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Guerra na Ucrânia. A evolução do conflito ao minuto

Míssil atingiu território da Polónia. A situação ao minuto

por Mariana Ribeiro Soares, Inês Moreira Santos, Carlos Santos Neves - RTP

Artur Reszko - EPA

Acompanhamos aqui todos os desenvolvimentos sobre a queda, na terça-feira, de pelo menos um projétil de presumível fabrico russo em território polaco, perto da fronteira com a Ucrânia. Morreram duas pessoas.

Mais atualizações

20h42 - Míssil na Polónia. Europa pede cautela e aguarda fim da investigação

Os dirigente europeus insistem na necessidade de evitar uma escalada na guerra. Depois de um míssil ter atingido território polaco, os líderes da Europa pedem agora prudência e aguardam pela conclusão das investigações.
20h26 - EUA dizem ser improvável Kiev expulsar forças russas no curto prazo

Os Estados Unidos admitiram hoje que é improvável, no curto prazo, que a Ucrânia seja capaz de expulsar as forças russas dos territórios ocupados por Moscovo, incluindo a Crimeia.

"A probabilidade de uma vitória militar ucraniana, expulsando os russos de toda a Ucrânia, incluindo a Crimeia, a probabilidade de isso acontecer em breve não é muito alta, militarmente", comentou o chefe do Estado-Maior dos EUA, general Mark Milley, durante uma conferência de imprensa, ao lado do secretário de Defesa norte-americano, Lloyd Austin.

Milley classificou ainda como "crime de guerra" os ataques com mísseis russos que atingiram infraestruturas elétricas na Ucrânia, na terça-feira.

"Alvejar deliberadamente a rede elétrica civil, causando danos colaterais excessivos e sofrimento desnecessário à população civil, é um crime de guerra", acusou o general.

(agência Lusa)

20h17 - Míssil atinge Polónia. Afastado cenário de escalada da guerra

A NATO diz que não há indícios de um ataque deliberado da Rússia à Polónia, mas aponta culpas a Moscovo.

A morte de duas pessoas em território polaco terá sido provocado pela queda de um míssil ucraniano e não russo.

São dados preliminares do inquérito que ainda está em curso.


19h45 - Zelensky exige acesso a "todos os dados" sobre queda de míssil na Polónia

O presidente ucraniano exige o acesso de especialistas ucranianos a "todos os dados" dos aliados ocidentais e ao local da explosão do míssil que caiu na Polónia na terça-feira, perto da fronteira ucraniana.

"Queremos apurar todos os pormenores, todos os factos. Para isso temos de ter acesso a todos os dados que os nossos aliados têm e ao local da explosão", disse Zelensky num vídeo publicado no Telegram.

19h00 - Hungria critica declarações de Zelensky

O Governo húngaro disse esta quarta-feira que o presidente ucraniano estava a dar “um mau exemplo” ao afirmar que o míssil que caiu em território polaco na terça-feira era russo.

"Nestas situações, os líderes mundiais falam com responsabilidade", disse Gergely Gulyas, chefe de gabinete do primeiro-ministro Viktor Orban, a jornalistas.

“O presidente ucraniano, ao acusar imediatamente os russos, errou, é um mau exemplo", disse Gulyas, saudando, por sua vez, a atitude cautelosa da Polónia e dos Estados Unidos.

Volodymyr Zelensky disse não ter dúvidas de que o míssil que causou explosão na Polónia não era ucraniano e apontou o dedo a Moscovo.

Inicialmente, alegava-se que o míssil que caiu numa vila no sudeste da Polónia era de fabrico russo. No entanto, tanto a Polónia como a NATO admitiram esta quarta-feira que o incidente provavelmente foi causado por um míssil de defesa aérea ucraniano.

O chefe de gabinete do primeiro-ministro húngaro acusa, porém, a Rússia de ser "responsável pela guerra" e sublinha que "sem guerra, não haveria ataques com mísseis na Polónia".

