 18h00 GMT (menos uma em Lisboa).
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Seul vai acolher JMJ em 2027
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Coreia do Sul frisa que Francisco transmitiu uma "mensagem de amor"

O presidente em exercício da Coreia do Sul, Han Duck-soo, prestou homenagem ao papa Francisco por ter transmitido "uma mensagem de amor e solidariedade".

“Através do seu ensinamento de que ‘somos todos irmãos e irmãs’, o Santo Padre transmitiu uma mensagem de amor e solidariedade à humanidade”, sublinhou Han Duck-soo numa carta de condolências partilhada na rede social X.

O papa Francisco visitou a Coreia do Sul em 2014. Celebrou uma missa especial em Seul pela reunificação da península.

Em 2027, Seul acolherá a próxima Jornada Mundial da Juventude (JMJ), o maior evento católico do mundo.
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Pedro Nuno Santos recorda o papa como a voz contra o ódio

Numa declaração na sede do PS, o secretário-geral do Partido Socialista descreveu ainda Francisco como um crítico do liberalismo e do fenómeno do populismo.
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Brasil decreta sete dias de luto nacional

O presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, decretou esta segunda-feira luto de sete dias pelo papa Francisco no maior país da América Latina.

“A humanidade perde hoje uma voz de respeito e acolhimento aos outros”, afirmou Lula.

"Que Deus conforte aqueles que hoje, em todos os lugares do mundo, sofrem a dor dessa enorme perda. Em sua memória e em homenagem ao seu trabalho, decreto luto de sete dias no Brasil", realçou o presidente brasileiro.

"Assim como ensinado na oração de São Francisco, o argentino Jorge Bergoglio buscou de forma incasável levar o amor onde existia o ódio. A união onde havia a discórdia. E a compreensão de que somos todos iguais, vivendo numa mesma casa, o nosso planeta", acrescentou.
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por Lusa

Francisco deu "novo rosto da Igreja ao mundo", frisa o reitor de igreja portuguesa em Roma

O reitor da Igreja de Santo António dos Portugueses, em Roma, comparou hoje o Papa Francisco à figura do bom pastor, que procurou "dar um novo rosto da Igreja ao mundo de hoje".

"Penso que o Papa Francisco encarnou na sua vida precisamente essa figura do bom pastor, sucessor de São Pedro", procurando "dar um novo rosto da Igreja ao mundo de hoje, mostrando que a igreja precisa de ser reconstruída", que "se renova, nunca deixando ninguém de fora", afirmou Agostinho Borges, à agência Lusa.

Francisco, que morreu hoje, quis uma "igreja de portas abertas, onde entram os mais esfarrapados", onde "entramos todos e onde todos temos um lugar".

Agostinho Borges, que dirige há 29 anos a igreja portuguesa de Roma, destino de peregrinos nacionais e espaço de representação do Estado português na Santa Sé, compara Francisco com os seus antecessores e reconhece diferenças.

"Quando um papa morre, fica sempre um testamento espiritual, que não é só para a Igreja, mas também para o mundo", salientou o sacerdote.

Francisco foi um homem "que tentou lançar pontes, que alertou a sociedade para aqueles que eram os menos protegidos, através da atenção aos imigrantes, com atenção ao mundo e à natureza".

Sobre o seu sucessor, Agostinho Borges considera que os cardeais eleitores vão escolher alguém que não será badalado na comunicação social", esperando que o futuro Papa seja "o que Deus quiser".

O Papa Francisco morreu hoje aos 88 anos, após 12 anos de um pontificado marcado pelo combate aos abusos sexuais, guerras e uma pandemia.

Nascido em Buenos Aires, a 17 de dezembro de 1936, Francisco foi o primeiro jesuíta a chegar à liderança da Igreja Católica.

O Papa Francisco esteve internado durante 38 dias devido a uma pneumonia bilateral, tendo tido alta em 23 de março. A sua última aparição pública foi no domingo de Páscoa, no Vaticano, na véspera de morrer.

 

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Brasil foi primeira visita do pontificado, Angola ficou por realizar

O Brasil foi o primeiro país que o Papa Francisco visitou, quatro meses depois de ser eleito, tendo visitado também os lusófonos Portugal, Moçambique e Timor-Leste, mas Angola ficou por visitar, apesar da sua vontade.

"Posso dizer com certeza, porque foi o Papa mesmo que me disse que reza por este povo e gostaria de visitar este país; sabemos que não é sempre muito fácil realizar tudo isto, mas, no futuro, pode ser realizada uma visita [a Angola]", revelou o núncio apostólico de Angola e São Tomé e Príncipe, Dom Giovanni Gaspari, em abril do ano passado, no final de uma reunião de despedida com a vice-Presidente angolana, Esperança da Costa, depois de três anos e meio de missão em Angola.

O Papa Francisco, que morreu hoje no Vaticano, não chegou a concretizar a visita, mas, entre os países lusófonos, há vários que se podem orgulhar de o ter recebido, o primeiro dos quais foi o Brasil, que acumulou também a honra de ser o destino da sua primeira viagem, quando participou na Jornada Mundial da Juventude (JMJ) no Rio de Janeiro, em julho de 2013, cerca de quatro meses depois de tomar posse, numa visita que ficou célebre pelas críticas aos bispos sul-americanos e pela missa de encerramento, que juntou três milhões de pessoas na praia de Copacabana.

A 28 de julho de 2013, no final da visita, apelou aos bispos latino-americanos para não se comportarem como "príncipes" autoritários: sejam "pastores, juntos do povo, homens que amam os pobres e não pensam nem se comportam como príncipes".

"Os bispos devem liderar, o que não é a mesma coisa do que ser autoritário", avisou num discurso em que também advertiu contra o "clericalismo", no qual a Igreja projeta uma imagem de poder e de privilégio, cabendo ao leigo orar e obedecer.

A visita seguinte a um país lusófono aconteceu seis anos depois, em setembro de 2019, a Moçambique, no âmbito de uma viagem apostólica pela África Oriental.

O momento mais marcante foi a celebração de uma missa no Estádio Nacional do Zimpeto, o principal do país.

"Moçambique possui um território cheio de recursos naturais e culturais (...), mas apesar destas riquezas, uma quantidade enorme de população vive abaixo do nível de pobreza (...), por vezes, parece que aqueles que se aproximam com suposto desejo de ajudar têm outros interesses. É triste quando isto se verifica entre irmãos da mesma terra, que se deixam corromper ", referiu, na altura, Francisco.

Já hoje, o Presidente moçambicano, Daniel Chapo, lembrou o seu "compromisso incansável" com a paz e justiça social. "Neste momento, com corações em choque juntamo-nos ao mundo na despedida de um líder cuja luz brilhou intensamente, iluminando caminhos de fé e esperança", disse Daniel Chapo, numa mensagem divulgada hoje pela Presidência moçambicana.

Timor-Leste, depois da participação nas Jornadas da Juventude, em Lisboa, em 2023, foi o último país lusófono visitado pelo líder católico, em 2024.

Aos timorenses pediu para continuarem a construir e a consolidar as instituições do país para que "estejam completamente aptas a servir o povo de Timor-Leste" e para que os "cidadãos se sintam efetivamente representados".

"[Que] a fé que vos iluminou e susteve no passado continue a inspirar o vosso presente e o vosso futuro", disse o Papa, lembrando que agora Timor-Leste tem um "novo horizonte, com céu limpo, mas com novos desafios a enfrentar e novos problemas a resolver".

O Papa Francisco morreu hoje aos 88 anos, após 12 anos de um pontificado marcado pelo combate aos abusos sexuais, guerras e uma pandemia. Nascido em Buenos Aires, a 17 de dezembro de 1936, Francisco foi o primeiro jesuíta a chegar à liderança da Igreja Católica.

Francisco esteve internado durante 38 dias devido a uma pneumonia bilateral, tendo tido alta em 23 de março. A sua última aparição pública foi no domingo de Páscoa, no Vaticano, na véspera de morrer.

 

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Pontificado do Papa Francisco foi "revolucionário"

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O padre jesuíta João Vila-Chã, em direto do Vaticano, classificou de revolucionário o Pontificado de Francisco, regressando aos fundamentos e ao Evangelho.

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Líderes mundiais reagem à morte do papa Francisco

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Foto: Ludovic Marin - EPA

António Costa, presidente do Conselho Europeu, lembra as lutas pela defesa dos mais frágeis. O presidente da França, um dos primeiros a reagir, lamenta a partida de um homem que sempre lutou por mais justiça.

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O fim de 12 anos de Pontificado de Francisco

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Foto: Max Rossi - Reuters

Francisco faleceu aos 88 anos, um dia depois de ter aparecido de surpresa para participar nas celebrações da Páscoa. Termina, assim, um Pontificado de 12 anos que deixou marcas na Igreja Católica.

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Vaticano planeia expor o corpo do papa a partir de quarta-feira na Basílica de São Pedro

O Vaticano planeia transferir o corpo do papa Francisco, que morreu esta segunda-feira aos 88 anos, a partir de quarta-feira para a Basílica de São Pedro, em Roma, para ser exibido aos fiéis, anunciou num comunicado de imprensa.

"A transferência do corpo do Santo Padre para a Basílica do Vaticano para a homenagem de todos os fiéis poderá ter lugar na quarta-feira de manhã", anunciou o serviço de imprensa da Santa Sé num comunicado, com o seu diretor Matteo Bruni a especificar que o anúncio final será feito na terça-feira, no final da primeira Congregação de Cardeais.
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Figura espiritual do budismo tibetano
por RTP

Dalai Lama elogia "devoção" e "simplicidade"

A partir do seu local de exílio na Índia, o Dalai Lama, figura espiritual do budismo tibetano, manifestou esta segunda-feira a sua "tristeza" pela morte do papa Francisco, cuja "devoção" e "simplicidade" elogiou.

“O Papa Francisco dedicou-se ao serviço dos outros, dando regularmente o exemplo de como levar uma vida simples mas com significado”, disse num comunicado. "O melhor tributo que lhe podemos prestar é mostrar calor humano, servir os outros onde quer que estejamos e da forma que pudermos".
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Portugal decreta três dias de luto nacional

Na residência oficial do primeiro-ministro, Luís Montenegro afirmou que o papa deixa “marca indelével que perdurará na memória dos portugueses”.
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A reação de Joe Biden
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"Um dos líderes mais importantes do nosso tempo"

O ex-presidente norte-americano, Joe Biden, saudou a luta do papa Francisco “contra a pobreza” e frisa que o chefe da igreja católica “será recordado como um dos líderes mais importantes do nosso tempo”.

"Ele era diferente dos que o precederam (...). Era o Papa do povo, um farol de fé, esperança e amor", acrescentou o fervoroso católico, na rede social X publicando uma fotografia sua e do Papa Francisco.
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D. António Marto e "o símbolo de fraternidade"

O Bispo de Leiria e Fátima recorda o papa Francisco como “um homem de muita lucidez e de muita coragem”.
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Bispo de Setúbal
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Américo Aguiar diz que "fraternidade" é a palavra do pontificado de Francisco

O bispo de Setúbal acredita que "todos, crentes e não crentes, foram tocados pela sensibilidade deste homem" para quem "a diferença é uma riqueza".
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Rito
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Certificação da morte e deposição do corpo de Francisco em urna ao fim da tarde

O corpo do papa vai ser depositado numa urna, ao final da tarde, na capela da residência de Santa Marta, no Vaticano, onde vivia desde a eleição, revelou a Santa Sé.

"Esta noite, segunda-feira, 21 de abril, às 20h00 locais (19h00 em Lisboa), a sua eminência o reverendíssimo cardeal Kevin Joseph Farrell, cardeal camerlengo da Santa Igreja Romana, presidirá ao rito de certificação da morte e à colocação do corpo na urna", explicita a Santa Sé em comunicado.

O cardeal camerlengo é uma figura crucial na denominada sede vacante, período em que não há papa. Cabe a Farrell gerir o quotidiano do palácio apostólico.

O funeral do papa Francisco realiza-se dentro de nove dias e o conclave para a eleição do sucessor dentro de um mês.

Foto: Vatican Media via EPA
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Arcebispo de Díli afirma que todos os timorenses sentem morte de Francisco

O arcebispo de Díli, Virgílio do Carmo da Silva, afirmou hoje que todos os timorenses sentem a morte de Francisco, lembrando que a visita do Papa a Timor-Leste foi um momento comovente e especial.

"Cada timorense sente esta perda, mas temos de ter coragem para continuar a rezar pelo Papa", afirmou o único cardeal timorense, durante uma conferência à imprensa na Conferência Episcopal de Díli.

"Ficámos muito ligados ao Papa em setembro. O Papa levou os timorenses no coração e o Papa está no coração de cada timorense. Ficou esta proximidade. Esse momento foi comovente, especial, histórico", salientou.

Nas declarações aos jornalistas, o também presidente da conferência episcopal timorense informou que a partir de terça-feira às 10:00 locais (02:00 em Lisboa) será disponibilizado um livro de condolências para governantes e diplomatas acreditados em Díli prestarem a sua homenagem ao Papa Francisco.

Os fiéis timorenses podem a partir da mesma hora prestar a sua homenagem no Jardim de Lecidere, em Díli.

Também foi pedido a todos os padres e párocos do país para organizarem missas por Francisco, acrescentou Virgílio do Carmo da Silva, que também faz parte do conselho cardinalício, que elegerá o próximo Papa.

