Morte de Frederik de Klerk. A conversão do último presidente branco da África do Sul

por RTP

O homem que mandou libertar Nelson Mandela e assume ter sido por este convertido como ser humano vai ser sepultado no próximo dia 21 em cerimónia privada, após ter morrido vítima de cancro aos 85 anos.

O último presidente branco da África do Sul, Frederik de Klerk, foi acusado de traição por grande parte da liderança e dos eleitores do partido então no poder (National Party, NP) e que criara o sistema do apartheid em 1948 e de toda a ala conservadora do parlamento sul-africano ao anunciar a libertação de Manderla quando este cumpria pena de prisão perpétua por ter lançado a luta armada contra o sistema de segregação racial na África do Sul.

Em entrevista exclusiva ao jornalista da RTP António Mateus, que acompanhou durante dez anos no terreno todo o processo de erradicação do apartheid, de negociações do fim do aparheid, a eleição de Mandela como primeiro presidente não-branco da África do Sul e todo o mandato deste como chefe de Estado, Frederik de Klerk, expôs-se como ser humano, de uma forma rara num homem que sempre resguardou o seu lado privado.
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