18h52 - Presidente polaco encontrou-se com o diretor da CIA em Varsóvia

O presidente da Polónia, Andrzej Duda, reuniu-se esta quarta-feira com o diretor da Agência Central de Inteligência dos Estados Unidos, William Burns, em Varsóvia, disse o chefe do Departamento de Segurança Nacional da Polónia.

"Durante a noite, o presidente Andrzej Duda conversou com o chefe da CIA, William Burns, que está em Varsóvia após ter visitado Ancara e Kiev", escreveu Jacek Siewiera no Twitter. "A conversa dizia respeito à situação geral de segurança, e foram abordados os eventos recentes", acrescentou.


18h45 - Ataques russos na Ucrânia. Pentágono denuncia “campanha de terror”


O chefe do Estado-Maior dos EUA, o general Mark Milley, disse esta quarta-feira que os ataques com mísseis russos que atingiram a infraestrutura de energia civil na Ucrânia no dia anterior constituíram um “crime de guerra”.

Durante uma conferência de imprensa, o funcionário do mais alto escalão dos EUA disse que a Rússia está a perder em todas as frentes na guerra contra a Ucrânia e, por isso, está a levar a cabo uma "campanha de terror".

17h54 - “Nada contradiz” a tese de que o míssil que caiu na Polónia era ucraniano, diz Casa Branca

A Casa Branca diz que não encontrou nenhuma informação que conteste a avaliação preliminar da Polónia, que aponta que a explosão numa vila no sudeste do país foi provavelmente provocada por um míssil de defesa aérea ucraniano.

Os EUA afirmam, porém, que a Rússia é “responsável em última instância”.

"Quaisquer que sejam as conclusões finais, está claro que a parte responsável por este trágico incidente é a Rússia, que lançou intensos ataques de mísseis contra a Ucrânia com o objetivo específico de atingir a infraestrutura civil", disse a porta-voz do Conselho de Segurança Nacional dos EUA, Adrienne Watson, acrescentando que a Ucrânia tem todo o direito de se defender.

17h20 - NATO. Embaixador português reforça que análises preliminares apontam para míssil da Ucrânia a cair na Polónia

O embaixador português junto da NATO reforça que as análises preliminares apontam para que tenha sido um míssil defesa anti-aérea da Ucrânia a cair em território polaco.

A NATO ainda está a averiguar a situação com mais pormenor.
Pedro Costa Pereira reforça também que a Aliança entende que neste incidente não pode ser atribuída culpa à Ucrânia, que estava a exercer o direito de legítima defesa.

Numa entrevista aos correspondentes portugueses em Bruxelas, o representante permanente de Portugal junto da Aliança Atlântica diz ainda que a organização está pronta para defender qualquer Estado membro que seja atacado, mas que espera que nunca seja preciso ativar o artigo 5º do Tratado que prevê precisamente a reação da NATO, como um todo, caso algum país seja militarmente atacado.

Reportagem de Andrea Neves, correspondente Antena 1 em Bruxelas.

16h50 - Zelensky diz não ter dúvidas de que míssil que causou explosão na Polónia não era ucraniano

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, garantiu que o míssil que caiu em território polaco e que causou dois mortos não era de origem ucraniana.

"Não tenho dúvidas de que não foi um míssil nosso", disse Zelensky, citado pela agência Interfax Ukraine. "Acredito que foi um míssil russo", acrescentou.

Inicialmente, alegava-se que o míssil que caiu numa vila no sudeste da Polónia era de fabrico russo. No entanto, tanto a Polónia como a NATO admitiram esta quarta-feira que o incidente provavelmente foi causado por um míssil de defesa aérea ucraniano para defender o seu território, numa altura em que é alvo de intensos ataques por parte da Rússia.

O presidente ucraniano defendeu ainda que Kiev deve ter acesso ao local da explosão para estudar o incidente.

16h26 - Primeiro-ministro polaco sugere que ataque com míssil foi uma “provocação intencional”

O primeiro-ministro da Polónia sugere que é possível que o míssil que atingiu uma vila no sudeste do país, na terça-feira, tenha sido resultado de uma “provocação intencional” por parte de Moscovo.