O Papa Francisco morreu hoje aos 88 anos, após 12 anos de um pontificado marcado pelo combate aos abusos sexuais, guerras e uma pandemia.

Nascido em Buenos Aires, a 17 de dezembro de 1936, Francisco foi o primeiro jesuíta a chegar à liderança da Igreja Católica.

O Papa Francisco esteve internado durante 38 dias devido a uma pneumonia bilateral, tendo tido alta em 23 de março. A sua última aparição pública foi no domingo de Páscoa, no Vaticano, na véspera de morrer.

Uma das últimas viagens feitas pelo Papa Francisco foi a Timor-Leste, entre 09 e 11 de setembro de 2024, durante a qual esteve reunido com o Presidente timorense com as autoridades religiosas, sociedade civil e corpo diplomático acreditado no país.

Aos timorenses pediu para continuarem a construir e a consolidar as instituições do país para que "estejam completamente aptas a servir o povo de Timor-Leste" e para que os "cidadãos se sintam efetivamente representados".

"A fé que vos iluminou e susteve no passado continue a inspirar o vosso presente e o vosso futuro", disse o Papa, lembrando que agora Timor-Leste tem um "novo horizonte, com céu limpo, mas com novos desafios a enfrentar e novos problemas a resolver".

Durante a visita, de três dias, Francisco encontrou-se com representantes religiosos e deu uma missa campal, onde participaram cerca de 600.000 pessoas.

No último dia da visita, antes de deixar Díli, o Papa encontrou-se com jovens.

"Não me vou esquecer mais dos vossos sorrisos", disse o Papa Francisco aos jovens timorenses, que representam cerca de 70% da população do país.

Aquela foi a segunda vez que um Papa visitou Timor-Leste, país onde 98% dos 1,3 milhões de habitantes são católicos. A primeira ocorreu em 1989 quando João Paulo II visitou o território, ainda sob ocupação indonésia.

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por Lusa

África recorda luta de Francisco por um mundo justo e pacífico

Os chefes de Estado e de Governo africanos lamentaram hoje a morte do Papa Francisco, a quem reconheceram o seu compromisso para com os mais vulneráveis, a sua luta pela inclusão, justiça e promoção da paz:

- Umaro Sissoco Embaló (Presidente da Guiné-Bissau): Recordou o Papa Francisco como "um grande homem de paz, de fé e de justiça", e enviou as suas condolências e "pensamentos afetuosos" aos seus entes queridos e aos católicos de todo o mundo. 

- Samia Suluhu (Presidente da Tanzânia): Descreveu o Papa Francisco como um "professor e líder" que "ensinou e inspirou o bem-estar e o desenvolvimento das pessoas". Suluhu destacou os esforços do pontífice na promoção da paz e transmitiu as suas condolências aos fiéis católicos na Tanzânia e em todo o mundo.

- Faure Gnassingbé (Presidente do Togo): Elogiou o pontífice como um "incansável artesão da paz, da justiça e da fraternidade", afirmando que deixa uma "marca profunda" na humanidade. "O seu compromisso com os mais vulneráveis e o seu apelo constante à dignidade humana ficarão gravados na nossa memória", disse Gnassingbé na rede social X.

- Évariste Ndayishimiye (Presidente do Burundi): Expressou as suas condolências à Igreja Católica e recordou a mensagem de fé e humanidade que o Papa transmitiu durante a sua visita ao Vaticano em março de 2022.

- Hakainde Hichilema (Presidente da Zâmbia): Recordou o Papa como um homem de "grande humildade e compaixão", que conduziu a Igreja Católica "pelo seu exemplo".

- William Ruto (Presidente do Quénia): Destacou a liderança do pontífice na Igreja Católica, bem como a sua humildade, o seu "empenho inabalável" na inclusão e na justiça e a sua "profunda compaixão" pelos mais vulneráveis. "As suas fortes convicções éticas e morais inspiraram milhões de pessoas em todo o mundo, independentemente da sua fé ou origem", afirmou Ruto nas redes sociais.

Brice Clotaire Oligui Nguema (Presidente do Gabão): Enviou as suas "sinceras condolências a toda a comunidade católica do Gabão e de outros países" e declarou nas redes sociais que a mensagem do Papa de fé, paz e humildade "continuará a ser uma fonte de inspiração"

Abiy Ahmed (primeiro-ministro da Etiópia): Manifestou a esperança de que o legado de "compaixão, humildade e serviço à humanidade" do Papa continue a inspirar as gerações futuras.

O Papa Francisco morreu hoje aos 88 anos, após 12 anos de um pontificado marcado pelo combate aos abusos sexuais, guerras e uma pandemia.

Nascido em Buenos Aires, a 17 de dezembro de 1936, Francisco foi o primeiro jesuíta a chegar à liderança da Igreja Católica.

O Papa Francisco esteve internado durante 38 dias devido a uma pneumonia bilateral, tendo tido alta em 23 de março. A sua última aparição pública foi no domingo de Páscoa, no Vaticano, na véspera de morrer.

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Morte do papa
por RTP

Santuário de Fátima vai manter atenção especial

O reitor do Santuário de Fátima, Carlos Cabecinhas, acredita que “Fátima continuará a contar com esta atenção especial" do sucessor do Papa Francisco.
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por Lusa

Grupo VITA grato a Francisco por "caminho de transformação" traçado na Igreja

O Grupo VITA expressou hoje "enorme gratidão pelo caminho de acolhimento, coragem e transformação" traçado na Igreja Católica pelo Papa Francisco e deixou às vítimas de abuso sexual a convicção de que o percurso é irreversível.

"O Grupo VITA expressa a sua profunda tristeza pela perda do Papa Francisco, e também a enorme gratidão pelo caminho de acolhimento, coragem e transformação que traçou na Igreja Católica", refere, em comunicado, a entidade criada pela Conferência Episcopal Portuguesa para acompanhar situações de abuso sexual na Igreja Católica.

Na nota, a coordenadora do grupo lembra que Francisco "desde sempre revelou uma especial atenção aos mais frágeis e necessitados, incentivando a abordagem de temas tão difíceis e ocultos, como a violência sexual contra crianças e adultos vulneráveis".

"A todas as vítimas que nos têm procurado ao longo de quase dois anos de existência, o Grupo VITA deixa uma palavra de esperança. Acreditamos que este caminho de acolhimento e desocultação seja irreversível e que a Igreja Católica em todo o mundo, e em Portugal em particular, irá continuar este percurso de mudança, rumo a uma Igreja mais segura e protetora", conclui Rute Agulhas.

O Grupo VITA foi criado pela Conferência Episcopal Portuguesa para acompanhar as situações de abuso sexual na Igreja Católica.

O Papa Francisco morreu hoje aos 88 anos, após 12 anos de um pontificado marcado pelo combate aos abusos sexuais, guerras e uma pandemia. Nascido em Buenos Aires, na Argentina, a 17 de dezembro de 1936, Francisco foi o primeiro jesuíta a chegar à liderança da Igreja Católica.

O Papa Francisco esteve internado durante 38 dias devido a uma pneumonia bilateral, tendo tido alta em 23 de março. A sua última aparição pública foi no domingo de Páscoa, no Vaticano, na véspera de morrer.

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Carlo Acutis
por RTP

Vaticano suspende cerimónia de canonização do primeiro santo "millennial"

Em comunicado, a Santa Sé anuncia que, face à morte do papa, decidiu suspender a cerimónia de canonização de Carlo Acutis, que estava prevista para o dia 27 de abril na Praça de São Pedro.

Carlo Acutis morreu de leucemia, em 2006, aos 15 anos de idade. Será o primeiro santo da geração "millennial".
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por Lusa

Missionário católico em Roma apanhado de surpresa com morte de Francisco

O missionário português Tony Neves, da direção dos Espiritanos, mostrou-se hoje surpreso com a morte do Papa Francisco, com quem esteve ainda no domingo, na Praça de São Pedro.

"Fui colhido de surpresa com a notícia, até porque eu ontem [domingo]estive na Praça de São Pedro e ele passou à minha beira de carro sorridente a saudar toda a gente, a abraçar os bebés que iam chegar ao papamóvel", recordou o dirigente dos espiritanos.

Na ocasião, "só disse duas coisinhas `Bonna Pascoa` e `Em nome de nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo`", naquela que foi a sua "última bênção".

"O que eu guardo dele é esta coragem mesmo na fragilidade", ao ter decidido aparecer em público, mesmo com a saúde muito precária", disse.

"Ele achou que numa semana com uma Semana Santa era para aparecer e ele apareceu: no domingo de ramos, na quinta-feira Santa para ir à prisão e no domingo quis inclusivamente dar a volta" à praça de São Pedro.

Em Roma há sete anos e conselheiro há quatro, Tony Neves passa grande parte da vida em visitas às missões da ordem, que tem 2.500 elementos ativos e mil jovens em formação, com presença em 63 países de cinco continentes.

Sobre o seu sucessor e o futuro da Igreja, Tony Neves não tem dúvidas: "o caminho que ele lançou é um caminho sem retorno a dinâmica da sinodalidade tem que continuar, tem que ser aprofundada e aplicada".

O caminho sinodal é um projeto de Francisco que implica diálogo interno em todos os setores da Igreja e em todo o mundo para discutir o futuro da instituição, que se debate com uma tensão interna entre movimentos mais conservadores e progressistas.

"A abertura desta igreja para todos, todos, todos", mostra uma "proximidade muito grande aos pobres, um combate sem tréguas à às economias que matam", acrescentou Tony Neves, que elogia a "perspetiva de ecologia integral do Papa Francisco".

"Muitas vezes estamos todos na mesma barca a enfrentar a mesma tempestade: ou nos afogamos todos ou nos salvamos todos", acrescentou o missionário, considerando que são "legados enormes que é preciso aprofundar e, sobretudo, aplicar" na Igreja.

O Papa Francisco morreu hoje aos 88 anos, após 12 anos de um pontificado marcado pelo combate aos abusos sexuais, guerras e uma pandemia.

Nascido em Buenos Aires, a 17 de dezembro de 1936, Francisco foi o primeiro jesuíta a chegar à liderança da Igreja Católica.

O Papa Francisco esteve internado durante 38 dias devido a uma pneumonia bilateral, tendo tido alta em 23 de março. A sua última aparição pública foi no domingo de Páscoa, no Vaticano, na véspera de morrer.

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por Lusa

Cardeal Manuel Clemente destaca atitude de Francisco de "ir ao encontro do outro"

O cardeal Manuel Clemente, patriarca emérito de Lisboa, destacou hoje a atitude "evangélica de ir ao encontro do outro" como uma marca do pontificado do Papa Francisco, que hoje morreu aos 88 anos, no Vaticano.

O Papa Francisco "colocou-nos constantemente nas fronteiras do Evangelho, ou seja, naquelas fronteiras que, muitas vezes, são descuidadas por nós, dos mais pobres, dos conflitos que nunca acabam, de tudo aquilo que são tristezas de muita gente", disse o cardeal Manuel Clemente, em declarações divulgadas pela agência Ecclesia.

O patriarca emérito de Lisboa, que é um dos quatro cardeais portugueses que irão participar na eleição do sucessor de Francisco, considera, também, que Francisco foi "um construtor", com "um papado que também deixa muitas marcas nesse sentido, demolindo aquilo que era preciso demolir e reconstruindo aquilo que era preciso reconstruir".

Manuel Clemente recorda ainda a passagem do pontífice argentino por Lisboa, em 2023, para a Jornada Mundial da Juventude, para destacar "a troca de olhares entre o Papa e aquelas multidões" de jovens que participaram no encontro mundial.

"Era impressionante ver, quer do lado dele, quer do lado, digamos, das multidões, que eram milhares e milhares de pessoas ao longo das ruas, [quer] essa troca de olhares estava cheia de evangelho, quer na expectativa, quer na resposta. Na expectativa de uns, quer na resposta dele, um olhar que falava por si", disse Clemente.

Também em declarações à agência Ecclesia, a diretora da Obra Portuguesa das Migrações (OCPM), Eugénia Quaresma destacou a atenção dada pelo Papa Francisco aos migrantes e aos mais frágeis.

"Para as migrações é um legado gigante. Foi colocar as migrações no centro, não só no centro da agenda da igreja, mas também do mundo", afirmou, sublinhando que o Papa teve também a capacidade de "ajudar a trazer para o centro todos aqueles que estavam mais esquecidos".

Para Eugénia Quaresma, o Papa deixa a "marca da humildade, (...) da firmeza, (...) da fidelidade ao Evangelho (...) e da oração".

A morte do Papa Francisco foi anunciada pelo cardeal Kevin Ferrell, Camerlengo da Câmara Apostólica.

"Às 07:35 desta manhã [06:35 em Lisboa], o bispo de Roma, Francisco, regressou à casa do Pai. Toda a sua vida foi dedicada ao serviço do Senhor e da sua Igreja", disse Farrell no anúncio.

O Papa Francisco esteve internado recentemente devido a uma pneumonia bilateral.

 

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por Lusa

Patriarcado Latino de Jerusalém expressou condolências a toda a Igreja

O Patriarcado Latino de Jerusalém, representante da Igreja Católica na Terra Santa, expressou condolências a toda a Igreja pela morte do Papa.

O prelado do Patriarcado Latino de Jerusalém é considerado como um dos possíveis candidatos ao conclave em que será escolhido o sucessor do Papa Francisco.

