O monumento norte-coreano que simboliza a esperança da unificação com a Coreia do Sul desapareceu nas imagens de satélite da capital Pyongyang, segundo o site NK News, após o líder Kim Jong Un ter ordenado a sua demolição.
Segundo o site informativo baseado nos Estados Unidos, o Monumento às Três Cartas para a Reunificação Nacional, na capital norte-coreana, não é visível na imagem de média resolução tirada esta manhã pela Planet Labs através de satélites, única forma de verificar a demolição, dado que o regime norte-coreano não permite a entrada de jornalistas independentes no país.
Na imagem tirada na sexta-feira, o monumento ainda era visível, enquanto a referente a segunda-feira não estava nítida, pelo que se desconhece quando e como o monumento, caracterizado por Kim Jong Un como uma "atentado visual", terá sido retirado.
Na sessão do passado dia 15 da Assembleia Popular Suprema, o líder norte-coreano ordenou que a constituição do país fosse reescrita para definir a Coreia do Sul como "inimigo principal", assim como a retirada de símbolos de reconciliação para "eliminar completamente conceitos como `reunificação`, `reconciliação` e `compatriotas` da história" norte-coreana.
O monumento com cerca de 30 metros de altura e mais de 61 metros de largura estava localizado acima da rua Thongil (Unificação), no sudeste de Pyongyang, a via que liga a capital a Kaesong e atravessa a Coreia do Sul.
A eliminar, segundo Kim Jong Un, há ainda um troço ferroviário transfronteiriço, mas as imagens de hoje de satélite, segundo a NK News, não mostram, de forma clara, quaisquer trabalhos em grande escala para essa retirada.
Pyongyang tem criticado violentamente o seu homólogo sul-coreano, o presidente conservador Yoon Suk Yeol, que desde que assumiu o cargo em 2022 expandiu a cooperação militar com Washington e Tóquio.
No seu discurso na assembleia, Kim reiterou que o Norte não tem intenção de iniciar uma guerra unilateralmente, mas também não tem intenções de evitá-la.
Por seu lado, Yoon Suk Yeol indicou que os comentários de Kim mostram a natureza "antinacional e anti-histórica" da administração norte-coreana, afirmando que o seu país mantém a prontidão em termos de defesa e vai punir o Norte "múltiplas vezes" se houver provocação.