Moçambique. Pelo menos 16 supostos terroristas mortos nas últimas 72 horas

por Lusa

O comandante-geral da polícia moçambicana anunciou hoje a morte de 16 supostos terroristas, nas últimas 72 horas, na província de Cabo Delgado, atormentada por ataques armados desde 2017.

"Hoje foram enterrados 16 terroristas que morreram por ferimentos causados pelas armas das Forças de Defesa e Segurança, além de cobras, leões e até de crocodilos", disse Bernardino Rafael.

O comandante-geral falava durante uma visita à aldeia de Nathuco, no distrito de Quissanga, em Cabo Delgado, onde os grupos armados incendiaram 12 casas no domingo.

Ninguém foi ferido no ataque, referiu o comandante, avançando que vão ser capacitadas alguns residentes para a "defesa da aldeia".

Bernardino Rafael apresentou ainda quatro pessoas que supostamente aliciavam e recrutavam jovens para integrar "as fileiras dos terroristas".

"Este é um recrutador e radicalizador. Ele enganou muitos jovens para poderem integrar as fileiras dos terroristas", disse o comandante-geral, enquanto apresentava um dos recrutadores.

A província de Cabo Delgado é rica em gás natural, mas aterrorizada desde 2017 por violência armada, sendo alguns ataques reclamados pelo grupo extremista Estado Islâmico.

A insurgência levou a uma resposta militar desde há um ano com apoio do Ruanda e da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC), libertando distritos junto aos projetos de gás, mas surgiram novas vagas de violência a sul da região e na vizinha província de Nampula.

Há cerca de 800 mil deslocados internos devido ao conflito, de acordo com a Organização Internacional das Migrações (OIM), e cerca de 4.000 mortes, segundo o projeto de registo de conflitos ACLED.

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