"Sua Beatitude Pierbattista Pizzaballa, Patriarca Latino de Jerusalém, e todos os bispos, clérigos e fiéis da Terra Santa apresentam as mais profundas condolências a toda a Igreja pela morte do Santo Padre o Papa Francisco. Que Deus o acolha no seu reino e na sua glória", lê-se no texto divulgado hoje pelo Patriarcado Latino de Jerusalém.

Esta circunscrição da Igreja Católica em Jerusalém despediu-se de Francisco com uma frase do livro de Josué (1,9): "O que vos ordeno é que sejais corajosos e valentes. Não tenhas medo e não te assustes, porque o Senhor teu Deus está contigo em tudo o que fizeres".

O Papa Francisco morreu hoje aos 88 anos, após 12 anos de pontificado.

Nascido em Buenos Aires, a 17 de dezembro de 1936, foi o primeiro jesuíta a liderar a Igreja Católica.

O Papa Francisco esteve internado durante 38 dias devido a uma pneumonia bilateral, tendo tido alta em 23 de março.

A última aparição pública do Papa foi no Domingo de Páscoa, no Vaticano.

Entretanto, a Conferência Episcopal Francesa comunicou hoje que o Papa Francisco exortou a humanidade a acreditar na fraternidade, nomeadamente através do diálogo entre as religiões, e a dar prioridade às necessidades dos pobres.

O Papa Francisco também "deixou marcas na prática pastoral da Igreja através do seu estilo simples e encorajador", disse D. Eric de Moulins Beaufort, presidente da Conferência Episcopal Francesa, no mesmo comunicado.

Nos 12 anos do pontificado, o Papa Francisco visitou França três vezes.

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por Lusa

Comunidade Israelita de Lisboa lamenta morte e apela à escuta da última mensagem

A Comunidade Israelita de Lisboa expressou hoje o seu "profundo pesar" pela morte do Papa Francisco e exorta os líderes mundiais a escutarem a sua última mensagem, em que alertou para o crescente clima de antissemitismo no mundo.

Numa nota enviada à agência Lusa, a direção da Comunidade Israelita de Lisboa (CIL) destaca a "figura notável" do Papa Francisco, "pela sua dedicação à paz, ao diálogo inter-religioso e ao respeito pela dignidade humana".

A CIL recorda, com especial reconhecimento, as suas derradeiras palavras públicas, constantes na mensagem `Urbi et Orbi` de domingo, na Basílica de São Pedro, "e a sua preocupação expressa" em relação ao "crescente clima de antissemitismo que se está a espalhar por todo o mundo".

"Que a sua última mensagem pública seja escutada pelos líderes de todo o mundo e que possa materializar-se na promoção constante do entendimento entre povos e religiões e no fortalecimento dos laços históricos e espirituais entre as comunidades judaica, católica e muçulmana", salienta.

A direção da CIL assinala este momento de "consternação e de necessária reflexão sobre o legado de um homem bom que dedicou uma vida de serviço à sua fé" e envia as suas "sinceras condolências aos seus irmãos católicos e a todos aqueles que, em todo o mundo, foram tocados pela mensagem inspiradora de amor, tolerância, respeito e fraternidade universal defendida pelo Papa Francisco".

"Que a sua memória continue a ser fonte de inspiração para todos os que, não sendo católicos, desejam a construção de um mundo mais justo, pacífico e inclusivo", sublinha a Comunidade Israelita de Lisboa.

O Papa Francisco morreu hoje aos 88 anos, após 12 anos de um pontificado marcado pelo combate aos abusos sexuais, guerras e uma pandemia.

Nascido em Buenos Aires, a 17 de dezembro de 1936, Francisco foi o primeiro jesuíta a chegar à liderança da Igreja Católica.

O Papa Francisco esteve internado durante 38 dias devido a uma pneumonia bilateral, tendo tido alta em 23 de março.

A sua última aparição pública foi no domingo de Páscoa, no Vaticano, na véspera de morrer.

HN // ZO

Lusa/Fim

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por RTP

Cavaco Silva recorda convite a Francisco para vir a Portugal

“Foi com profundo pesar que tomei conhecimento da morte do Papa Francisco. Tive a honra de, com a minha Mulher, representar Portugal na Missa de início do seu pontificado, em Março de 2013. No breve encontro que tivemos no final da Missa, surpreendeu-me a sua naturalidade e afabilidade, diferente da dos dois Papas que antes conhecera. Felicitei o Papa pela eleição e convidei-o para visitar Portugal para o centenário das Aparições de Fátima”, lê-se no comunicado enviado às redações pelo gabinete do ex-presidente da República, Aníbal Cavaco Silva.

O ex-presidente recorda que “ao longo dos seus 12 anos de pontificado, o Papa Francisco surpreendeu-nos com palavras fortes e imagens desconcertantes que desafiaram convenções e acomodações. A mensagem de enorme humanidade do Papa Bergoglio foi-nos alertando para a forma como lidamos com os mais desfavorecidos da sociedade, sempre no centro das suas preocupações, e para a forma como lidamos com o Mundo, que devemos preservar da destruição”.

“Num tempo tão propício ao abandono dos idosos e dos doentes e à marginalização dos imigrantes, a mensagem de Francisco foi de enorme coragem e fundamental para despertar consciências. A interpelação do Papa Francisco à benevolência e compaixão e uma Igreja mais atenta às periferias geográficas e sociais serão o seu grande legado para várias gerações de católicos que, nesta segunda-feira de Páscoa, estão de luto pela morte de um grande Papa”.
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por Lusa

Primeiro-ministro britânico e rei Carlos III enviam condolências aos católicos

O primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, e o rei Carlos III manifestaram pesar pela morte do Papa, hoje aos 88 anos, louvando o trabalho feito por Francisco.

O primeiro-ministro britânico enviou condolências aos católicos após a morte do Papa Francisco, destacando os "esforços incansáveis" por "um mundo mais justo".

"Os seus esforços incansáveis para promover um mundo mais justo para todos deixarão um legado duradouro", escreveu Keir Starmer, na rede social X.

O governo britânico também anunciou que as bandeiras dos seus edifícios ficarão a meia haste até terça-feira à noite.

Também o rei Carlos III se manifestou "profundamente triste" pela morte do Papa, lembrando que Francisco serviu o mundo com "devoção durante toda a sua vida".

O monarca disse, no entanto, que o seu "coração pesado" estava "um tanto aliviado" pelo facto de o Papa ter podido, no domingo, "compartilhar uma mensagem de Páscoa com a Igreja e o mundo".

O rei, que também é o chefe da Igreja da Inglaterra, disse ainda estar "muito comovido" por ter podido visitar Francisco no Vaticano, no passado dia 09 de abril.

Francisco morreu hoje aos 88 anos, após 12 anos de um pontificado marcado pelo combate aos abusos sexuais, guerras e uma pandemia.

Nascido em Buenos Aires, a 17 de dezembro de 1936, Francisco foi o primeiro jesuíta a chegar à liderança da Igreja Católica.

O Papa Francisco esteve internado durante 38 dias devido a uma pneumonia bilateral, tendo tido alta em 23 de março. A sua última aparição pública foi no domingo de Páscoa, no Vaticano, na véspera de morrer.

 

 

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por RTP

Vaticano suspende cerimónia para criar o primeiro santo do milénio após a morte do papa

O Vaticano suspendeu, devido à morte do papa Francisco, uma cerimónia planeada para a Igreja Católica proclamar o primeiro santo da geração milenar, disse num comunicado na segunda-feira.

Carlo Acutis, um rapaz italiano que morreu de leucemia em 2006, com 15 anos de idade, foi originalmente definido para ser feito um santo na cerimónia na Praça de São Pedro em 27 de abril.
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por RTP

Líderes africanos elogiam "compaixão" de Francisco

Vários líderes políticos e chefes de Estado africanos prestaram homenagem ao apa Francisco destacando o seu “legado de compaixão”.

A partir da sua sede em Adis Abeba, a União Africana (UA) falou de um “firme defensor da paz”.

O presidente da Comissão da União Africana (UA), Mahamoud Ali Youssouf, elogiou no X “o corajoso compromisso do papa com o continente africano, amplificando as vozes dos que não têm voz, defendendo a paz e a reconciliação e mostrando solidariedade para com os afetados por conflitos e pela pobreza”.

Nas 40 viagens que fez ao estrangeiro durante o seu pontificado, Jorge Bergoglio deu clara prioridade às “periferias”, preferindo os países marginalizados da Europa de Leste e de África aos bastiões católicos ocidentais.

O primeiro-ministro da Etiópia, Abiy Ahmed, afirmou no dia X que o papa deixou um “legado de compaixão, humildade e serviço à humanidade”.

O presidente eleito do Gabão, Brice Clotaire Oligui Nguema, um católico devoto, enviou as suas “sinceras condolências a toda a comunidade católica do Gabão e de outros países”.

O general, que liderou o golpe de Estado de 30 de agosto de 2023 e obteve mais de 90% dos votos expressos numa eleição realizada na semana passada, acrescentou: “A sua mensagem de fé, paz e humildade continuará a ser uma fonte de inspiração”, afirmou no X e em várias outras redes sociais.

Por seu lado, o presidente do Quénia, William Ruto, elogiou no X o seu “compromisso inabalável com a inclusão e a justiça e a sua profunda compaixão pelos pobres e vulneráveis”.

Francisco “deu um exemplo de liderança ao serviço dos outros”, acrescentou o Presidente do Quénia, um país muito religioso da África Oriental.

Durante os seus 12 anos de pontificado, o primeiro papa jesuíta e sul-americano da história defendeu incansavelmente os migrantes, o ambiente e a justiça social, sem pôr em causa as posições da Igreja sobre o aborto ou o celibato dos padres.
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por RTP

Teóloga Teresa Toldy fala em dia triste não só para os católicos

Teresa Toldy, teóloga e professora universitária, lembra que Francisco foi um papa inclusivo.
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A teóloga acredita que este dia “não é só triste para os católicos” porque era “um papa que falava para todas as pessoas”.
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por RTP

Autoridade Palestiniana saúda "um amigo fiel do povo palestiniano"

O presidente da Autoridade Palestiniana, Mahmoud Abbas, prestou homenagem ao papa Francisco saudando-o como “um amigo fiel do povo palestiniano”, informou a agência noticiosa oficial Wafa.

“Perdemos hoje um amigo fiel do povo palestiniano e dos seus direitos legítimos”, disse Abbas, referindo que o papa Francisco ‘reconheceu o Estado palestiniano e autorizou o hastear da bandeira palestiniana no Vaticano’.

Por seu lado, Bassem Naïm, membro do gabinete político do Hamas, que tomou o poder na Faixa de Gaza em 2007, elogiou a oposição do papa Francisco à guerra entre Israel e o movimento islamita que se encontra no território palestiniano há mais de 18 meses.

“O papa Francisco foi um firme defensor dos legítimos direitos do povo palestiniano, em particular através da sua posição inabalável contra a guerra e os atos de genocídio perpetrados contra o nosso povo em Gaza nos últimos meses”, afirmou em comunicado.

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por RTP

Zelensky saúda um papa que "rezou pela paz na Ucrânia"

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, prestou homenagem à morte do papa Francisco, saudando o homem que “rezou pela paz na Ucrânia”, que luta contra a invasão russa há três anos.

“Ele sabia como dar esperança, aliviar o sofrimento através da oração e promover a unidade. Rezou pela paz na Ucrânia e pelos ucranianos”, afirmou no X, poucas horas depois do anúncio da sua morte. “Estamos tristes, tal como os católicos e todos os cristãos”, acrescentou.
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por Lusa

Chega e IL manifestam pesar, BE e PCP lembram causa da paz

Os líderes do Chega e da IL manifestaram hoje pesar pela morte do Papa Francisco, falando num "dia de tristeza", e BE e PCP realçaram a proximidade do pontífice à causa da paz e à defesa dos mais pobres.

Numa publicação na rede social `X` (antigo Twitter), o presidente do Chega, André Ventura, salientou que "hoje é um dia de tristeza e sofrimento para os cristãos do mundo inteiro".

"O Papa Francisco deixa uma marca inspiradora de proximidade e simplicidade que a todos tocou profundamente. Que a sua vida intensa seja um exemplo para todos os que querem servir a causa pública", apelou.

Na mesma rede social, o líder da Iniciativa Liberal, Rui Rocha lamentou "profundamente a notícia da morte do Papa Francisco".

"Os meus pensamentos estão com a nossa comunidade católica, com a Igreja Católica, com o Vaticano e com aqueles que o Papa Francisco inspirou em todo o mundo. A todos, apresento as mais sentidas condolências", lê-se na publicação.

À esquerda, a coordenadora nacional do BE, Mariana Mortágua, também utilizou a rede social `X` para lembrar que o Papa Francisco "pediu a Paz".

"Nos últimos dias, exigiu o cessar-fogo em Gaza e opôs-se à corrida ao armamento. Condenou o ódio contra imigrantes e a "economia que mata". Fez opção pelos pobres e pelo cuidado da Terra, casa comum. Crentes ou não crentes, a todos Francisco deu esperança", considerou a bloquista.

Numa nota enviada à comunicação social, o PCP considerou que Francisco "marcou a Igreja, os católicos e outros cristãos nesta fase da história da humanidade com uma grande proximidade às causas da Paz, de defesa dos direitos económicos e sociais e de justiça para os excluídos desta sociedade «submetida a interesses financeiros»".

Os comunistas realçam que as encíclicas do Papa, Laudato Si` (Louvado Sejas) e Fratelli Tutti (Todos Irmãos), "constituem um avanço importante na doutrina social da Igreja".

