Um ataque aéreo israelita em Gaza matou hoje o chefe do braço armado da Jihad Islâmica e um colono judeu foi morto a tiro por palestinianos perto de Nablus, norte da Cisjordânia, segundo diferentes fontes médicas.
Khaled Al-Dahduh (Abu Al-Walid), chefe das Brigadas Al-Quds (nome árabe de Jerusalém) na Faixa de Gaza e na Cisjordânia, morreu no ataque contra o veículo em que circulava, que, segundo testemunhas, foi atingido em cheio por um foguete disparado por um avião não pilotado israelita.
O exército israelita ainda não comentou o ataque, mas um responsável da ala militar da Jihad Islâmica, Abu Ahmad, confirmou a morte de Al-Dahduh e ameaçou vingança com ataques a Israel.
"A resposta a este ataque terá lugar no coração da entidade sionista", afirmou o responsável do movimento radical palestiniano.
Ao contrário do movimento de resistência islâmica Hamas, vencedor das eleições legislativas palestinianas de 25 de Janeiro, a Jihad Islâmica não cumpriu o cessar-fogo estipulado há um ano e reivindicou os últimos sete atentados suicidas anti-israelitas.
Outro ataque foi levado a cabo por palestinianos num colonato judeu perto de Nablus, na Cisjordânia, e um israelita foi atingido a tiro na cabeça, acabando por morrer, segundo fontes médicas.
Um porta-voz do exército israelita precisou que a vítima trabalhava numa estação se serviço perto da entrada do colonato de Migdalim e foi atacada por dois palestinianos que dispararam de um carro.
Este ataque foi reivindicado pelas Brigadas dos Mártires de Al- Aqsa, um grupo armado ligado ao Fatah, movimento do Presidente da Autoridade Nacional Palestiniana, Mahmud Abbas.
"Esta operação foi uma represália ao assassínio, na semana passada, de três membros da nossa organização pelo exército israelita, em Balata", um campo de refugiados palestinianos perto de Nablus, de acordo com um membro do grupo.
Estas mortes elevam a 4.970 o número de vítimas, na maioria palestinianas, desde o início da Intifafa em Setembro de 2000, de acordo com um balanço da agência noticiosa francesa AFP.