“Não podemos descartar que o bombardeamento da infraestrutura ucraniana perto da fronteira foi uma provocação intencional na esperança de que tal situação pudesse surgir", disse Mateusz Morawiecki ao parlamento polaco.

15h55 - Rússia convoca embaixador polaco

A Rússia convocou o embaixador polaco em Moscovo para o Ministério dos Negócios Estrangeiros, um dia depois do lançamento de um míssil em território polaco, que levantou temores de uma escalada no conflito na Ucrânia.

"O embaixador polaco foi convocado ao Ministério dos Negócios Estrangeiros da Rússia", disse a porta-voz diplomática russa Maria Zakharova no Telegram, sem fornecer mais detalhes.

15h28 - Drone ucraniano abatido na fronteira entre a Ucrânia e a Bielorrússia

O exército bielorrusso, aliado de Moscovo, disse ter abatido um drone de reconhecimento ucraniano na fronteira entre os dois países esta quarta-feira.

"O drone foi abatido com uma Kalashnikov. A aeronave quadrotor estava equipada com uma câmara, foi usada para operações de reconhecimento e para filmar os meios técnicos implantados para monitorizar a fronteira", informaram os guardas de fronteira da Bielorrússia, num comunicado à imprensa.

Segundo esclareceram à AFP, o drone foi encontrado no lado bielorrusso a 100 metros da fronteira, no distrito de Kobrin, no sudoeste do país.

14h46 - Defesa britânico diz que míssil na Polónia é consequência da "agressão direta da Rússia" sobre a Ucrânia

O secretário de Estado da Defesa britânico afirmou que não irá especular sobre a origem do míssil que atingiu uma aldeia na Polónia, esta terça-feira.

"Estamos todos a tentar determinar os factos; a comunidade internacional está a trabalhar em conjunto. Penso que o primeiro-ministro polaco deixou bastante claro que vamos fazer progressos assim que soubermos exatamente o que aconteceu", precisou Ben Wallace, citado pelo The Guardian. "A questão óbvia é que só houve mísseis a voar, ontem, porque a Rússia disparou mais de 80 mísseis sobre a Ucrânia. Isto deve-se à agressão direta da Rússia sobre este local".

14h04 – Embaixador de Portugal na NATO confirma que não se verificou “nenhum ataque deliberado” da Rússia

Pedro Costa Pereira, embaixador português na NATO, afirmou, à semelhança dos parceiros, que a responsabilidade do incidente na Polónia “é da Rússia”.

“A NATO tomou todas as decisões que tinha de tomar em relação ao reforço do flanco leste”, admitiu. “Neste momento, evidentemente, iremos dar uma atenção ainda maior a tudo o que tem a ver com a nossa capacidade antimíssil e antiaérea em geral”.

A NATO, neste momento, não constata que “haja da parte da Rússia qualquer movimentação de forças que se destina a agredir as populações na Aliança”.

“Não há qualquer dúvida que a NATO, de for atacada pela Rússia, irá defender cada centímetro do seu território”, recordou. “Neste momento, não se verificou nenhum ataque deliberado por parte da Rússia, no território da Aliança Atlântica”.

Segundo confirmou o embaixador de Portugal na NATO, o incidente foi causado por “um míssil que foi lançado pela Ucrânia para intercetar um míssil russo, caiu num território da Polónia perto da fronteira com a Ucrânia”.

13h56 - Itália acusa Moscovo de ser responsável por queda de míssil na Polónia

A primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, considerou esta quarta-feira que a Rússia é responsável pela explosão de um míssil dentro do território polaco, embora o incidente tenha sido provavelmente causado por um míssil antiaéreo ucraniano.

"A hipótese de que foi um míssil antiaéreo ucraniano que caiu sobre a Polónia não altera a substância (do incidente), no nosso entendimento, e a responsabilidade pelo que aconteceu é totalmente russa”, disse Meloni numa conferência de imprensa após a cimeira do G20 (grupo das maiores economias mundiais) em Bali, Indonésia.

"Tivemos um brusco acordar com as notícias vindas da Polónia, pedimos informações, reunimo-nos e consultámos os nossos aliados", disse a chefe do Governo de Itália.

