Morte de criança eleva para três número de vítimas mortais no atropelamento de 6.ª feira em Jerusalém

por Lusa

Um menino de oito anos, gravemente ferido na sexta-feira após um condutor ter atropelado várias pessoas numa paragem de autocarros em Jerusalém Oriental, sucumbiu aos ferimentos, anunciou hoje fonte hospitalar.

"Durante o Shabat (o descanso semanal judaico), Asher Menahem Paley, de oito anos, que ficou gravemente ferido no ataque de Ramot, morreu", disse o Hospital Shaare Tzedek em comunicado.

Em consequência do atropelamento, duas pessoas, incluindo uma criança de seis anos, morreram e cinco ficaram feridas, tendo um agente de segurança abatido o condutor da viatura.

O atropelamento, que está a ser investigado como um possível ataque, ocorreu numa paragem de autocarros em Ramot, num colonato judaico no leste de Jerusalém.

As tensões aumentaram na metade oriental de Jerusalém após um ataque a tiro realizado por palestinianos em 27 de janeiro, que matou sete pessoas, o atentado mais mortífero na cidade em mais de uma década.

O serviço de emergência israelita identificou os dois mortos como um rapaz de seis anos e um jovem de 20 anos.

Israel reivindica a posse de toda a Jerusalém, incluindo os bairros capturados na Guerra dos Seis Dias (1967), como sua capital indivisa. Por sua vez, os palestinianos reivindicam Jerusalém Oriental, incluindo o Monte do Templo e a Cidade Velha, como a capital de um futuro Estado seu.

As hostilidades aumentaram no leste de Jerusalém e na Cisjordânia desde que Israel intensificou os ataques no território ocupado na primavera passada, após uma série de ataques palestinianos dentro do território israelita.

Quase 150 palestinianos foram mortos na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental em 2022, tornando-se o ano mais mortal nesses territórios desde 2004, de acordo com o principal grupo de direitos humanos israelita B`Tselem.

No ano passado, 30 pessoas foram mortas em ataques palestinianos contra israelitas.

No ano em curso, 43 palestinianos já foram mortos, de acordo com um levantamento realizado pela agência de notícias Associated Press (AP).

O novo Governo israelita formado por partidos de direita e extrema-direita, liderado por Benjamin Netanyahu, acusou o Governo anterior de inação diante de uma vaga mortal de ataques palestinianos no ano passado, levantando questões sobre a sua postura em relação aos palestinianos neste momento de tensão elevada.

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