"Muito injusto". Donald Trump insiste na inocência

por Cristina Santos - RTP
Donald Trump no tribunal. Reuters

O antigo presidente dos Estados Unidos voltou a falar aos jornalistas, esta tarde de sexta-feira, para dizer que foi vítima de um processo injusto. Trump foi condenado por 34 crimes no âmbito do caso conhecido como Stormy Daniels.

Trump repete que não fez nada de mal e acusa o juiz de estar ao serviço do presidente Joe Biden e assegura que o veredito é ilegítimo e teve motivações politicas. "Não é comprar o silêncio. É um acordo de sigilo, totalmente legal, totalmente comum", defende.

O ex-presidente foi considerado culpado, na quinta-feira, de ter falsificado registos para esconder a compra do silêncio de uma estrela pornografica. Esta sexta-feira, durante cerca de 30 minutos, na Trump Tower, ele acusou Biden e o "seu gangue" de serem "doentes" e "fascistas" e de estarem por trás de decisões judiciais contra ele. O juiz também não escapou à narrativa de Trump que o apelida de ser "um tirano".
"Vocês viram o que aconteceu com algumas das testemunhas que estavam do nosso lado. Foram literalmente crucificadas por este homem que parece um anjo, mas é realmente um demónio" disse Trump.




Quanto aos procedimentos do julgamento fez declarações falsas e deturpadas sobre o que aconteceu dentro do tribunal. Para os apoiantes, que ergueram uma faixa em que se lia “TRUMP OU MORTE”, o ex-presidente afirmou que "se eles podem fazer isto comigo, podem fazer isto com qualquer um". Após as declarações do candidato republicano à Casa Branca, Joe Biden escreveu na rede social X que Trump "ameaça a democracia" e "lança dúvidas sobre o nosso sistema de justiça".



Para além de Biden no X, também um porta-voz da campanha demorata criticou a declaração de Trump em comunicado. "Quem assistiu (ao discurso na televisão) tira uma conclusão óbvia: este homem não pode ser Presidente dos Estados Unidos. Desequilibrado pela derrota nas eleições de 2020 e pela espiral das suas condenações criminais, Trump é consumido pela sua própria sede de vingança", escreve Michael Tyler.

É a primeira vez que um antigo Presidente dos Estados Unidos é considerado culpado por um delito penal. A sentença vai ser conhecida no dia 11 de julho, quatro dias antes da convenção do Partido Republicano que deverá escolher Trump como candidato contra Biden.

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