"E com os nossos aliados, condenamos os ataques de mísseis de Moscovo", afirmou.

13h38 - Habitantes de aldeia polaca em choque após explosão de míssil

Os habitantes da aldeia polaca Przewodow, próxima da fronteira com a Ucrânia, continuam hoje em choque após a explosão, na terça-feira, de um míssil de origem ainda desconhecida que causou a morte a duas pessoas naquela localidade.

“Estou com medo. Não dormi a noite toda, estou a ver televisão desde hoje de manhã e passam muitas ideias, pensamentos, pela minha cabeça”, disse à agência noticiosa France-Presse (AFP) Joanna Magus, professora do ensino primário em Przewodow, pequena localidade situada a cerca de seis quilómetros da fronteira com a Ucrânia.

“Espero que seja um míssil perdido. Se não for, estamos indefesos. Não sabemos o que fazer a seguir”, acrescentou Joanna Magus, lembrando, tal como o Ministério dos Negócios Estrangeiros polaco, que a explosão ocorreu ao início da tarde de terça-feira.

C/Lusa

13h31 - Horas de ansiedade e contactos na NATO

Chegou a estar em cima da mesa a invocação do artigo 4.º do Tratado do Atlântico Norte, que iria avaliar o grau de ameaça.
Mas os líderes mundiais não deixam de condenar o ataque em massa que a Rússia lançou na terça-feira sobre a Ucrânia.

13h29 - O incidente na Polónia visto de Bruxelas e Moscovo

As perspetivas dos correspondentes da RTP em Moscovo, Evgueni Mouravitch, e em Bruxelas, Duarte Valente.


13h21 - Informações desencontradas sobre explosões na Polónia

Sabe-se já que terão sido provocadas por mísseis da defesa aérea ucraniana. É a própria NATO que o aventa, depois de uma reunião de emergência, esta quarta-feira, em Bruxelas.
O presidente norte-americano, Joe Biden, havia já dado essa mesma informação aos membros do G7.

13h11 - Kiev exclui evacuações de cidades

O Governo ucraniano não está a equacionar evacuações em massa de cidades, na sequência da vaga de bombardeamentos russos de terça-feira, que deixou milhões de pessoas sem abastecimento de energia elétrica. Quem o diz é Kyrylo Tymoshenko, vice-chefe do gabinete do presidente Volodymyr Zelensky.

As autoridades ucranianas, afiança o mesmo responsável, estão antes apostadas em repor a rede elétrica.

12h47 - Ucrânia quer aceder ao local da explosão para "estudo conjunto"

A Reuters avança que a Ucrânia quer ter acesso ao local onde ocorreu a explosão, provocada por mísseis.

Oleksiy Danilov, secretário do Conselho Nacional de Segurança e Defesa da Ucrânia, disse que a Ucrânia queria um estudo conjunto do incidente de terça-feira com os parceiros e ver as informações que forneceram a base para as conclusões dos aliados.



12h00 - NATO considera que não foi ataque deliberado e "não é culpa da Ucrânia"

Em conferência de imprensa, o secretário-geral da NATO afirmou que não há provas de que a queda de mísseis na Polónia tenha sido “deliberado” e, admitindo a possibilidade de se tratar de um míssil ucraniano, Jens Stoltenberg deixou claro que a culpa não é da Ucrânia.

"Não temos indicação de que se tratou de um ataque deliberado e não temos indicação de que a Rússia está a preparar ações militares contra a NATO", afirmou Jens Stoltenberg.

“A nossa análise preliminar sugere que o incidente foi provavelmente causado por um míssil de defesa aérea ucraniano para defender o seu território contra ataques de mísseis de cruzeiros”, continuou, deixando claro, no entanto, que “isto não é culpa da Ucrânia”

“A Rússia tem responsabilidade na medida em que continua a sua guerra ilegal contra a Ucrânia”, salientou o secretário-geral da Aliança Atlântica.

Os aliados da NATO expressaram, na reunião desta quarta-feira, a sua “solidariedade com o nosso aliado Polónia” e garantiram que “vamos continuar a apoiar a Ucrânia no seu direito à autodefesa”.

