Foto: José Sena Goulão - Lusa
Entrevistado ao telefone pela RTP horas depois de admitir que um ataque russo à Ucrânia estaria iminente, o ministro português dos Negócios Estrangeiros considerou a situação atual "muito, muito, muito grave no terreno".
Estarão na Ucrânia cerca de 40 portugueses e de 120 cidadãos luso-ucranianos registado e cujo paradeiro é conhecido da embaixada de Portugal , revelou o ministro,
Santos Silva reconheceu que ainda não está a par de pedidos de retirada, remetendo "para as próximas horas" outra reação.
"Estamos já a concertar com os parceiros a avaliação da dimensão desta operação e depois naturalmente a reação a ela", acrescentou, acrescentando que espera uma "reação firme" dos aliados na próxima reunião da NATO marcada para esta manhã.
"Deixo aqui também um apelo às autoridades russas que terminem de imediato com esta agressão", afirmou.
O responsável pela diplomacia portuguesa mostrou-se ainda indignado com os ataques das ultimas horas da Rússia à Ucrânia. "Não é possível que um Estado se possa comportar desta maneira ao arrepio tão evidente, tão flagrante das regras mínimas do direito internacional".
"Quando o agressor invoca direitos de defesa está tudo dito", resumiu.
"Agora é hora de recolher o máximo de informação possível e perceber o que está a suceder" afirmou o ministério
"Vamos aguardar", disse.