"O PCP, que tem uma história de décadas e uma intervenção atual relevante com católicos e outros crentes, em diversas frentes de intervenção progressista, e onde tantos católicos participam nas lutas pela Paz e a transformação social, assinala a ação do Papa Francisco a favor do diálogo e contra a intolerância, e lamenta o seu falecimento e apresenta as suas condolências a todos os católicos e à Igreja Católica", lê-se na nota.

O Papa Francisco morreu hoje aos 88 anos, após 12 anos de um pontificado marcado pelo combate aos abusos sexuais, guerras e uma pandemia. Nascido em Buenos Aires, a 17 de dezembro de 1936, Francisco foi o primeiro jesuíta a chegar à liderança da Igreja Católica.

O papa Francisco esteve internado durante 38 dias devido a uma pneumonia bilateral, tendo tido alta em 23 de março. A sua última aparição pública foi no domingo de Páscoa, no Vaticano, na véspera de morrer.

 

 

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Aguiar-Branco destaca pontificado de fraternidade, paz e misericórdia

O presidente da Assembleia da República manifestou hoje profunda tristeza pela morte do Papa Francisco, considerando que o seu pontificado foi para a Igreja e para o mundo um sinal de fraternidade, paz e misericórdia.

O papa Francisco morreu hoje aos 88 anos, depois de ter estado internado devido a uma pneumonia bilateral.

Em declarações à agência Lusa, José Pedro Aguiar-Branco expressou "profunda tristeza pela morte do Papa Francisco".

"O seu pontificado foi para a Igreja e para o mundo um sinal de fraternidade, paz e misericórdia. A melhor homenagem que podemos prestar é garantir que as suas palavras continuam a ser um exemplo", acrescentou o presidente da Assembleia da República.

Numa nota que publicou depois no portal da Assembleia da República, José Pedro Aguiar-Branco refere que, desde o primeiro dia, o Papa Francisco chamou todos os cidadãos "a acreditar, com a sua desarmante e profética simplicidade, que um outro mundo era possível".

"As suas encíclicas sociais e ecológicas trouxeram ao centro do debate público mundial conceitos como a amizade social e a ecologia integral. Convidou-nos a uma relação mais justa com o mundo criado e com a tecnologia, e apelou à convivência entre gerações e à valorização das culturas, como formas de redescobrir a inteireza da experiência humana, num tempo tão permeável aos riscos do materialismo", realça o presidente da Assembleia da República.

José Pedro Aguiar-Branco salienta também que o Papa "apoiou, com palavras e gestos, os refugiados de guerra e defendeu convictamente a paz, convidando sempre à responsabilidade dos agentes políticos".

"Dizia com frequência que não vivemos uma época de mudanças, mas uma mudança de época e encarava o futuro com uma esperança realista e responsável. Sustentava também que a política é a mais alta forma de caridade", assinala.

No seu texto, o antigo ministro social-democrata indica, ainda, que o Papa Francisco, afirmou, "provocadoramente, que o mundo enfrenta uma guerra mundial em pedaços" e que se colocou "sempre numa posição de defesa da paz e da dignidade da vida humana, tendo sido responsável por uma revisão do catecismo da Igreja Católica que condenou a pena de morte em todas as circunstâncias".

"Recordamos todos o modo como atravessou, com solitária decisão, a praça de São Pedro vazia, para declarar, no ponto mais dramático da pandemia de covid-19, que ninguém se salva sozinho", acrescenta.

José Pedro Aguiar-Branco observa em seguida que o Papa "fez 47 viagens apostólicas fora de Itália, a 67 países, e esteve em todos os continentes habitáveis".

"Por duas vezes, visitou Portugal: em 2017, para o centenário das Aparições de Fátima, e em 2023, para a XXXVII Jornada Mundial da Juventude. Nesta segunda ocasião, disse aos responsáveis políticos: Sonho uma Europa, coração do Ocidente, que use o seu engenho para apagar focos de guerra e acender luzes de esperança; uma Europa que saiba reencontrar o seu ânimo jovem, sonhando a grandeza do conjunto e indo além das necessidades imediatas; uma Europa que inclua povos e pessoas com a sua própria cultura, sem correr atrás de teorias e colonizações ideológicas", destaca.

José Pedro Aguiar-Branco, enquanto presidente da Assembleia da República e enquanto católico, afirma sentir "profunda tristeza" por o mundo perder "a voz do Papa Francisco.

"A melhor homenagem que podemos prestar é garantir que as suas palavras e as suas ações continuam a ser um exemplo", conclui.

 Nascido em Buenos Aires, a 17 de dezembro de 1936, Francisco foi o primeiro jesuíta a chegar à liderança da Igreja Católica.

O Papa Francisco esteve internado durante 38 dias devido a uma pneumonia bilateral, tendo tido alta em 23 de março. A sua última aparição pública foi no domingo de Páscoa, no Vaticano, na véspera de morrer.

 

 

 

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Governo de Milei lamenta morte de primeiro Papa argentino

O Presidente argentino expressou hoje o seu pesar pela morte de Francisco, lembrando primeiro Papa argentino e destacando a sua "luta incansável para proteger a vida desde a conceção".

"O gabinete do Presidente, Javier Milei, lamenta a morte do Papa Francisco, Jorge Mario Bergoglio, que se tornou, em 2013, no primeiro argentino a chegar à liderança da Igreja Católica, conduzindo-a "com entrega e amor desde o Vaticano", escreveu a presidência argentina numa publicação divulgada através do seu perfil da rede social X.

"A República Argentina, país de longa tradição católica e berço do Papa Francisco, lamenta profundamente o falecimento de Sua Santidade e envia as suas condolências à família Bergoglio. O Presidente da nação solidariza-se com todos aqueles que professam a fé católica e que encontraram no pontífice um guia espiritual neste triste momento", acrescenta o comunicado.

Milei, que durante a campanha presidencial criticou duramente Francisco e chegou a referir-se ao Papa como "o representante do mal na terra", mudou o seu tom após assumir o cargo, em dezembro de 2023, e até teve um encontro cordial com o Papa no Vaticano, em fevereiro de 2024.

O texto divulgado hoje pela Presidência argentina afirma que "o presidente Javier Milei destaca a luta incansável do papado de Francisco para proteger a vida desde a conceção, promover o diálogo inter-religioso e aproximar a vida espiritual e virtuosa dos jovens".

Francisco morreu hoje aos 88 anos, após 12 anos de um pontificado marcado pelo combate aos abusos sexuais, guerras e uma pandemia.

Nascido em Buenos Aires, a 17 de dezembro de 1936, Francisco foi o primeiro jesuíta a chegar à liderança da Igreja Católica.

O Papa Francisco esteve internado durante 38 dias devido a uma pneumonia bilateral, tendo tido alta em 23 de março. A sua última aparição pública foi no domingo de Páscoa, no Vaticano, na véspera de morrer.

 

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por Lusa

Francisco deixou um bom exemplo como pastor da Igreja Universal, diz núncio apostólico em Angola

O núncio apostólico de Angola e São Tomé disse, em Luanda, que o Papa Francisco, que morreu hoje aos 88 anos, deixou um bom exemplo como pastor da Igreja universal e ensinou valores do Evangelho com "fidelidade e coragem".

"No centro da celebração pascal, quando cantamos Aleluia, chegou a mensagem triste de que hoje o Papa regressou à casa do pai. Toda a sua vida foi dedicada ao serviço do Senhor da sua igreja, ele nos ensinou a viver os valores do Evangelho com fidelidade, coragem e amor universal, especialmente em favor dos mais pobres e marginalizados. Rezemos pelo Papa que retornou à casa do pai", disse hoje Kryspin Dubiel.

Em declarações à Emissora Católica de Angola, em Luanda, sobre a morte de Francisco, hoje em Roma, o arcebispo e representante diplomático do Papa em Angola referiu que o líder da Igreja Católica deixou um bom exemplo como pastor da Igreja Universal.

"Ele deixou-nos um bom exemplo como pastor da Igreja Universal, atento à casa pessoa e desejo de dar apoio a todos que seguem Jesus como mestre, teve sempre o coração e olhos abertos como Jesus", disse.

De acordo com o arcebispo Dubiel, a vida de Francisco "foi um evangelho vivo praticado e mostrou a todo o mundo que é possível aplicar o evangelho a cada momento da vida de um cristão".

O Papa Francisco morreu hoje, anunciou o Vaticano, através do cardeal Kevin Ferrell.

"Às 07:35 desta manhã [06:35 em Lisboa], o bispo de Roma, Francisco, regressou à casa do Pai. Toda a sua vida foi dedicada ao serviço do Senhor e da sua Igreja", disse o carmelengo Farrell no anúncio.

Francisco morreu aos 88 anos, após 12 anos de um pontificado marcado pelo combate aos abusos sexuais, guerras e uma pandemia.

Nascido em Buenos Aires, a 17 de dezembro de 1936, Francisco foi o primeiro jesuíta a chegar à liderança da Igreja Católica.

O Papa esteve internado durante 38 dias devido a uma pneumonia bilateral, tendo tido alta em 23 de março. A sua última aparição pública foi no domingo de Páscoa, no Vaticano, na véspera de morrer.

 

 

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por Lusa

Cardeal Américo Aguiar com a "profunda tristeza" de um filho que perde o pai

O cardeal Américo Aguiar disse hoje "sentir uma profunda tristeza" pela morte do Papa Francisco, comparando essa tristeza à "de um filho que perde a presença, mesmo que distante, do seu pai".

Reagindo à morte do Papa Francisco, ocorrida hoje, aos 88 anos, no Vaticano, o mais jovem cardeal português, que participará no conclave para a eleição do novo pontífice, numa mensagem enviada à agência Lusa, mostrou-se, no entanto, certo de que "a eternidade é o (...) destino, o fim da (...) estrada, o encontro face a face com Jesus Ressuscitado".

"Reconhecendo esta Verdade, pela qual entreguei a minha vida, não consigo deixar de sentir uma profunda tristeza pela partida do nosso amado Papa Francisco. A palavra morte é pequena para este momento. Prefiro falar de uma partida, de um filho que corre para os braços do Pai, de um irmão que se encontra em Cristo com todos os seus irmãos que já conhecem a eternidade", escreveu Américo Aguiar na mensagem.

O cardeal, que nos últimos anos teve múltiplos encontros com Francisco, no âmbito da organização da Jornada Mundial da Juventude que decorreu em Lisboa em 2023, recorda esses momentos: "Durante a preparação da JMJLisboa2023, foi o meu maior confidente, o amigo que me animou, que me deu forças e me revelou uma confiança que ainda hoje me comove".

"A Francisco, o homem em quem o mundo confia, o homem que o mundo respeita, o homem que o mundo lê, procurando em cada uma das suas palavras uma luz que nos ilumine, peço (...) que nos ajude a construir este presente, tão atribulado, tão incerto", acrescenta Américo Aguiar.

O bispo de Setúbal anuncia ainda que hoje, às 21:30, será celebrada uma missa na Sé de Setúbal pelo Papa Francisco.

A morte do Papa Francisco foi anunciada pelo cardeal Kevin Ferrell, Camerlengo da Câmara Apostólica.

"Às 07:35 desta manhã [06:35 em Lisboa], o bispo de Roma, Francisco, regressou à casa do Pai. Toda a sua vida foi dedicada ao serviço do Senhor e da sua Igreja", disse Farrell no anúncio.

O Papa Francisco esteve internado recentemente devido a uma pneumonia bilateral.

 

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"Diocese do Porto em luto"
por RTP

Bispo Manuel Linda recorda "zeloso servidor da Igreja universal na Sé de Pedro"

"A notícia acaba de cair abruptamente e todos nós a sofremos: morreu o papa Francisco", lê-se em nota do bispo do Porto.

​"Neste dia, que também é de Páscoa, Deus chamou à sua presença este zeloso servidor da Igreja universal na Sé de Pedro e muito apreciado líder mundial, na paz e na fraternidade. Comungamos a certeza da fé na ressurreição final e na vida eterna, mas sentimos a dor da sua separação. E elevamos súplicas ao Altíssimo para que o admita no seu Reino de plenitude", prossegue Manuel Linda.

"Lembro às Paróquias e demais instituições diocesanas que podem usar os costumados sinais exteriores de luto, mormente os toques de sinos".

"Para além da referida oração comunitária, cada um de nós não deixará de fazer uma oração pessoal por este excelente dom que Deus fez à sua Igreja: o papa Francisco. Viva eternamente na comunhão de Deus a quem serviu tão exemplarmente", conclui o prelado.
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por RTP

Taiwan envia condolências ao Vaticano, um dos seus poucos aliados

Taiwan vai enviar enviados de “nível apropriado” ao funeral do papa Francisco, dada a profunda amizade entre a ilha e o Vaticano, disse o Ministério dos Negócios Estrangeiros de Taiwan esta segunda-feira, expressando condolências a um dos seus poucos aliados restantes.

O Vaticano é um dos únicos 12 países a manter relações formais com Taiwan, diplomaticamente isolada, cujo governo rejeita as reivindicações de soberania de Pequim.

O presidente de Taiwan, Lai Ching-te, enviou as suas condolências em nome do povo da ilha, através da sua conta no X.

“Continuaremos a inspirar-nos no seu compromisso ao longo da vida com a paz, a solidariedade global e o cuidado com os necessitados”, escreveu em inglês.

O Ministério dos Negócios Estrangeiros de Taiwan disse que Lai tinha enviado as suas condolências diretamente ao Vaticano através da embaixada de Taiwan.

