Mundo condena atentado à vida de Trump. Kremlin lança farpas a Washington

por RTP
Condenação unânime do mundo ao atentado à vida de Trump Reuters

Várias personalidades condenaram já o ataque de que o candidato republicano foi alvo, incluindo o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, o presidente do México e Elon Musk.

Guterres "condena de forma inequívoca este ato de violência política", afirmou, em comunicado, o porta-voz do secretário-geral das Nações Unidas Stéphane Dujarric.

Além disso, envia a Trump "votos de rápidas melhoras", continuou o porta-voz.

O secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, declarou-se "chocado" com o ataque a Donald Trump e afirmou que a "violência política não tem qualquer lugar nas nossas democracias". "Os aliados da NATO mantêm-se unidos para defender a nossa liberdade e os nossos valores", acrescentou Stoltenberg numa publicação na rede X.

Por sua vez, também na sua conta da rede social X, o multimilionário Elon Musk colocou um vídeo do momento em que Donald Trump foi rodeado por seguranças, em cima do palco onde estava a discursar, conseguindo ver-se sangue a escorrer de um dos ouvidos.

Musk escreveu: "Apoio plenamente o presidente Trump e espero a sua rápida recuperação". Quinze minutos depois colocou uma nova foto, do mesmo evento, na qual é possível ver-se Donald Trump de punho erguido e a sangrar na face, e escreveu que "a última vez que a América teve um candidato assim forte foi com Theodore Roosevelt".
Kremlin lança farpas
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, considerou que o atentado reflete o clima de ameaça à democracia que ocorre em todo o mundo. Considerou ainda que se tratou de um crime hediondo.

O presidente chinês, Xi Jinping, exprimiu domingo "a sua compaixão e simpatia" a Donald Trump.

"A China segue com atenção a situação relativa ao tiroteio do qual foi vítima o ex-presidente Donald Trump", indicou em comunicado o porta-voz do ministério chinês dos Negócios Estrangeiros.

Moscovo preferiu lançar farpas à Administração norte-americana, apelando Washington a realizar "o inventário das suas políticas de incitação ao ódio" contra "os opositores políticos, os países e os povos", num aproveitamento da tentativa de assassinato de Trump para denunciar o apoio dos EUA a Kiev.

Já um dos aliados mais antigos do Kremlin, o presidente do Azerbaijão, Ilham Aliev, afinou pelo diapasão geral e condenou "firmemente este ato de violência política".

O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, condenou também "firmemente" a "tentativa de assassinato contra o 45º presidente e candidato à presidência dos Estados Unidos".

Já o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, escreveu que ele e a sua esposa Sara estavam "chocados" pelo atentado contra Trump. "rezamos pelal sua segurança e rápido restabelecimento", acrescentou.

O presidente de Israel, Isaac Herzog, enviou uma mensagem de apoio e "condenou absoluta e categoricamente a tentativa de acabar" com a vida do ex-presidente norte-americano.
Preocupação na Ásia
A reação japonesa veio do primeiro-ministro, Fumio Kishida, que apelou o mundo a "manter-se firme face a todas as formas de violência que desafiam a democracia", com o seu homólogo indiano, Narendra Modi, a mostrar-se "muito inquieto" com o atentado, que condenou com firmeza.

Também o primeiro-ministro australiano, Anthony Albanese, considerou o ataque "preocupante" e, como os anteriores, sublinhou que "no processo democrático não há lugar à violência". A vizinha Nova Zelândia ecoou as palavras. "Nenhum país deveria enfrentar tal violência política", considerou o primeiro-ministro Chris Luxon.

O presidente de Taiwan, Lai Ching-te, próximo de Washington, deixou "sinceras condolências" às vítimas, repetindo que "a violência política sob todas as suas formas" nunca é aceitável em democracia.

O presidente filipino, Ferdinand Marcos, juntou a sua voz ao sentimento geral. "Com todos os povos apaixonados pela democracia de todo o mundo, condenamos todas as formas de violência política". "A voz do povo deve ser sempre suprema", acrescentou.
Américas contra a violência
Já o presidente do México, Andrés Manuel López Obrador, condenou nas suas redes sociais o ataque sofrido pelo candidato republicano norte-americano, Donald Trump, alegando que "a violência é irracional e desumana".

No mesmo sentido, a presidente eleita Claudia Sheinbaum concordou com López Obrador, que citou a mensagem do presidente e acrescentou que "a violência não leva a lugar nenhum".

A presidente das Honduras, Xiomara Castro, manifestou a sua solidariedade para com o pré-candidato republicano e antigo Presidente dos EUA, defendendo que "a violência gera mais violência".

"Lamento o que está a acontecer no processo eleitoral nos Estados Unidos. A minha solidariedade com Donald Trump", sublinhou a presidente hondurenha numa mensagem nas suas redes sociais.

A solidariedade para com Trump chegou também do Brasil, da parte do ex-presidente Jair Bolsonaro, que define Donald Trump como "o maior líder mundial do momento".

"Esperamos a sua rápida recuperação", disse o capitão na reserva do exército brasileiro numa publicação nas suas redes sociais, poucos minutos depois do aparente ataque armado no comício de Trump.

Bolsonaro, que foi esfaqueado num comício político pouco antes das eleições presidenciais que venceu em 2018 e que durante o seu mandato (2019-2022) sempre manifestou a sua admiração pelo líder norte-americano, disse que espera "vê-lo na tomada de posse" novamente como presidente dos EUA.
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