A Rússia disse hoje que descolou um avião de combate para intercetar dois bombardeiros norte-americanos sobre o Mar Báltico, que, segundo Moscovo, estavam a aproximar-se da fronteira russa.
"Após a retirada de aviões de guerra estrangeiros da fronteira russa, o caça voltou ao seu aeródromo original" sem incidentes, disse o Ministério da Defesa da Rússia no Telegram.
Segundo o Ministério, as duas aeronaves em questão eram bombardeiros estratégicos B-1B da Força Aérea dos Estados Unidos, que "se aproximaram da fronteira russa", e foi enviado um caça Su-27 para os intercetar.
O espaço aéreo russo não foi violado, segundo o Ministério.
"O voo do avião de combate russo ocorreu em estrita conformidade com as regras do espaço aéreo internacional", disse ainda o ministério russo.
Os incidentes envolvendo aviões russos e aeronaves de países da NATO multiplicaram-se nos últimos anos, antes mesmo do início do conflito na Ucrânia.
Na semana passada, um incidente semelhante sobre o Mar Báltico envolveu um caça russo e dois aviões militares franceses e alemães.
No início de maio, tratava-se de um avião polaco de guarda de fronteira operando no Mar Negro em representação da agência europeia de fronteiras externas Frontex, que, segundo Varsóvia, estava em perigo devido à aproximação de um caça russo.
Um mês antes, caças russos intercetaram sobre o Mar Negro um "drone" American Reaper MQ-9, que após as suas manobras caiu nas águas, o que causou um momento de tensão acrescida entre Washington e Moscovo.
A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro de 2022 pela Rússia na Ucrânia causou até agora a fuga de mais de 14,7 milhões de pessoas - 6,5 milhões de deslocados internos e mais de 8,2 milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).