“Dada a profunda amizade entre Taiwan e o Vaticano, enviaremos funcionários de nível apropriado como enviados especiais para assistir ao funeral do papa”, afirmou o Ministério dos Negócios Estrangeiros num comunicado, sem entrar em pormenores.

Os presidentes taiwaneses já participaram em eventos de alto nível no Vaticano anteriormente. O então presidente Ma Ying-jeou foi à missa inaugural de Francisco em 2013.

Em janeiro, Lai escreveu a Francisco dizendo que os organismos mundiais deviam deixar de excluir Taiwan por razões políticas.
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por RTP

Putin expressa condolências pela morte do papa

O presidente russo Vladimir Putin enviou suas condolências pelo falecimento do papa Francisco, revelou o Kremlin na segunda-feira.
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por Lusa

Religiões perderam alguém de grande importância, afirma Ramos-Horta

O Presidente de Timor-Leste, José Ramos-Horta, afirmou hoje que não foram apenas os católicos que perderam com a morte do Papa Francisco, mas todas as religiões e a humanidade.

"Todas as religiões, toda a humanidade, perdeu alguém de grande importância", disse o Presidente timorense, numa mensagem de vídeo em tétum, a partir de Sofia, Bulgária, onde se encontra em visita oficial.

Na mensagem, o também prémio Nobel da Paz, considera que o "Papa Francisco foi um dos papas com maior impacto na história do mundo", que "abraçou os pobres, os frágeis".

"Um Papa que não hesitou em falar contra os poderes mundiais que promovem a guerra em vez da paz", disse Ramos-Horta, lembrando que Francisco denunciou também os poderes que ignoram os pobres e exploram os mais fracos.

O chefe de Estado timorense recordou também as palavras do Papa Francisco, quando terminou a visita a Díli, em setembro de 2024.

"Segurou na minha mão e disse para cuidarmos bem deste povo querido", lembrou.

Uma das últimas viagens feitas pelo Papa Francisco foi a Timor-Leste durante a qual esteve reunido com o Presidente timorense com as autoridades religiosas, sociedade civil e corpo diplomático acreditado no país.

Aos timorenses pediu para continuarem a construir e a consolidar as instituições do país para que "estejam completamente aptas a servir o povo de Timor-Leste" e para que os "cidadãos se sintam efetivamente representados".

"A fé que vos iluminou e susteve no passado continue a inspirar o vosso presente e o vosso futuro", disse o Papa, lembrando que agora Timor-Leste tem um "novo horizonte, com céu limpo, mas com novos desafios a enfrentar e novos problemas a resolver".

Durante a visita, de três dias, Francisco encontrou-se com representantes religiosos e deu uma missa campal, onde participaram cerca de 600.000 pessoas.

No último dia da visita, antes de deixar Díli, o Papa encontrou-se com a jovens.

"Não me vou esquecer mais dos vossos sorrisos", disse o Papa Francisco aos jovens timorenses, que representam cerca de 70% da população do país.

Aquela foi a segunda vez que um Papa visitou Timor-Leste, país onde 98% dos 1,3 milhões de habitantes são católicos. A primeira ocorreu em 1989 quando João Paulo II visitou o território, ainda sob ocupação indonésia.

 

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por RTP

"Homem necessário para a Igreja nos últimos 13 anos"

Isabel Gil, a reitora da Universidade Católica, considera que o Papa Francisco “foi o homem necessário para a Igreja nos últimos 13 anos”.
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por Lusa

Grande Oriente Lusitano. Homem de exceção e adepto fervoroso da fraternidade

O grão-mestre do Grande Oriente Lusitano (GOL), Fernando Cabecinha, apresentou hoje as suas condolências aos dignitários da Igreja Católica pelo falecimento do Papa Francisco, considerando que foi um homem de exceção e adepto fervoroso da fraternidade.

"Na qualidade de grão-mestre do Grande Oriente Lusitano apresento as minhas condolências aos dignitários da Igreja Católica e aos Cristãos pelo falecimento do Papa Francisco. Era um homem de exceção, defensor da dignidade do ser humano e um adepto fervoroso da fraternidade entre os homens", escreveu Fernando Cabecinha, numa nota que enviou à agência Lusa.

O Papa Francisco morreu hoje aos 88 anos, após 12 anos de um pontificado marcado pelo combate aos abusos sexuais, guerras e uma pandemia.

Nascido em Buenos Aires, a 17 de dezembro de 1936, Francisco foi o primeiro jesuíta a chegar à liderança da Igreja Católica.

O papa Francisco esteve internado durante 38 dias devido a uma pneumonia bilateral, tendo tido alta em 23 de março. A sua última aparição pública foi no domingo de Páscoa, no Vaticano, na véspera de morrer.

 

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por Lusa

Santuário destaca marcas profundas que Francisco deixou em Fátima

O Santuário de Fátima, onde o Papa, que hoje morreu, esteve por duas vezes, uma das quais para canonizar os pastorinhos Francisco e Jacinta, destacou a devoção de Francisco à Virgem e as marcas profundas que deixou na Cova da Iria.

"Fátima chora o falecimento do Santo Padre. Francisco sempre foi um devoto expresso de Nossa Senhora e, na Cova da Iria, deixou marcas profundas", referiu o santuário numa nota publicada no seu sítio na Internet, através da qual também se salienta que "estabeleceu com a Cova da Iria uma ligação muito estreita".

O Papa Francisco morreu hoje aos 88 anos, após 12 anos de um pontificado marcado pelo combate aos abusos sexuais, guerras e uma pandemia.

Nascido em Buenos Aires, em 17 de dezembro de 1936, Francisco foi o primeiro jesuíta a chegar à liderança da Igreja Católica.

O Papa Francisco esteve internado durante 38 dias devido a uma pneumonia bilateral, tendo tido alta em 23 de março. A sua última aparição pública foi no domingo de Páscoa, no Vaticano, na véspera de morrer.

Segundo o Santuário de Fátima, um exemplo da devoção foi "o pedido da presença da imagem original da Virgem de Fátima, em Roma, no Jubileu da Espiritualidade Mariana, a celebrar em outubro".

"Ao longo do seu pontificado de 12 anos, mereceram especial destaque três momentos no que ao Santuário de Fátima diz respeito", adiantou o templo mariano, referindo que, em 2013, a imagem da Virgem de Fátima foi a Roma, a pedido de Francisco, "para a Jornada Mariana promovida pelo Pontifício Conselho para a Promoção da Nova Evangelização".

Já em 2017, no centenário dos acontecimentos na Cova da Iria, Francisco deslocou-se "pela primeira vez à Cova da Iria para rezar aos pés da Imagem venerada na Capelinha das Aparições e para canonizar os beatos Francisco e Jacinta".

O santuário recordou que Francisco esteve em Fátima como "peregrino da luz, da esperança e da paz" e caracterizou Fátima como "manto de luz", assumindo ainda, no regresso a Roma, "o compromisso de levar ao mundo a mensagem de Paz que Fátima representa".

"Mais recentemente, em 2023, no contexto da Jornada Mundial da Juventude, regressou a Fátima para rezar na companhia de jovens com deficiência e de jovens reclusos", assinalou o santuário, referindo que, hoje de manhã, "os sinos da Basílica de Nossa Senhora do Rosário de Fátima tocaram, em sinal de luto pela partida do Papa Francisco".

O santuário acrescentou que foram "muitos mais os momentos e os episódios que ligaram o líder mundial da Igreja Católica a Fátima", desde a sua escolha para bispo, passando pela dinâmica pastoral que exerceu como arcebispo de Buenos Aires", acrescentando que "Jorge Bergoglio deixou uma marca única de coragem e de proximidade".

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por Antena 1

Quem foi o papa Francisco?

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O jornalista da Antena 1 Sérgio Infante recorda os principais momentos da vida do papa Francisco.

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Pedro Nuno enaltece "voz corajosa" do papa "dos pobres e dos excluídos"

O secretário-geral do PS enalteceu hoje a "voz corajosa" do Papa Francisco em defesa da justiça, dignidade humana e paz, considerando que foi um papa dos pobres e dos excluídos, cujo legado "ficará para sempre inscrito na história".

"Foi com profunda consternação que recebi a notícia da morte de Sua Santidade o Papa Francisco. Ao longo do seu pontificado, o Papa Francisco foi uma voz corajosa em defesa da justiça social, da dignidade humana e da paz", afirmou Pedro Nuno Santos através das redes sociais.

Para o secretário-geral do PS, a liderança espiritual do Papa Francisco "transcendeu fronteiras religiosas e políticas, tornando-se uma referência ética e moral para milhões em todo o mundo".

"Foi um Papa dos pobres, dos excluídos, dos que não têm voz. Um defensor incansável do ambiente, da solidariedade entre os povos e da necessidade de uma economia mais justa. O seu legado ficará para sempre inscrito na história do nosso tempo", enalteceu.

Em nome do PS e seu nome pessoal, Pedro Nuno Santos expressou à Igreja Católica, à comunidade católica portuguesa e ao Vaticano o "mais sentido pesar".

"Que a sua memória continue a inspirar todos aqueles que acreditam num mundo mais humano, mais justo e mais fraterno", apelou.

O papa Francisco morreu hoje, anunciou hoje o Vaticano, através do cardeal Kevin Ferrell.

 "Às 07:35 desta manhã [06:35 em Lisboa], o bispo de Roma, Francisco, regressou à casa do Pai. Toda a sua vida foi dedicada ao serviço do Senhor e da sua Igreja", disse Farrell no anúncio.

O Papa Francisco tinha 88 anos e esteve internado recentemente devido a uma pneumonia bilateral.

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por Lusa

Presidente de Israel lamenta a morte de Francisco

O Presidente israelita, Isaac Herzog, lamentou hoje a morte do Papa Francisco, recordando-o como "um homem de fé profunda e compaixão sem limites".

"Envio as minhas mais profundas condolências ao mundo cristão e especialmente às comunidades cristãs de Israel, à Terra Santa, pela perda do seu grande pai espiritual, sua santidade o Papa Francisco", declarou Herzog num comunicado.

O Presidente israelita destacou o trabalho de Francisco em "apoiar os pobres e clamar pela paz num mundo conturbado".

"Ele viu, com razão, uma grande importância em fomentar laços fortes com o mundo judaico e em promover o diálogo inter-religioso como um caminho para uma maior compreensão e respeito mútuo", acrescentou o chefe de Estado israelita.

"Espero sinceramente que as suas orações pela paz no Médio Oriente e pelo regresso seguro dos reféns sejam atendidas em breve", afirmou ainda Herzog na nota.

Uma das últimas declarações do Papa, no domingo, teve como objetivo pedir a paz na Faixa de Gaza, onde Israel trava há mais de um ano e meio uma ofensiva militar que já custou a vida a mais de 51.200 pessoas, e o regresso dos 59 reféns ainda detidos pelas milícias islâmicas palestinianas.

O Papa Francisco morreu hoje, anunciou o Vaticano, através do cardeal Kevin Ferrell.

"Às 07:35 desta manhã [06:35 em Lisboa], o bispo de Roma, Francisco, regressou à casa do Pai. Toda a sua vida foi dedicada ao serviço do Senhor e da sua Igreja", disse Farrell no anúncio.

O Papa Francisco tinha 88 anos e esteve internado recentemente devido a uma pneumonia bilateral.

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por Lusa

Aguiar-Branco destaca pontificado de fraternidade, paz e misericórdia

O presidente da Assembleia da República manifestou hoje profunda tristeza pela morte do Papa Francisco, considerando que o seu pontificado foi para a Igreja e para o mundo um sinal de fraternidade, paz e misericórdia.

O papa Francisco morreu hoje aos 88 anos, depois de ter estado internado devido a uma pneumonia bilateral.

Em declarações à agência Lusa, José Pedro Aguiar-Branco expressou "profunda tristeza pela morte do Papa Francisco".

"O seu pontificado foi para a Igreja e para o mundo um sinal de fraternidade, paz e misericórdia. A melhor homenagem que podemos prestar é garantir que as suas palavras continuam a ser um exemplo", acrescentou o presidente da Assembleia da República.

"Às 07:35 desta manhã [06:35 em Lisboa], o bispo de Roma, Francisco, regressou à casa do Pai. Toda a sua vida foi dedicada ao serviço do Senhor e da sua Igreja", anunciou hoje o Vaticano, através do cardeal Kevin Ferrell.

 

 

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por Lusa

Conferência Episcopal Portuguesa elogia caminhos de esperança que Francisco abriu

O presidente da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP), José Ornelas, considerou que o pontificado de Francisco, que hoje morreu, abriu caminhos de esperança para a Igreja e para o mundo.

"O pontificado de Francisco, para mim, é uma abertura de caminhos e de esperança para a Igreja e para o mundo", afirmou à agência Lusa José Ornelas, também bispo da Diocese de Leiria-Fátima.

José Ornelas salientou que "a mensagem final, das poucas palavras que ele disse, já o último fôlego a partir da balaustrada de São Pedro, foi precisamente para anunciar a Ressurreição e anunciar a paz e pedir o dom da paz".

O Papa Francisco morreu hoje aos 88 anos, após 12 anos de um pontificado marcado pelo combate aos abusos sexuais, guerras e uma pandemia.

Nascido em Buenos Aires, em 17 de dezembro de 1936, Francisco foi o primeiro jesuíta a chegar à liderança da Igreja Católica.

Francisco esteve internado durante 38 dias devido a uma pneumonia bilateral, tendo tido alta em 23 de março. A sua última aparição pública foi no domingo de Páscoa, no Vaticano, na véspera de morrer.

