Luís Cabral faleceu, ontem em Lisboa, devido a doença prolongada. Foi um dos fundadores do Partido Africano da Independência da Guiné-Bissau e Cabo Verde (PAIGC) e um dos colaboradores mais próximos do meio-irmão, Amílcar Cabral, que promoveu a independência dos dois países.
Um dos seus objectivos era a unidade da Guiné-Bissau e Cabo Verde, mas este projecto nunca foi desenvolvido e definitivamente afastado quando, em 1980, Luís Cabral foi deposto num golpe de Estado liderado por Nino Vieira, assassinado em Março.
As relações de amizade e admiração que o uniam ao secretário-geral do PAIGC e presidente de Cabo Verde Aristides Pereira "esfriaram" após a deposição e Luís Cabral procurou exílio em Cuba. Luís Cabral queria regressar a Cabo Verde com a família, um propósito que contava com a oposição de Aristides Pereira.
O Presidente da República Ramalho Eanes ofereceu-lhe exílio no início de 1984. Voltou à Guiné-Bissau em 1999, para uma visita, a convite do primeiro-ministro Francisco Fadul.