A Renamo afirmou esta sexta-feira que vai prosseguir com os esforços de busca da paz no país. O principal partido da oposição de Moçambique diz que essa é a forma de respeitar o legado deixado pelo seu líder, Afonso Dhlakama, que morreu na quinta-feira.
Domingos Gundana assegurou que os membros da Renamo estão comprometidos com a manutenção da paz e vão empenhar-se em concluir com sucesso o processo negocial com o Governo.
"Estamos em paz neste momento, se alguém ainda pensa em guerra, está fora do rumo, nenhum membro da Renamo está a pensar no passado", acrescentou.
Os membros e simpatizantes da Renamo, prosseguiu, saberão honrar o legado de paz que Afonso Dhlakama deixou.
Domingos Gundana adiantou que a Comissão Política da Renamo poderá reunir-se hoje na cidade da Beira para discutir a sequência das exéquias fúnebres de Afonso Dhlakama e os passos necessários para a normalização da situação do partido após a morte do seu líder.
Renamo afasta risco de tensões
O chefe nacional adjunto para a Mobilização da Renamo afastou o risco de tensões entre a ala política e o braço armado do partido, realçando o princípio da unicidade.
"A Renamo foi sempre una, teve sempre um líder e nunca houve divisões", enfatizou Domingos Gundana.
O líder da Renamo, Afonso Dhlakama, morreu na quinta-feira aos 65 anos, na Serra da Gorongosa, devido a complicações de saúde.
O Presidente de Moçambique, Filipe Nyusi, referiu à Televisão de Moçambique (TVM) que foram feitas tentativas para o transferir por via aérea para receber assistência médica no estrangeiro, mas sem sucesso.
Fontes partidárias contaram à Lusa que o presidente do principal partido da oposição moçambicana faleceu quando um helicóptero já tinha aterrado nas imediações da residência, na Gorongosa.
O seu corpo encontra-se desde a madrugada na morgue do Hospital Central da cidade da Beira.