“A Rússia tem de parar com esta guerra sem sentido”, reforçou Stoltenberg.

Em reunião com Joe Biden, o secretário-geral da NATO concordou que se deve manter a “vigilância e a calma”.

“Vamos continuar a monitorizar com muito cuidado esta situação. A NATO mantém-se unida e continuará a fazer sempre o necessário para proteger e defender os nossos aliados”, concluiu.

Respondendo às questões dos jornalistas, Stoltenberg afirmou que a NATO "aumentou significativamente" a presença no leste Europeu, com mais tropas, maior presença aérea e naval e agradeceu a disponibilidade dos aliados em fornecer sistemas de defesa aérea à Ucrânia.

Para o reponsável da Aliança Atlântica, o míssil que caiu na Polónia demonstra que a guerra na Ucrânia, "a qual é responsabilidade do presidente Vladimir Putin, continua a criar situações perigosas".

O secretário-geral da NATO afirmou ainda que, apesar disso, a posição da Aliança e dos seus aliados "não mudou a avaliação final do conflito".

E reforçou: "Mais uma vez, isto não é culpa da Ucrânia. A Rússia tem a responsabilidade por aquilo que aconteceu na Polónia e pela onda de ataques. E, claro, a Ucrânia tem o direito de abater os mísseis que têm como alvo as cidades ucranianas e as infraestruturas", afirmou, garantindo que a NATO está preparada para este tipo de situações.

11h40 - Polónia não vai invocar artigo 4.º da NATO

A Polónia ainda está a avaliar a possibilidade de invocar o artigo 4.º da NATO​, mas considera que pode não ser necessário utilizar essa medida, segundo o primeiro-ministro polaco, Mateusz Morawiecki.

Recorde-se que o artigo 4.º da NATO diz que os Aliados "consultar-se-ão sempre que, na opinião de qualquer delas, estiver ameaçada a integridade territorial, a independência política ou a segurança de uma das partes".

Também o presidente polaco, Andrzej Duda, admitiu que o míssil que matou duas pessoas na Polónia, na terça-feira, "tenha sido lançado pela Ucrânia", mas disse que nada indica que tenha sido um "ataque intencional".

Por isso, Duda declarou que a Polónia não vai invocar o artigo da NATO que prevê consultas entre aliados sempre que esteja ameaçada a "integridade territorial, a independência política ou a segurança" de qualquer dos estados-membros da Aliança Atlântica.

11h34 - Berlim ofereceu-se para reforçar defesa aérea de Varsóvia

Berlim ofereceu-se, na quarta-feira, para apoiar Varsóvia com mais defesa aérea.

“Depois do incidente na Polónia, oferecemos patrulhas de defesa aérea polacas”, anunciou o porta-voz do Ministério alemão da Defesa, Christian Thiels, numa conferência de imprensa citada pela AFP.

11h20 - Hungria expressa apoio à Polónia

A Hungria assume estar firmemente ao lado da Polónia, disse o primeiro-ministro Viktor Orban esta quarta-feira, dizendo que uma investigação calma e completa é necessária sobre as causas da explosão na vila polaca de Przewodow, perto da fronteira com a Ucrânia.

"Precisamos de uma investigação calma e completa sobre as explosões em #Przewodow. Uma coisa é certa: a Hungria está firmemente ao lado da Polónia", disse Orban no Twitter.



11h13 - Líderes mundiais debatem incidente

O chanceler da Alemanha, o presidente da Turquia e a presidente da Comissão Europeia prometem apoiar a investigação ao míssil que atingiu a Polónia.


11h07 - Joe Biden cauteloso na reação à queda do míssil na Polónia

O Presidente dos Estados Unidos diz que é necessário esperar pelo resultado da investigação. Biden considera, no entanto, improvável que o míssil tenha sido disparado desde a Rússia.


