Moçambique. Plataforma civil pede "menos violência" durante campanha

por Lusa

A Sala da Paz, plataforma de sociedade civil de observação eleitoral, pediu hoje "menos violência" durante a campanha eleitoral que arranca no sábado, lembrando aos atores políticos que Moçambique é um país "plural".

"É um facto que na pré-campanha houve sinais de intolerância e violência e para nós é preocupante (...). Estudos mostram que a questão de violência em períodos eleitorais em Moçambique é permanente", alertou Osman Cossing, gestor de projetos do Instituto para Democracia Multipartidária, uma das organizações membro da plataforma Sala da Paz.

Em conferência de imprensa sobre o arranque da campanha eleitoral para o escrutínio de 09 de outubro, Cossing pediu aos partidos políticos e candidatos à Presidência da República "um ambiente pacífico e cordial", promovendo "mensagens de paz e menos violência".

"Têm existido focos de violência em algumas províncias e até intolerância política. A perceção que temos é a de que tudo devem fazer para que nesta campanha eleitoral tenhamos um momento de festa democrática e não de violência", apelou Osman Cossing.

Moçambique realiza em 09 de outubro as eleições gerais, cuja campanha eleitoral arranca oficialmente no sábado, num escrutínio que inclui eleições presidenciais, legislativas, das assembleias provinciais e de governadores de província.

Mais de 17 milhões de eleitores estão inscritos para votar nas eleições gerais de 09 de outubro, incluindo 333.839 recenseados no estrangeiro, de acordo com dados da Comissão Nacional de Eleições (CNE).

Um total de 37 forças políticas concorrem nas legislativas e provinciais e, à Ponta Vermelha (residência oficial do Presidente), disputam quatro candidatos: Daniel Chapo, apoiado pela Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo, no poder); Ossufo Momade, apoiado pela Resistência Nacional Moçambicana (Renamo, principal partido de oposição); Lutero Simango, apoiado pelo Movimento Democrático de Moçambique (MDM), terceira força parlamentar; e Venâncio Mondlane, apoiado agora pelos extraparlamentares Podemos e Revolução Democrática.

PYME // JMC

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