Mais de 17,1 milhões de moçambicanos vão esta quarta-feira às urnas, em eleições gerais, que além do parlamento e governadores provinciais escolhem um novo Presidente da República para suceder a Filipe Nyusi, no cargo desde 2015.
Concorrem à presidência da República Lutero Simango, apoiado pelo Movimento Democrático de Moçambique (MDM, terceira força parlamentar), Daniel Chapo, com o apoio da Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo, no poder desde 1975), Venâncio Mondlane, apoiado pelo partido extraparlamentar Podemos, e Ossufo Momade, com o apoio da Resistência Nacional Moçambicana (Renamo, maior partido da oposição).
A publicação dos resultados da eleição presidencial pela CNE, caso não haja segunda volta, demora até 15 dias, antes de seguirem para validação do Conselho Constitucional, que não tem prazos para proclamar os resultados oficiais após analisar eventuais recursos.
Para estas eleições estão registados 11.516 observadores nacionais e 412 internacionais e haverá mais de 184.500 membros de mesas de voto, distribuídos pelos 154 distritos do país (180.075) e fora do país (4.436). Em Moçambique vão funcionar 8.737 locais de voto e no estrangeiro 334, correspondendo a 25.725 mesas de assembleia de voto no país e 602 assembleias no exterior, cada uma com sete elementos.
No exterior, o país com maior número de assembleias de voto para esta votação é a vizinha África do Sul, com 359, tendo a CNE aprovado a constituição de assembleias de voto em Essuatíni, Zimbabué, Zâmbia, Maláui, Tanzânia e Quénia.
Na Europa, haverá cinco assembleias de voto na Alemanha (para 670 eleitores), e em Portugal 13, para 1.177 votantes recenseados.