Morreu este domingo Jimmy Carter, antigo presidente dos Estados Unidos e vencedor do prémio Nobel da Paz. Tinha 100 anos. Retirado de toda a vida pública, Jimmy Carter recebia cuidados paliativos na sua casa em Plains, estado da Georgia, desde fevereiro de 2023.
"O meu pai foi um herói, não só para mim mas para todos os que acreditam na paz, nos Direitos Humanos e no amor altruísta", disse Chip Carter, filho do antigo presidente.
"Os meus irmãos, a minha irmã e eu partilhámo-lo com o resto do mundo através destas crenças comuns. O mundo é a nossa família devido à forma como ele uniu as pessoas, e agradecemos-vos por honrarem a sua memória continuando a viver estas crenças comuns".
Eleito para a Casa Branca em 1976, vencendo o então presidente Gerald Ford por uma margem de votos tangencial e numa América ainda marcada pelo escândalo "Watergate" que forçou o Presidente Richard Nixon a demitir-se, Carter assumiu o cargo de 39.º presidente dos Estados Unidos durante quatro anos. Carter, um homem que falava frequentemente da sua fé cristã, era o mais velho presidente norte-americano ainda vivo.
O seu único mandato foi marcado por importantes acontecimentos no plano internacional. Em 1977, Carter assinou o tratado que assegurou aos Estados Unidos o controlo do Canal do Panamá até 1999.
É considerado o artífice dos Acordos de Camp David que em março de 1979 conduziram à assinatura do tratado de paz israelo-palestiniano e foi durante a sua liderança que ocorreu a crise da tomada de reféns norte-americanos no Irão em 1979-1980, situação que lhe valeu fortes críticas internas.
Carter acabaria por perder a disputa com Ronald Reagan, um antigo ator de Hollywood e senador republicano, quando se candidatou à reeleição.
Após abandonar a Casa Branca, Jimmy Carter fundou o Carter Center em 1982, para promover o desenvolvimento, a saúde e a resolução de conflitos no mundo.
Natural da Georgia, estado que o viu tornar-se governador, Jimmy Carter era caracterizado como um "viajante incansável" que podia ser encontrado em todo o lado: do México ao Peru, passando pela Nicarágua e até Timor-Leste.
Em 2002 recebeu o Prémio Nobel da Paz, designadamente "pelas décadas de esforços infatigáveis com o objetivo de encontrar soluções pacíficas aos conflitos internacionais".
"Jimmy Carter não ficará provavelmente na história americana como o presidente mais eficaz, mas é certamente o melhor ex-presidente que o país jamais teve", declarou em dezembro de 2002 o presidente do Comité Nobel, Gunnar Berge, durante a cerimónia solene de entrega do galardão.
É considerado o artífice dos Acordos de Camp David que em março de 1979 conduziram à assinatura do tratado de paz israelo-palestiniano e foi durante a sua liderança que ocorreu a crise da tomada de reféns norte-americanos no Irão em 1979-1980, situação que lhe valeu fortes críticas internas.
Carter acabaria por perder a disputa com Ronald Reagan, um antigo ator de Hollywood e senador republicano, quando se candidatou à reeleição.
Após abandonar a Casa Branca, Jimmy Carter fundou o Carter Center em 1982, para promover o desenvolvimento, a saúde e a resolução de conflitos no mundo.
Natural da Georgia, estado que o viu tornar-se governador, Jimmy Carter era caracterizado como um "viajante incansável" que podia ser encontrado em todo o lado: do México ao Peru, passando pela Nicarágua e até Timor-Leste.
Em 2002 recebeu o Prémio Nobel da Paz, designadamente "pelas décadas de esforços infatigáveis com o objetivo de encontrar soluções pacíficas aos conflitos internacionais".
"Jimmy Carter não ficará provavelmente na história americana como o presidente mais eficaz, mas é certamente o melhor ex-presidente que o país jamais teve", declarou em dezembro de 2002 o presidente do Comité Nobel, Gunnar Berge, durante a cerimónia solene de entrega do galardão.
Montenegro lamenta morte de "referência moral global"
Em 2019, e confrontado com uma série de problemas de saúde e várias hospitalizações, tornou-se no primeiro presidente norte-americano da história a atingir os 95 anos.
A ligação entre Jimmy Carter e o atual presidente norte-americano, Joe Biden, percorre várias décadas. Em 1976, Biden, então um jovem senador de Delaware, foi um dos primeiros representantes a apoiar Carter na sua corrida presidencial.
A ligação entre Jimmy Carter e o atual presidente norte-americano, Joe Biden, percorre várias décadas. Em 1976, Biden, então um jovem senador de Delaware, foi um dos primeiros representantes a apoiar Carter na sua corrida presidencial.
O primeiro-ministro português manifestou este domingo pesar pela morte do ex-presidente Jimmy Carter.
"É e será uma referência moral global da democracia e dos direitos humanos. Apresento condolências à família, ao Presidente dos Estados Unidos da América e ao povo americano", escreveu Luís Montenegro na rede social X.
c/ Lusa