10h54 - França, Alemanha e Índia defendem investigação sobre origem de míssil

O presidente francês e os primeiros-ministros da Alemanha e da Índia defenderam, esta quarta-feira, que são precisas investigações cuidadosas sobre a origem da explosão do míssil que matou, na terça-feira, duas pessoas na Polónia, para não “tirar conclusões precipitadas”.

“Num assunto tão sério, temos de ter cuidado com quaisquer conclusões precipitadas” e esperar por “uma investigação cuidadosa”, atualmente ainda em curso, considerou o chanceler alemão, Olaf Scholz, em conferência de imprensa hoje realizada à margem da cimeira do G20 (grupo que reúne as 19 maiores economias do mundo e a União Europeia), que decorre na Indonésia.

“Estamos, obviamente, a trocar informações dos nossos serviços de segurança para coordenar a investigação”, disse, após um encontro entre os países da Aliança Atlântica (NATO) presentes no G20.

Scholz referiu ainda que um dos resultados do G20 é o reforço do isolamento do Presidente russo, Vladimir Putin.

“Tenho certeza de que um resultado desta cimeira é que o Presidente russo está, com sua política, quase sozinho no mundo”, disse.

Também o presidente de França, Emmanuel Macron, e o primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, apelaram à realização das “verificações necessárias” para apurar a origem da explosão na Polónia, perto da fronteira com a Ucrânia. Os dois líderes, que estiveram hoje reunidos num pequeno-almoço à margem do G20, reafirmaram o compromisso com a paz e discutiram as consequências da guerra no mercado de energia e na segurança alimentar.

C/Lusa

10h38 - Bélgica considera possibilidade de incidente ter sido provocado por sistemas de defesa antiaérea ucranianos

Em comunicado, a ministra da Defesa da Bélgica afirmou que não descarta a possibilidade de terem sido sistemas de defesa aérea ucranianos, usados para “combater mísseis russos”, a provocar a explosão na Polónia. Ludivine Dedonder afirmou ainda que foram relatadas “várias explosões” em território polaco, durante os bombardeamentos russos à Ucrânia.

"Explosões foram relatadas na Polónia, na zona fronteiriça com a Ucrânia. Nesta fase e com base nas informações disponíveis, podem ter sido detritos de mísseis russos e mísseis de defesa ucranianos que atingiram o solo polaco", acrescentou.

"A investigação ainda está em andamento para determinar com certeza tanto a origem dos disparos como os objetivos que esses mísseis atingiriam”.

O serviço de informações belga "mantém-se em contacto direto com os serviços parceiros da NATO", sublinhou a ministra belga, que pediu prudência sobre as consequências a retirar do incidente. "Nestas circunstâncias, é importante manter a calma. A Bélgica continuará a apoiar a Ucrânia, o seu exército e o seu povo. Ao mesmo tempo, continuamos a pedir a o fim da escalada e o fim imediato da invasão russa”.

10h16 - França quer cooperar com a Polónia para investigar incidente

O presidente francês, Emmanuel Macron, disse esta quarta-feira que esteve em contacto com as autoridades polacas para descobrir as circunstâncias da explosão na Polónia e que expressou total solidariedade ao aliado da NATO.

"A investigação está em curso”, disse numa conferência de imprensa em Bali, acrescentando que conversou com o presidente ucraniano para expressar apoio depois de o país ter sido atingido por ataques russos.

10h04 - Kremlin acusa Ocidente de fazer 'declarações infundadas' sobre incidente na Polónia

O Kremlin disse, esta quarta-feira, que alguns países fizeram "declarações infundadas" sobre uma explosão em território polaco, perto da fronteira com a Ucrânia, na terça-feira. Numa conferência de imprensa, o porta-voz Dmitry Peskov afirmou que a Rússia não teve nada a ver com o incidente, alegando que terá sido causado por um sistema ucraniano de defesa aérea S-300.

"As fotos publicadas na noite de 15 de novembro na Polónia, dos destroços encontrados na vila de Przewodow, são inequivocamente identificadas por especialistas da indústria de defesa russa como elementos de um míssil guiado antiaéreo do sistema de defesa aérea S-300 da força aérea ucraniana", lê-se num comunicado do Ministério da Defesa da Rússia.