O presidente da CEP adiantou ter recebido uma notícia "profundamente triste, mas também cheia de grande esperança".

"Pensei logo `segunda-feira de Páscoa, é o tempo de viver a Páscoa e depois de celebrá-la`. Eu acho que caracteriza muito aquilo que foi o Papa Francisco e aquilo que deixa à Igreja", declarou.

Destacando o processo sinodal desencadeado por Francisco, José Ornelas notou que o que caracterizou a vida e o ministério do Papa Francisco foi querer "mudar o ser Igreja".

"Escutar o povo de Deus, de voltar às raízes fundamentais daquilo que é a Igreja, para caminhar juntos, um caminho de conjunto dentro da Igreja", referiu, considerando que a morte de Francisco não tira força a este processo, pois "a esperança está sempre para além da vida de cada um".

O presidente da CEP admitiu ainda ter pensado ser uma pena Francisco não terminar o Jubileu da esperança.

"Depois disse `não é que pena`. Ele abriu caminhos de esperança", frisou, desejando que a Igreja Católica os continue.

 

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por Lusa

Funeral dentro de nove dias e conclave previsto para daqui a um mês

O funeral do Papa Francisco será realizado dentro de nove dias e o conclave para eleger o seu sucessor dentro de um mês, anunciou hoje o Vaticano após a morte do pontífice.

Francisco morreu hoje aos 88 anos, após 12 anos de um pontificado marcado pelo combate aos abusos sexuais, guerras e uma pandemia.

Nascido em Buenos Aires, a 17 de dezembro de 1936, Francisco foi o primeiro jesuíta a chegar à liderança da Igreja Católica.

O Papa Francisco esteve internado durante 38 dias devido a uma pneumonia bilateral, tendo tido alta em 23 de março. A sua última aparição pública foi no domingo de Páscoa, no Vaticano, na véspera de morrer.

 

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por Lusa

Governo vai decretar luto nacional

O Governo vai decretar luto nacional em memória do Papa Francisco, que morreu hoje aos 88 anos, disse à Lusa fonte do gabinete do primeiro-ministro.

A mesma fonte não adiantou, contudo, o período abrangido pelo luto nacional.

 

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por Lusa

Patriarca de Lisboa recorda "abraço caloroso" e "alegria contangiante" de Francisco

O patriarca de Lisboa, Rui Valério, recordou hoje o "abraço caloroso, os gestos incansáveis, a alegria contagiante" do Papa Francisco durante a Jornada Mundial da Juventude que teve lugar na capital portuguesa em agosto de 2023.

Numa mensagem sobre a morte do pontífice argentino, ocorrida hoje no Vaticano, aos 88 anos, Rui Valério escreve que foi "com dor" que foi recebida a notícia do óbito.

"O seu magistério [de Francisco] e os seus gestos permanecem na nossa memória e elevamos a Deus um hino de gratidão por estes anos em que a Igreja foi pastoreada pelo seu esmero e dedicação incansáveis, como todos pudemos testemunhar", escreve o patriarca de Lisboa, sublinhando a "misericórdia que o Papa não se cansou de anunciar ao longo de todos estes anos".

Rui Valério convoca "todos os diocesanos do Patriarcado de Lisboa para uma missa em sufrágio na Sé de Lisboa, hoje, dia 21 de abril, segunda-feira, às 21:00".

"Peço também a todos os sacerdotes que, ao longo do dia, sejam tocados os sinos das igrejas, assinalando a morte do Papa Francisco", escreve o bispo de Lisboa, sublinhando ser "necessário, também, que ao longo dos próximos dias sejam celebradas missas em sufrágio pelo Papa Francisco".

"Que tudo isto seja ocasião para renovarmos a esperança cristã, esta mesma esperança que o Papa Francisco achou tão necessária para revivermos neste ano jubilar", exorta ainda o patriarca de Lisboa.

A morte do Papa Francisco foi anunciada pelo cardeal Kevin Ferrell, Camerlengo da Câmara Apostólica.

"Às 07:35 desta manhã [06:35 em Lisboa], o bispo de Roma, Francisco, regressou à casa do Pai. Toda a sua vida foi dedicada ao serviço do Senhor e da sua Igreja", disse Farrell no anúncio.

O Papa Francisco esteve internado recentemente devido a uma pneumonia bilateral.

 

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por RTP

O que se segue à morte de Francisco

A correspondente da RTP em França e que acompanha as questões do Vaticano, sintetiza os passos que se seguem à morte do Papa.
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Rosário Salgueiro começa por lembrar o impacto do Papa Francisco que se espelha nos números de fiéis em França.
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por RTP

Francisco "procurou ir ao encontro de todos"

Ricardo Perna, diretor de comunicação da Diocese de Setúbal, defende que o Papa Francisco deixa um "legado de uma Igreja aberta ao mundo".
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por RTP

Este é um "momento duro, difícil"

Pelo Patriarcado de Lisboa, Ricardo Figueiredo admite que a morte do Papa “é sempre um momento duro, difícil”.
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No entanto, o diretor de comunicação do Patriarcado de Lisboa acredita que “além da Igreja todas as pessoas do mundo sentem-se órfãs” por aquilo que o Papa Francisco representa.
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por RTP

Presidente da República fala ao país hoje às 20h00

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, vai falar hoje ao país, às 20h00, sobre a morte do Papa Francisco, divulgou a Presidência da República.

"O Presidente da República falará hoje ao país, sobre a morte do Papa Francisco, pelas 20h00", lê-se numa nota publicada no sítio oficial da Presidência da República na Internet.
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A reação da Casa Branca
por RTP

"Que descanse em paz"

A Casa Branca prestou esta segunda-feira homenagem ao Papa Francisco, após a sua morte, com uma breve mensagem na rede social X que dizia: “Que o Papa Francisco descanse em paz”. Rest in Peace, Pope Francis. ?? pic.twitter.com/8CGwKaNnTh — The White House (@WhiteHouse) April 21, 2025 A mensagem foi acompanhada por fotografias do papa reunido com o Presidente Donald Trump e o Vice-Presidente JD Vance, este último foi recebido durante alguns minutos no domingo por Francisco.
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por RTP

Primeiro-ministro polaco fala em "homem bom, caloroso e sensível"

O primeiro-ministro da Polónia prestou homenagem ao papa Francisco, descrevendo-o como um "homem bom, caloroso e sensível".

“O Papa Francisco morreu. Um homem bom, caloroso e sensível. Que descanse em paz”, escreveu Donald Tusk na rede social X.
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Momento-Chave
por Lusa

Quatro portugueses vão ajudar a escolher o novo líder da Igreja Católica

Portugal tem, pela primeira vez desde que o colégio cardinalício foi criado, quatro cardeais eleitores no conclave que irá escolher o sucessor de Francisco.

Além dos quatro cardeais eleitores portugueses - António Marto, Américo Aguiar, Manuel Clemente e Tolentino de Mendonça -- existem outros nove lusófonos: sete brasileiros, um cabo-verdiano e um timorense.

Eis um breve perfil de cada um dos protagonistas de língua portuguesa:

+++ António Marto +++

O mais velho dos quatro cardeais eleitores portugueses, António Augusto dos Santos Marto, foi bispo de Viseu e de Leiria-Fátima, onde presidiu às celebrações dos cem anos das aparições marianas da Cova da Iria.

O flaviense, nascido em 1947, foi ordenado sacerdote em Roma, em 1971, onde continuou os estudos, concluindo o doutoramento seis anos depois, com a tese "Esperança cristã e futuro do homem. Doutrina do Concílio Vaticano II".

Muito ligado aos movimentos estudantis e operários católicos, chegou a trabalhar em fábricas antes do 25 de Abril e manteve uma forte ligação aos emigrantes portugueses.

Depois de ter sido professor na Universidade Católica Portuguesa e pároco em vários locais da Diocese do Porto, foi nomeado bispo auxiliar de Braga em 2000.

Quatro anos depois, foi nomeado responsável diocesano de Viseu e foi um dos dois bispos portugueses presentes no Sínodo dos Bispos, no ano seguinte.

Em 2006, substituiu Serafim Ferreira e Silva como bispo de Leiria-Fátima, cargo que lhe deu grande visibilidade, tendo sido anfitrião na visita de dois papas, Bento XVI (2010) e Francisco (2017).

No trabalho pastoral a partir de Fátima, valorizou temas como o ambiente e a paz, procurando atualizar a mensagem mariana de 1917.

Após a celebração dos cem anos das aparições, em 2018, foi elevado a cardeal por Francisco e veio a deixar a diocese em 2022, por limite de idade.

+++ Américo Aguiar +++

Américo Aguiar é o mais novo cardeal português, de apenas 51 anos, tendo sido elevado pelo Papa Francisco há dois anos, logo após a Jornada Mundial da Juventude, organização a que presidiu.

Nascido em Leça, Matosinhos, Américo Aguiar foi ordenado padre aos 27 anos e bispo aos 47 anos, como auxiliar do Patriarcado de Lisboa.

E foi na qualidade de bispo auxiliar que exerceu as funções de presidente da Fundação JMJ Lisboa 2023, a entidade que organizou o encontro magno dos jovens católicos em Lisboa, entre 01 e 06 de agosto de 2023.

Semanas antes da JMJ, o Papa anunciou que Américo Aguiar seria elevado a cardeal, tendo sido nomeado responsável pela Diocese de Setúbal em setembro de 2023.

Antes destas funções, foi administrador do grupo Renascença, diretor do Secretariado Nacional das Comunicações Sociais, capelão nacional da Liga dos Bombeiros Portugueses e coordenador da Comissão Diocesana para a Proteção de Menores e Pessoas Vulneráveis do Patriarcado de Lisboa

Na diocese do Porto, onde trabalhou a maior parte da sua vida como sacerdote, foi pároco na Campanhã e na Sé, tendo sido também vigário geral e chefe de gabinete dos bispos Armindo Lopes Coelho, Manuel Clemente e António Francisco dos Santos

Dragão de Ouro, o cardeal portista copresidiu às cerimónias fúnebres do ex-presidente do FC Porto Pinto da Costa e chegou a ser membro da assembleia de freguesia de Leça do Balio e da assembleia municipal de Matosinhos, quando Narciso Miranda liderava a autarquia local.

+++ Manuel Clemente +++

O cardeal Manuel Clemente foi uma das primeiras nomeações de Francisco que, poucas semanas depois de ter sido eleito, o transferiu da diocese do Porto para o Patriarcado de Lisboa, sucedendo a José da Cruz Policarpo, já então gravemente doente.

Nascido em Torres Vedras em 1948, foi o mais velho dos quatro cardeais a chegar a sacerdote, aos 31 anos, já depois de se ter licenciado em História, tendo-se doutorado em Teologia Histórica.

Desempenhou cargos nas paróquias do Oeste, até assumir funções no Seminário dos Olivais, onde chegou a reitor, antes de ser nomeado bispo auxiliar.

Em paralelo, a sua carreira está muito ligada ao movimento escuteiro, participando em retiros e acampamentos nacionais até há poucos anos.

O seu trabalho sobre os movimentos sociais católicos em Portugal e a coordenação de vários projetos de investigação histórica, como "Igreja e Sociedade Portuguesa, do Liberalismo à República", renderam-lhe o prémio Pessoa, quando ainda estava à frente da Diocese do Porto, para onde foi depois de ter estado vários anos como auxiliar de Lisboa.

Como bispo do Porto, recebeu a visita de Bento XVI, no âmbito da sua Visita Apostólica a Portugal em 2010, tendo focado a sua ação na revitalização pastoral da Diocese.

É cardeal há dez anos, um título atribuído, desde o século XVIII, a quem lidera o Patriarcado de Lisboa, cargo que deixou em 2023, tendo sido sucedido pelo atual titular, Rui Valério.

O final do seu mandato coincidiu com a Jornada Mundial da Juventude, que decorreu em Lisboa, onde recebeu o Papa Francisco, naquela que foi uma das maiores manifestações de fé católica em Portugal nos últimos anos.

+++ Tolentino de Mendonça +++

O madeirense José Tolentino de Mendonça é o atual prefeito do Dicastério para a Cultura e a Educação. Poeta galardoado com o prémio Pessoa em 2023, ensaísta, dramaturgo, académico e teólogo, foi elevado a cardeal em 2019.

Nascido em 1965 em Machico, Madeira, viveu em Angola até aos nove anos e foi ordenado padre em 1990 pela Diocese do Funchal, concluindo o mestrado em Ciências Bíblicas em 1992 e obtendo o grau de doutor em 2004, em Teologia Bíblica pela Universidade Católica Portuguesa, onde lecionou quando foi viver para Lisboa.

Em 2010 foi nomeado reitor da Capela do Rato, um local de prestígio do Patriarcado de Lisboa, um trabalho que conciliou com a carreira de docente universitário -- foi vice-reitor da Universidade Católica Portuguesa - e escritor, com vasta obra publicada.

Em 2011, foi para Roma, a convite de Bento XVI, que o nomeou consultor do Conselho Pontifício para a Cultura e, em 2018, já com Francisco, foi elevado a bispo, subindo a cardeal no ano seguinte.

Em 2020, o cardeal recebeu o Prémio Europeu Helena Vaz da Silva e organizou o 50.º aniversário da inauguração da Coleção de Arte Moderna dos Museus do Vaticano.

