Moçambique. Dezasseis centros de saúde destruídos no norte do país

por Lusa

Pelo menos 16 unidades de saúde da província moçambicana de Nampula foram destruídas nos últimos 30 dias durante protestos pós-eleitorais, anunciou hoje o Governo local, que pediu o fim dos atos de vandalismo.

"Há partes da nossa província, em 15 distritos, onde destruíram 16 centros de saúde. Destruir centro de saúde é manifestação? O que um centro de saúde tem com reclamação de eleições?", questionou o governador da província de Nampula, Manuel Rodrigues.

Em declarações à comunicação social, o governador daquela província do norte de Moçambique afirmou que, durante atos de vandalismo, foram saqueados vários materiais médicos, incluindo camas, equipamentos hospitalares e medicamentos.

"Não vandalizemos os hospitais", pediu Manuel Rodrigues.

O Conselho Constitucional (CC) de Moçambique fixou 15 de janeiro para a tomada de posse do novo Presidente, que sucede a Filipe Nyusi.

Em 23 de dezembro, o CC, última instância de recurso em contenciosos eleitorais, proclamou Daniel Chapo, candidato apoiado pela Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo, no poder), vencedor da eleição presidencial, com 65,17% dos votos, bem como a vitória da Frelimo, que manteve a maioria parlamentar.

O anúncio levou de imediato a novos confrontos, destruição de património público e privado, manifestações, paralisações e saques, mas na última semana, sem novas convocatórias de protestos, a situação normalizou-se em todo o país.

Confrontos entre a polícia os manifestantes já provocaram quase 300 mortos e mais de 500 pessoas baleadas desde 21 de outubro, segundo organizações da sociedade civil que acompanham o processo.

Tópicos
PUB