MPLA condena ataques de Cabo Delgado e manifesta solidariedade a Moçambique

por Lusa

O Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA) condenou hoje os ataques terroristas em Cabo Delgado e manifestou solidariedade com o povo moçambicano, após a quinta sessão ordinária do Comité Central do partido, em Luanda.

"O Comité Central condenou os atos de terrorismo contra as populações indefesas de Cabo Delgado, expressando a sua solidariedade ao povo irmão de Moçambique", revelou o MPLA em comunicado.

A violência desencadeada há mais de três anos na província de Cabo Delgado ganhou uma nova escalada há cerca de duas semanas, quando grupos armados ligados ao movimento terrorista Estado Islâmico atacaram pela primeira vez a vila de Palma.

Os ataques provocaram dezenas de mortos e obrigaram à fuga de milhares de residentes de Palma, agravando uma crise humanitária que atinge cerca de 700 mil pessoas na província, desde o início do conflito, de acordo com dados das Nações Unidas.

Além da solidariedade para com o povo moçambicano, o Comité Central do MPLA foi informado da "cessação do mandato" de Joana Lina Cândido do cargo de Primeira Secretária Provincial do partido em Luanda.

O membro do Comité Central, Bento Joaquim Bento, foi nomeado pelo MPLA para o cargo deixado em aberto pela ex-governdora da província e será candidato ao mesmo na eleição que decorrerá ainda este mês, durante uma Conferência Provincial Extraordinária do MPLA, em Luanda.

O Comité Central do MPLA considerou ainda que o setor da agricultura no país "demonstra uma evolução positiva" do volume de produção, cuja contribuição para o Produto Interno Bruto (PIB) "mantém a tendência de crescimento dos últimos anos".

Além disso, "encorajou" o presidente de Angola, João Lourenço, eleito pelo próprio MPLA a "prosseguir com determinação o combate contra a corrupção e a impunidade".

Por fim, congratulou as suas "medidas oportunas" de combate à covid-19 que "evitaram o colapso do Sistema Nacional de Saúde".

O país regista 543 mortes e 22.717 casos de infeção por covid-19, segundo dados oficiais divulgados hoje pelo Centro de Controlo e Prevenção de Doenças da União Africana (África CDC).

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