Dois anos depois, após a reforma da Cúria Romana, assumiu o cargo de prefeito do recém-criado Dicastério para a Cultura e a Educação, um órgão que resultou da unificação da Congregação para a Educação Católica e do Pontifício Conselho para a Cultura.

+++ Cardeais eleitores brasileiros +++

Atual presidente do Conselho Episcopal Latino-Americano, o franciscano Jaime Spengler (64 anos), elevado a cardeal por Francisco, é arcebispo de Porto Alegre e considerado um dirigente progressista, ocupando a liderança da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil.

Elevado a cardeal por Bento XVI, João Braz de Aviz nasceu no sul do Brasil há 77 anos, foi arcebispo de Brasília e prefeito do Dicastério para os Institutos de Vida Consagrada e Sociedades de Vida Apostólica no Vaticano, sendo considerado um purpurado progressista, defensor da teologia da libertação, uma doutrina condenada pelo Vaticano na década de 1980 e 1990.

Elevado a cardeal há três anos, o franciscano Leonardo Ulrich Steiner é arcebispo de Manaus e é formado em filosofia e pedagogia, ocupando ainda cargos nas estruturas missionárias junto dos indígenas da Amazónia.

Odilo Pedro Scherer, 75 anos, era visto como um dos nomes mais fortes da América Latina para suceder a Bento XVI, em 2013. Hoje mantém-se como responsável pela arquidiocese de São Paulo, cargo a que pediu renúncia, ainda não aceite por Francisco.

Orani Tempesta é o único cardeal cisterciense do conclave. Atual arcebispo do Rio de Janeiro, depois de ter ocupado função semelhante em Belém, estado do Pará, é cardeal desde 2014, tendo sido o anfitrião do Papa Francisco na Jornada Mundial da Juventude de 2013.

Elevado a cardeal por Francisco, Paulo Cezar Costa (57 anos) é o atual arcebispo de Brasília, sucedendo ao também purpurado Sérgio da Rocha, tendo sido anteriormente titular de São Carlos (estado de São Paulo).

Com 65 anos, Sérgio da Rocha é o único lusófono do Conselho de Cardeais -- um órgão consultor de Francisco no projeto de revisão da Cúria Romana - e lidera a diocese de São Salvador da Bahia, função que o eleva à condição de Primaz do Brasil.

+++ Cardeal eleitor de Cabo Verde +++

O primeiro cardeal católico cabo-verdiano, Arlindo Gomes Furtado, tem 75 anos e é o atual bispo de Santiago, a primeira diocese africana após os Descobrimentos. Antigo bispo do Mindelo, passou para a capital em 2009 e, seis anos depois, foi elevado a cardeal.

+++ Cardeal eleitor de Timor-Leste +++

Aos 57 anos, Virgílio do Carmo é o primeiro cardeal católico de Timor-Leste e é o atual arcebispo de Díli. Foi Superior provincial dos Salesianos em Timor-Leste e na Indonésia e foi anfitrião de uma visita apostólica de Francisco em setembro de 2024.

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por RTP

Macron lembra o homem que lutou por justiça

O presidente francês sublinha que o papa foi sempre foi fiel ao seu lado "humanista".
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por RTP

Papa Francisco, 1936-2025. O Pontificado em imagens

Jorge Mario Bergoglio adotou o nome Francisco quando o Conclave o escolheu como o 266.º sumo pontífice da Igreja Católica, sucedendo a Bento XVI a partir de 13 de março de 2013. Bergoglio nasceu em Buenos Aires, mas era neto de imigrantes italianos, que chegaram à Argentina em 1927.

por RTP

Paulo Rangel lembra a ligação estreita do Sumo Pontífice com Portugal

O ministro português dos Negócios Estrangeiros sublinha que, a nível mundial, Francisco “foi um Papa que fez a diferença a todos os níveis”.
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por RTP

"Cristianismo voltou a ter um rosto humano"

O frade franciscano, Isidro Lamelas, considera que o Papa “deixa-nos um legado que vai ser duradouro e com consequências”, porque durante este Pontificado “ele semeou tanta coisa boa”.
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UE saúda um homem com um "amor puro pelos mais desfavorecidos"

Os líderes das instituições europeias prestaram homenagem ao Papa Francisco, ao seu sentido de igualdade e "ao seu amor tão puro pelos mais desfavorecidos", nas palavras da presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen.

“O Papa Francisco inspirou milhões de pessoas, muito para além da Igreja Católica, com a sua humildade e o seu amor puro pelos mais pobres dos pobres”, afirmou Ursula von der Leyen na rede social X. ‘Os meus pensamentos estão com todos aqueles que estão a sentir esta profunda perda’.

Na mesma rede social, o Presidente do Conselho Europeu, António Costa, desejou que as ideias do Papa Francisco continuem a “guiar-nos para um futuro de esperança”, apesar do contexto internacional e dos muitos conflitos.

No nosso recente encontro em Roma, agradeci ao Papa Francisco pela sua forte liderança na proteção dos mais vulneráveis e na defesa da dignidade humana”, escreveu Kaja Kallas no X. ‘O seu sorriso contagiante conquistou os corações de milhões de pessoas em todo o mundo’.

“O seu sorriso contagiante conquistou os corações de milhões de pessoas em todo o mundo”, afirmou Roberta Metsola, Presidente do Parlamento Europeu.

“Ele era profundamente compassivo. Preocupou-se com os grandes desafios globais do nosso tempo - migração, alterações climáticas, desigualdade, paz - bem como com as lutas quotidianas de cada indivíduo”, continuou o antigo primeiro-ministro português, que preside ao órgão que representa os 27 Estados-Membros da UE.

À semelhança dos líderes mundiais, a chefe da diplomacia da UE, Kaja Kallas, afirmou estar profundamente triste com a morte do jesuíta argentino, ocorrida na madrugada de segunda-feira, um dia depois das celebrações da Páscoa em Roma, onde se mostrou muito fraco.

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Momento-Chave
por RTP

Governo português recorda legado de humanismo

Numa nota de pesar enviada às redações pelo gabinete do primeiro-ministro, o governo recorda que "Francisco foi um Papa extraordinário, que deixa um singular legado de humanismo, empatia, compaixão e proximidade às pessoas".

“As suas visitas a Portugal, no Centenário das aparições de Nossa Senhora em Fátima e na Jornada Mundial da Juventude, marcaram o nosso país e geraram uma ligação muito forte do povo português com Sua Santidade”.

A nota, assinada por Luís Montenegro apresenta ainda “as mais sentidas condolências do Governo de Portugal à Santa Sé e a todos os Católicos do mundo, entre os quais tantos milhões de portugueses”.

A melhor forma de honrar o seu tributo será seguirmos no dia a dia, nas nossas diferentes atividades, os seus ensinamentos e o seu exemplo.
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por Lusa

Papa é escolhido pelo Conclave com regras rígidas e em segredo

Angelo Carconi - ANSA via EPA

Regras rígidas, absoluto segredo, assim se escolhe um novo Papa e o mesmo acontecerá com o substituto de Francisco, que será eleito entre os 138 membros do Colégio Cardinalício com menos de 80 anos, incluindo quatro portugueses.

A eleição no Conclave (do latim `cum clavis` ou fechado à chave) está definida até aos mais ínfimos pormenores na Constituição Apostólica Universi Dominici Gregis, revista por João Paulo II em 1996, e é secreta.

O sistema de fechar os cardeais iniciou-se no Concílio Lyon II (1274), convocado pelo Papa Gregório X, e hoje os também designados "príncipes da Igreja" estão proibidos de trocar cartas, mensagens ou telefonar a alguém do exterior, assim como de ler jornais, ouvir rádio ou ver televisão enquanto durar a reunião, para evitar pressões.

A obrigação de manter segredo estende-se a todos os funcionários do Vaticano que servem os cardeais neste período ou que têm acesso aos locais em que se encontram e quem violar as regras será castigado, podendo mesmo ser expulso da Igreja Católica.

A assembleia dos cardeais eleitores - que se inicia entre 15 e 20 dias após a morte ou resignação do anterior chefe da Igreja Católica para dar tempo a todos os participantes de chegarem a Roma - é precedida da missa "Pro eligendo Pontifice" (para a eleição do Pontífice), na qual os cardeais pedem apoio espiritual na escolha do novo Papa.

Na tarde desse dia, os prelados dirigem-se em procissão solene para a Capela Sistina, onde decorre a reunião, invocando com o cântico "Veni Creator Spiritus" (Vem Espírito Criador) a assistência do Espírito Santo.

No local do escrutínio, um por um e numa sequência predeterminada, juram com a mão direita sobre a Bíblia manter segredo sobre as discussões relativas à eleição, antes de se sentarem nos lugares que ocuparão durante o Conclave.

Os cardeais terão ainda de ouvir um discurso sobre a escolha que vão fazer e esperar que o eclesiástico que o fez e o Mestre das Celebrações Pontifícias abandonem a sala à ordem deste "Extra omnes" (Todos fora, os que não participam no escrutínio).

As portas da sala são fechadas, ficando sob a proteção da Guarda Suíça, o exército do Vaticano, e os cardeais podem então a sós dar início à eleição.

Antes da realização do Conclave, todos os elementos do Colégio Cardinalício, atualmente 252, terão discutido o estado da Igreja e definido o perfil do novo Papa, que deverá ser um bom "pastor de almas", teólogo e diplomata, além de falar várias línguas, em primeiro lugar o italiano, a língua oficial do Vaticano.

Os cardeais não podem declarar-se candidatos, só podendo ser considerados como tal pelos seus pares durante a eleição, e também não lhes é permitido chegarem a acordos ou fazerem promessas, absterem-se ou votarem em si mesmos.

Para que seja eleito o novo Papa é precisa uma maioria de dois terços, estando prevista a realização de duas votações de manhã e duas à tarde, após cada duas delas os boletins de voto são destruídos num fogão instalado na Capela Sistina e a cor do fumo da queima indica o resultado, preto se o escrutínio continuar, branco se tiver sido escolhido o novo líder dos católicos.

Caso ninguém tenha sido eleito nos primeiros três dias do Conclave está previsto um dia de reflexão, que terá de ser seguido de sete outras votações inconclusivas antes de passar a ser necessária apenas uma maioria absoluta.

O Papa Francisco, que morreu hoje, foi eleito à quinta votação, no segundo dia do Conclave, enquanto o seu antecessor, Bento XVI, foi escolhido à quarta.

Em ambos os casos, além do fumo branco que saiu da chaminé da Capela Sistina, o toque a repique dos sinos da basílica de São Pedro anunciou a escolha do novo pontífice.

Mas antes da divulgação pública do resultado da eleição realiza-se o último ato do Conclave: questionar o escolhido sobre se aceita o cargo -- sabendo que a Constituição Apostólica indica que deve "submeter-se humildemente à vontade divina" -- e qual o nome por que pretende ser conhecido.

O cardeal argentino jesuíta Jorge Mario Bergoglio, o primeiro Papa da América Latina, escolheu o nome de Francisco numa homenagem a São Francisco de Assis, o santo dos pobres.

O que será o 267.º Papa terá depois de colocar as vestes brancas próprias do cargo e dirigir-se à sacada da Basílica de São Pedro, onde o primeiro cardeal dos diáconos já anunciou "Habemus Papam" (Temos Papa), para saudar os fiéis reunidos na praça em frente e dar a bênção "Urbi e Orbi" (à cidade [Roma] e ao mundo).

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José Manuel Almeida
por RTP

Papa deixa "esperança por uma Igreja mais inclusiva e atenta às periferias"

O vice-reitor da Universidade Católica sublinha que este "é um momento de grande tristeza" e "ao mesmo tempo de grande esperança".
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José Manuel Almeida admite dúvidas quanto a Francisco ter sido um "Papa progressista não sei, mas foi progressivo, certamente".
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Francisco, "o papa da alegria"
por RTP

Frade dominicano José Nunes recorda as bandeiras do Pontificado

As palavras pertencem ao frade dominicano José Nunes, que, em direto no Bom Dia, sublinha o legado que o Papa deixa, tendo sido “uma grande referência para o Mundo e para a Igreja”.

Foram muitas as bandeiras que o papa Francisco ergueu durante o seu Pontificado. “A defesa do Ambiente”, o alerta sobre “a economia que mata”, também “o diálogo com as outras religiões” tendo “em vista a Paz”.
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O frade dominicano lembra ainda que o papa Francisco “começou por lutar por uma reforma da Cúria romana” e assumiu a voz em “defesa das mulheres” e a “colocar as mulheres” em alguns dos principais “lugares do Vaticano”.
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Macron recorda "alegria" e "esperança"
por RTP

A reação do presidente francês à notícia da morte de Francisco

"De Buenos Aires a Roma, o papa Francisco queria que a Igreja levasse a alegria e a esperança aos mais pobres. Que unissem os homens entre si e com a natureza. Possa essa esperança ressuscitar sem fim para lá dele", escreveu o presidente francês no X.

"A todos os católicos, ao mundo em luto, dirigimos, com a minha esposa, os nossos pensamentos", acrescenta Emmanuel Macron.
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Momento-Chave
por RTP

Papa apareceu pela última vez aos fiéis no domingo de Páscoa

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Foto: Angelo Carconi - ANSA via EPA

Na véspera da notícia da sua morte, o papa Francisco apareceu aos fiéis na Basílica de São Pedro, para desejar boa Páscoa.

