MNE português defende que Putin devia ordenar "cessar-fogo definitivo"

por Lusa

O ministro dos Negócios Estrangeiros, João Gomes Cravinho, desvalorizou hoje o cessar-fogo de 36 horas anunciado pelo Presidente russo, Vladimir Putin, na Ucrânia, sublinhando que Moscovo deveria ordenar um "cessar-fogo definitivo e retirar as suas tropas".

"Fazer um cessar-fogo não resolve o problema que ele [Putin] criou", acrescentou o chefe da diplomacia portuguesa em declarações à agência Lusa à margem do seminário anual do Instituto Camões, em Lisboa.

"Naturalmente, um cessar-fogo é sempre bom porque há menos mortos durante este período, mas Putin criou um gravíssimo problema internacional ao invadir a Ucrânia", reforçou Cravinho, pelo que, acrescentou, "é difícil olhar para esta decisão de fazer um cessar-fogo de 36 horas como outra coisa que não um exercício de cinismo e uma manobra tática para ganhar tempo e para procurar impressionar a opinião pública internacional".

"Aquilo que ele tinha que fazer, verdadeiramente, era retirar as suas forças da Ucrânia", insistiu o ministro dos Negócios Estrangeiros.

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