O Secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, Mourinho Félix, confrontou Dijsselbloem antes do início da reunião do Eurogrupo, sobre as suas polémicas declarações.
À entrada da reunião, Dijsselbloem tinha já recusado perante os jornalistas apresentar um pedido de demissão, tendo reafirmado que pretende cumprir o seu mandato até ao fim.
Jeroen Dijsselbloem tem sido fortemente criticado, nomeadamente pelo Governo português, que tem defendido o seu afastamento do cargo.
O ministro das Finanças espanhol, Luís de Guindos, também mostrou o seu desagrado, dizendo aos jornalistas que as declarações foram "desadequadas, em termos de conteúdo e forma", e que está à espera "de uma explicação".
Em causa está a entrevista ao jornal alemão Frankfurter Algemeine Zeitung, onde Dijsselbloem afirmou em relação aos países do sul da Europa, que "não se pode gastar todo o dinheiro em copos e mulheres e depois pedir ajuda".
Além das frases inquietantes sobre os países do sul, o presidente do Eurogrupo continua sob fortes críticas, depois de não se ter disponibilizado a participar, esta semana, num debate no hemiciclo de Estrasburgo sobre o programa de assistência à Grécia.
O presidente do Parlamento, Antonio Tajani, anunciou que iria enviar uma carta formal de protesto a Dijsselbloem.