A América Latina comemorou o Dia Global de Ação pelo Aborto Seguro e Legal com vários eventos a ocorrerem no meio de um longo caminho de batalhas que estão a decorrer nos tribunais, em organismos governamentais e também nas ruas.
Por outro lado, na Colômbia, Chile, Brasil, Equador, Paraguai, Venezuela, República Dominicana, Guatemala, Bolívia e Peru, o aborto é ilegal, exceto em três casos: violação, deformação fetal ou risco para a vida da mãe.
No Haiti, Nicarágua, El Salvador e Honduras, a interrupção da gravidez é totalmente ilegal, o que implica penas de prisão para a mulher que se submete ao procedimento e para o pessoal que o executa.
Marchas multiplicaram-se
A Cidade do México e os estados de Oaxaca, Hidalgo e Veracruz são os únicos territórios mexicanos onde o aborto é completamente legal, mas as mulheres que se manifestaram nesta data estão a defender melhores condições sanitárias e legais, não só nestas quatro regiões, mas em todo o país.
As associações feministas mobilizaram-se no centro da Cidade do México, com um grupo a desviar-se da rota original para fazer uma paragem no Anjo da Independência, onde pintaram "graffiti" e tentaram derrubar cercas de metal que protegem o monumento.
Membros de grupos feministas derrubaram parte das vedações que o governo instalou em frente ao Palácio Nacional do México, a residência presidencial, para proteger o edifício dos protestos.
Em resposta, as forças de segurança da capital mexicana lançaram gás lacrimogéneo.
Milhares de mulheres chegaram à praça central do Zócalo, onde primeiro tentaram derrubar as vedações em frente à catedral, e depois foram derrubar as que se encontravam defronte ao palácio.
Durante a passagem pelo centro da Cidade do México, algumas manifestantes destruíram mobiliário urbano e agrediram agentes da polícia.
Em resposta, as forças de segurança da capital mexicana lançaram gás lacrimogéneo.
Milhares de mulheres chegaram à praça central do Zócalo, onde primeiro tentaram derrubar as vedações em frente à catedral, e depois foram derrubar as que se encontravam defronte ao palácio.
Durante a passagem pelo centro da Cidade do México, algumas manifestantes destruíram mobiliário urbano e agrediram agentes da polícia.
Num passeio pelas ruas de Santa Cruz de la Sierra, cidade mais populosa da Bolívia, as manifestantes exigiram a realização de abortos livres e seguros, ou pelo menos que as autoridades envolvidas respeitassem os motivos de interrupção da gravidez previstos por lei.
As organizações feministas na Venezuela aproveitaram a comemoração do Dia Global de Ação pelo Aborto Seguro e Legal para apelar aos ramos legislativo e judicial venezuelano para que façam mudanças que descriminalizem o aborto.
"A criminalização do aborto viola os direitos humanos das mulheres, jovens e adolescentes à integridade pessoal, à saúde, ao livre desenvolvimento da sua personalidade, ao direito de não serem sujeitas a tortura, tratamentos cruéis, desumanos ou degradantes, de viverem uma vida livre de violência", disse Laura Cano, organizadora da chamada Rota Verde.