Esteve ausente da missa, mas escreveu a homilia em que fez apelos ao fim das guerras na Ucrânia e na Faixa de Gaza e lembrou que todas as vidas são preciosas.
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Morte de Francisco
por RTP

Anúncio partiu da Santa Sé

A notícia do falecimento do papa Francisco foi divulgada pelo cardeal Kevin Ferrell.
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Momento-Chave
por Inês Moreira Santos - RTP

Morreu o papa Francisco, líder da "simplicidade" que a Igreja Católica foi buscar "quase ao fim do mundo"

Ettore Ferrari - ANSA via EPA

O Vaticano anunciou esta segunda-feira o falecimento do papa Francisco, aos 88 anos. Batizado como Jorge Mario Bergoglio, o bispo argentino nunca sonhou ser o líder da Igreja Católica e, como o próprio disse no dia em que se sentou pela primeira vez na Cátedra de São Pedro, o Conclave foi "buscá-lo quase ao fim do mundo" para suceder a Bento XVI. Sumo Pontífice desde março de 2013, Francisco iniciou uma nova era no Vaticano, marcada pela simplicidade, a humildade e um percurso de proximidade ao mundo.

De ascendência italiana mas nascido no bairro de Flores de Buenos Aires, na Argentina, a 17 de dezembro de 1936, Jorge Mario Bergoglio foi o primeiro papa do continente americano, o primeiro pontífice do hemisfério sul, o primeiro chefe da Igreja Católica não europeu desde há mais de 1.200 anos e também o primeiro jesuíta a assumir as funções no Vaticano. Entre as estreias em Roma, foi também o primeiro papa com o nome Francisco, em referência a São Francisco de Assis, simbolizando humildade e compromisso com os pobres.

O mandato do papa Francisco foi, aliás, marcado por um estilo pastoral próximo do povo, com foco na justiça social e uma tentativa de abertura ao diálogo interreligioso. Francisco destacou-se dos antecessores, principalmente, pela sua simplicidade: rejeitou muitos símbolos tradicionais do papado, como o uso de apartamentos luxuosos, preferindo habitar na Casa Santa Marta, dentro do Vaticano; e costumava quebrar protocolos para se aproximar dos fiéis, abraçando pessoas doentes, crianças e pessoas marginalizadas.

Como afirmou na úlitma visita oficial a Portugal, Francisco acreditava numa Igreja onde "há espaço para todos".

Bergoglio foi eleito pelo Conclave a 13 de março de 2013, apesar de quase nada indicar que seria o escolhido para suceder Bento XVI.“Não existe nenhuma possibilidade” de ser nomeado Bispo de Roma – foi assim que se despediu o arcebispo Bergoglio quando saiu da Catedral Metropolitana de Buenos Aires, a 26 de fevereiro de 2013, para apanhar o voo da Alitalia no aeroporto internacional rumo a Roma. Bento XVI tinha anunciado que dentro de dois dias renunciaria ao cargo e os cardeais eleitores da Igreja Católica Apostólica Romana iriam reunir para escolher o sucessor.

Pensou que estaria fora apenas duas semanas, o tempo que duraria o conclave no Vaticano. Voltaria em breve à Argentina para rezar a missa no Domingo de Ramos. Levou, por isso, uma mala apenas com as vestimentas que os cardeais usam no conclave e a sua pasta preta como bagagem de mão. Bergoglio repetiu tantas vezes para si que não havia possibilidade de ser eleito para líder da Igreja Católico que se convenceu. Ser o líder da Igreja Católica, contudo, nunca deixou de ser uma hipótese.
Nunca quis ser Papa. E referiu-o inúmeras vezes a biógrafos e a jornalistas. Não era uma ambição. 

Já em 1992, admitiu sentir-se contrariado quando foi nomeado bispo auxiliar de Buenos Aires.

Para além de não desejar ser o sucessor de Bento XVI a sentar-se na Cátedra de São Pedro, também não era um nome que soasse na Igreja. Vinha do outro lado do mundo, do outro hemisfério e não era muito conhecido entre os nomes que se pensavam para o lugar Vaticano. Não havia previsões, ou notícias que apontassem o arcebispo argentino como um dos nomes prováveis para a eleição do conclave de 2013.

Na Capela Sistina, na primeira das cinco votações, os votos foram distribuídos por vários nomes. Na seguinte, já só três candidatos se destacavam: o argentino Jorge Mario Bergoglio, o italiano Angelo Scola e o canadense Marc Ousellet. Só na quinta ronda de votações, o até aí desconhecido clérigo argentino conseguiu dois terços dos votos – 77 votos entre os totais 115.
Foto: Reuters

Pelas 19h40 de dia 13 de março de 2013, os milhares de fiéis que aguardavam ansiosamente na Praça de São Pedro viram finalmente o fumo branco da chaminé da Capela Sistina, que anunciava a eleição de um novo Papa.

"Habemus Papam" foi a expressão que mais se ouviu entre os milhares de pessoas que na Praça de S. Pedro aguardavam pelo fumo na chaminé do Vaticano, numa altura em que o sino da Basílica de São Pedro também soava a assinalar a eleição de Bergoglio.“Vós sabeis que o dever do Conclave era dar um Bispo a Roma. Parece que os meus irmãos Cardeais o foram buscar quase ao fim do mundo. Eis-me aqui!”.

O nomeado papa Francisco, nome que o próprio escolheu, dirigiu-se pela primeira vez à varanda da Basílica de São Pedro para saudar a multidão, vestindo apenas a batina papal branca.

No primeiro discurso, Francisco deu início a um novo caminho "de Bispo e povo", "um caminho de fraternidade, de amor, de confiança" e apelou, desde o primeiro dia, à "fraternidade" no mundo.
Papa Francisco em Portugal

Durante o seu pontificado, Francisco visitou Portugal em duas ocasiões: em maio de 2017 para as celebrações do Centenário das Aparições de Fátima - tendo estado no Santuário de Fátima, onde canonizou os pastorinhos Jacinta e Francisco Marto; e na Jornada Mundial da Juventude em 2023, em Lisboa, visitando também novamente Fátima.

Na segunda visita de Francisco a Portugal, que durou cerca de cinco dias, o Papa teve vários encontros com os milhares de jovens peregrinos que vieram a Portugal, assim como com líderes políticos e religiosos, deixando, uma vez mais, uma mensagem central de esperança, união e fraternidade.

"Estou feliz por estar em Lisboa, cidade do encontro que abraça vários povos e culturas e que, nestes dias, se mostra ainda mais universal: torna-se, de certo modo, a capital do mundo", declarou à chegada Francisco, invocando uma canção popularizada por Amália Rodrigues para fazer seu, "com muito gosto, aquilo que os portugueses costumam cantar: 'Lisboa tem cheiro de flores e de mar'".

"Do oceano, Lisboa conserva o abraço e o perfume. [...] Lisboa, cidade do oceano, lembra a importância do conjunto, a importância de conhecer as fronteiras não como limites que separam, mas como zonas de contacto", destacou, na altura, líder da Igreja Católica. "Parece que as injustiças planetárias, as guerras, as crises climáticas e migratórias correm mais rapidamente do que a capacidade e, muitas vezes, a vontade de enfrentar em conjunto tais desafios. [Mas] Lisboa pode sugerir uma mudança de ritmo".


Ainda aproveitando a passagem pela capital portuguesa, com o Atlântico no horizonte, Francisco fez questão de lembrar a situação dos muitos migrantes que tentam chegar a território europeu e ainda a guerra na Ucrânia, apelando ao "grande afeto" que tinha pela Europa, ao "espírito de diálogo que a caracteriza" e questionando "por onde navega" o Ocidente, que rota segue para acabar com os conflitos.

No âmbito da JMJ, em agosto de 2023, Francisco presidiu a celebrações no Parque Eduardo VII e no Parque Tejo, visitou bairros da capital portuguesa e reuniu com vítimas de abusos na Igreja.

Uma das mensagens mais marcantes de Francisco nesta visita, e que mais ia ao encontro do legado que pretendia deixar, foi a de uma Igreja para todos, na qual apelava à igualdade e à fraternidade.

"Na Igreja ninguém está a mais, há espaço para todos (...). E Jesus disse isso claramente quando chamou os discípulos para o banquete de um senhor que o tinha preparado e disse tragam todos: jovens e velhos, doentes e sãos, justos e pecadores. Todos, todos, todos. Na Igreja há lugar para todos".Por altura da visita de Francisco, a Igreja em Portugal estava no rescaldo do escândalo dos abusos sexuais. Num discurso no Mosteiro dos Jerónimos, na altura, o Papa desafiou a Igreja em Portugal a ser "porto seguro, a "acolher e escutar as vítimas" e alertou para o "clericalismo que nos arruína".

O Sumo Pontífice condenou sempre os relatos de abusos sexuais, sobretudo na Igreja, pedindo que os suspeitos fossem responsabilizados e apelando à "tolerância zero".
Papa de causas sociais, da Justiça e pela ecologia

O pontificado de Francisco caracterizou-se, essencialmente, pelas suas mensagens com sentido à misericórdia, à inclusão e à reforma da Igreja e de como o mundo vê a Igreja. Enfrenta desafios internos e externos, especialmente pela resistência de alas mais tradicionais da Igreja, mas deixa um legado marcado pelo esforço em aproximar a Igreja do mundo moderno e dos mais necessitados.

Nos 12 anos como chefe da Igreja Católica, Francisco implementou reformas na Cúria Romana, visando maior transparência financeira e o combate à corrupção dentro do Vaticano. Além de criar o Dicastério para o Serviço do Desenvolvimento Humano Integral, reforçando a atuação social da Igreja.

Nunca esquecendo o foco em temas como a Justiça Social e a Ecologia, publicou a encíclica "Laudato Si'", na qual defendia a proteção do meio ambiente, denunciando os efeitos do consumismo global e das alterações climáticas. Francisco sempre enfatizou a necessidade de uma economia mais justa e criticou o capitalismo desenfreado e as desigualdades sociais.

O papa Francisco também ficou conhecido pela tentativa de abertura ao diálogo e à inclusão, tendo promovido uma postura mais aberta sobre temas polémicos na Igreja mais conservadora, como o acolhimento a divorciados, de pessoas LGBTQ+ e pessoas em situação de marginalização.

Além disso, tentou aproximar e fortalecer o diálogo inter-religioso, encontrando-se com líderes islâmicos, judeus e cristãos ortodoxos para promover a paz.

Enquanto chefe de Estado do Vaticano, condenou sempre guerras e conflitos, como a invasão da Ucrânia pela Rússia ou os ataques na Faixa de Gaza, nos combates entre Israel e o Hamas.

Francisco defendia ainda o acolhimento de refugiados e migrantes, deixando apelos aos países desenvolvidos para que fossem mais solidários.

Incentivou ainda uma liturgia mais acessível e menos rígida, sem romper totalmente com a tradição e acabou por enfrentar resistência de setores mais conservadores da Igreja, que o consideraram progressista demais.
Quem foi Bergoglio?

Jorge Mario Bergoglio nasceu em Buenos Aires, mas era neto de imigrantes italianos, que chegaram à Argentina em 1927, acompanhados dos seis filhos. Mario José Bergoglio, pai do Papa Francisco, era ferroviário e Regina Maria Sivoni, a mãe, era dona de casa.

Criado numa família católica, Jorge cresceu com grande influência da avó paterna que era presença constante na sua infância. E aos 15 anos, identificando-se cada vez mais com a fé católica, foi designado pelo professor de religião a preparar para a cerimónia de primeira comunhão dos colegas que ainda não tinham recebido o sacramento.

Apesar de ter tido uma juventude considerada normal, pertencendo a grupos de amigos e participando em convívios de jovens e em várias festas como qualquer adolescente, aos 17 anos já começava a mostrar vontade de seguir a carreira religiosa. Mas não foi um caminho direto.

Após o Ensino Secundário, entrou no Ensino Superior e, em 1957, formou-se em Química. Assim que concluiu o curso, aos 21 anos, decidiu entrar no seminário da Companhia de Jesus e formou-se na área da Filosofia.

Uns anos mais tarde, deu aulas nos colégios da Companhia de Jesus em Santa Fé e em Buenos Aires, época em que desenvolveu uma doença respiratória e teve de ser submetido a uma cirurgia para retirar parte de um pulmão.
Percurso antes do Vaticano
Apesar dos contratempos devido ao seu estado de saúde, Bergoglio manteve-se sempre ativo e continuando sempre a desenvolver as suas habilitações. A 13 de dezembro de 1969, Jorge Mario Bergoglio foi ordenado sacerdote e, no ano seguinte, graduou-se em Teologia na Faculdade de Filosofia e Teologia de São Miguel, continuando a lecionar em paralelo.

Em plena época ditadura militar na Argentina, nos anos de 1970, foi eleito responsável pela ordem jesuíta no país. Em 1986 foi para a Alemanha, onde finalizou a tese de doutoramento e em 1992, de regresso à Argentina, foi designado bispo auxiliar de Buenos Aires.

Apenas seis anos depois, em 1998, chegou a arcebispo primaz da Argentina, tendo dado início ao seu reconhecido trabalho pastoral dedicado às classes pobres e denunciando as injustiças económicas e sociais do país. As constantes visitas às comunidades pobres de Buenos Aires foram uma das muitas marcas que deixou enquanto esteve à frente da diocese, começando desde logo a demonstrar o seu reconhecido traço de humildade.

É ainda no papado de João Paulo II, a 21 de fevereiro de 2001, que é concedido a Bergoglio o título de cardeal. No conclave de 2005, o argentino foi o segundo mais votado entre os cardeais, atrás apenas do alemão Joseph Ratzinger que assumiu o papado como Bento XVI.
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