Embora admita que não sabe se os canais especiais de comunicação foram acionados entre Washington e a NATO, saudou a “contida” resposta norte-americana.

9h42 - Biden terá dito que foi um míssil de defesa aérea ucraniano que atingiu a Polónia

De acordo com uma fonte da NATO, o presidente dos Estados Unido terá afirmado ao G7 e a parceiros da Aliança Atlântica que a explosão na Polónia foi causada por um míssil de defesa aérea ucraniano.

9h33 - Rússia defende que ataques na Ucrânia não ocorreram a menos de 35 quilómetros da fronteira com a Polónia

O Ministério da Defesa da Rússia afirmou, esta quarta-feira, que ataques à Ucrânia na terça-feira não aconteceram a menos de 35 quilómetros da fronteira com a Polónia, informou a agência de notícias RIA.

O ministério diz ainda que, de acordo com as imagens do local, especialistas identificaram fragmentos do míssil ucraniano S-300.

"Declarações de várias fontes ucranianas e oficiais estrangeiros sobre os alegados 'mísseis russos' que caíram na cidade de Przewodów são uma provocação deliberada com a intenção de fazer escalar a situação", escreve o departamento.

9h28 - Sirenes de ataques aéreos soam de novo na Ucrânia

As sirenes de aviso de ataques aéreos soaram hoje de manhã em todas as regiões da Ucrânia a pedido da força aérea, um dia depois de múltiplos ataques russos contra infraestruturas de energia.

Na sequência do pedido, as cerca de 20 regiões da Ucrânia estavam em alerta pouco depois de 10h00 locais (08h00 em Lisboa), segundo a agência francesa AFP.

C/Lusa

9h21 - Londres critica Moscovo por lançar mísseis enquanto G20 procura resolução da guerra na Ucrânia

O primeiro-ministro britânico, Rishi Sunak, acusou o presidente russo, Vladimir Putin, de lançar ataques indiscriminados contra civis na Ucrânia. Numa conferência de imprensa à margem da cimeira do G20 em Bali, Sunak criticou a Rússia por disparar mísseis contra a Ucrânia no momento em que o G20 se reunia para debater e encontrar uma solução para a guerra.

9h16 - Ucrânia culpa Rússia por quaisquer 'incidentes com mísseis'

Um conselheiro do presidente da Ucrânia disse nesta quarta-feira que a Rússia é culpada por quaisquer "incidentes com mísseis".

"Na minha opinião, é necessário aderir a apenas uma lógica. A guerra começou e está a ser travada pela Rússia. A Rússia ataca massivamente a Ucrânia com mísseis de cruzeiro", disse Mykhailo Podolyak num comunicado, citado pela Reuters.

"A Rússia transformou a parte oriental do continente europeu num campo de batalha imprevisível. Intenção, meios de execução, riscos, escalada - tudo isso é apenas a Rússia. E não pode haver outra explicação para quaisquer incidentes com mísseis”.

9h05 - Lituânia pede mais defesa aérea ao longo da fronteira leste da NATO

O presidente da Lituânia afirmou, esta quarta-feira, que a NATO devia aumentar a defesa aérea na fronteira entre a Polónia e a Ucrânia, assim como em todo o flanco oriental da aliança atlântica.

“A Lituânia apoia ativamente a implantação de defesa aérea ao longo da fronteira Polónia-Ucrânia”, disse Gitanas Nauseda, numa conferência de imprensa.

"Espero que até à cimeira da NAT no próximo ano, em Vilnius, possamos fazer progressos, visto que a situação confirma que é a decisão certa e é necessário uma implementação rápida", acrescentou.

8h57 - Zelensky acusa Rússia de enviar mensagem ao G20 com míssil na Polónia

Volodymyr Zelensky acusou, esta quarta-feira, a Rússia de pretender enviar uma mensagem ao G20 com o ataque na Polónia.

Há "um Estado terrorista entre vós, contra o qual temos de nos defender", disse o presidente ucraniano numa segunda intervenção por videoconferência na cimeira do G20, citado pela AFP.


