A autópsia ao corpo do financeiro Jeffrey Epstein concluiu oficialmente que a sua morte numa cela prisional em Nova Iorque de deveu a suicídio por enforcamento.
Epstein usou um lençol, retirado da cama de cima do beliche da cela onde se encontrava sozinho e sem vigilância, apesar de uma anterior tentativa de suicídio, a 23 de julho. Na altura foi descoberto com nódoas negras no pescoço e colocado sob vigilância por suicídio.
O multimilionário aguardava julgamento por tráfico e abuso sexual de raparigas menores ao longo de dezenas de anos. O corpo foi encontrado sábado passado, quando os guardas prisionais faziam as suas rondas da manhã.
Tinha vários ossos do pescoço esmagados, consistentes tanto com enforcamento como com estrangulamento.
A morte de Epstein, amigo de Presidentes norte-americanos, como Bill Clinton e Donald Trump, levou a uma multiplicação de teorias da conspiração, com a maioria do público a expressar indignação pela sua morte, e incredulidade quanto ao facto de um detido de elevado perfil mediático, como ele, ter sido deixado sozinho e sem vigilância na cela de uma prisão federal.
Múltiplas fontes afirmaram que Epstein tinha sido retirado da vigilância após cerca de uma semana e encarcerado de novo numa cela de alta segurança, onde era menos vigiado apesar de estarem previstos controlos a cada 30 minutos.
O procurador-geral dos Estados Unidos, William Barr, afirmou que foram detetadas "irregularidades graves" na prisão, após a morte de Epstein.
Tanto o seu suicídio como as condições de detenção no Centro de
Correcional de Nova Iorque estão sob investigação, judicial e do FBI.