8h45 - Ex-presidente russo acusa Ocidente de fomentar terceira guerra mundial

O vice-chefe do Conselho de Segurança russo, Dmitri Medvedev, acusou o Ocidente de potenciar uma terceira guerra mundial.

"A história do `ataque de míssil` ucraniano a uma quinta polaca prova apenas uma coisa: o Ocidente, pela sua guerra híbrida com a Rússia, aumenta a probabilidade de começar uma guerra mundial", disse o também ex-presidente russo na rede social Twitter, citado pela agência oficial russa TASS.



C/Lusa

8h36 - Reino Unido e Canadá sublinham importância de investigação completa sobre ataque de míssil na Polónia

O primeiro-ministro britânico, Rishi Sunak, e o primeiro-ministro canadiano, Justin Trudeau, conversaram com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskiy, para sublinhar a importância de se relizar uma investigação completa sobre o alegado ataque na Polónia, informou Downing Street, esta quarta-feira.

Os dois chefes de Governo “enfatizaram a importância de uma investigação completa sobre as circunstâncias por trás da queda de mísseis na Polónia ontem", disse o gabinete de Sunak, depois de ambos terem reunido com Zelensky, na cimeira do G20 na Indonésia.

"Eles enfatizaram que, seja qual for o resultado dessa investigação, a invasão da Ucrânia por Putin é diretamente responsável pela violência em curso”.

8h23 - Ataques russos durante G20 revelam desprezo de Putin pelas regras internacionais, diz Pedro Sanchez

Os ataques na Ucrânia durante a cimeira do G20, que decorre na Indonésia esta semana, mostram o desprezo do presidente russo pelas regras internacionais, na opinião do primeiro-ministro espanhol, Pedro Sanchez.

8h14 - Pequim pede contenção

A China veio esta quarta-feira pedir "calma" a todas as partes, na sequência das informações sobre o míssil de aparente fabrico russo que se abateu sobre a Polónia.

"Na situação atual, todas as partes envolvidas devem manter a calma e a contenção para que seja evitada uma escalada", reagiu Mao Ning, porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros da China.

8h08 - Rússia, "cão atiçado"

O novo secretário-geral do PCP sublinha em entrevista à agência Lusa que os comunistas nada têm a ver com as opções do Governo russo e que a posição do PCP é ao mesmo tempo simples e complexa.
Paulo Raimundo conta que um amigo de infância dono de um cão acabou por ser mordido, questionando se a culpa foi do animal.

O dirigente comunista reconhece que a história pode parecer absurda, mas serve para contextualizar que Estados Unidos, NATO e União Europeia parecem três meninos a "atiçar o cão".

8h04 - António Guterres pede contenção

O secretário-geral das Nações Unidas considerou, na última noite, "absolutamente essencial" evitar a escalada da guerra na Ucrânia, declarando-se "profundamente preocupado" com a queda de um míssil de alegado fabrico russo na Polónia.

Numa breve declaração difundida pelo porta-voz da ONU, António Guterres apelou a uma "investigação exaustiva".

7h54 - Líderes europeus no G20 realizam reunião sobre Polónia

Os líderes da União Europeia presentes na cimeira do G20, em Bali, na Indonésia, preparam-se para realizar esta quarta-feira uma reunião de "coordenação". O objetivo é analisar a queda de um míssil na Polónia, adiantou o presidente da Conselho Europeu.

Charles Michel tomou esta decisão após conversar ao telefone com o primeiro-ministro polaco, Mateusz Morawiecki, a quem garantiu "a plena unidade e solidariedade da UE em apoio à Polónia".

7h46 - NATO reúne-se a pedido de Varsóvia

A Polónia diz que ainda não há provas concretas sobre a origem do disparo, mas já confirmou que um míssil que caiu perto da fronteira com a Ucrânia é de fabrico russo. Moscovo nega o ataque e fala em notícias de "provocação".
A Aliança Atlântica vai reunir-se esta quarta-feira a pedido de Varsóvia.

7h42 - Putin cusa Ocidente de querer "enfraquecer" a Rússia

O presidente russo acusou os países ocidentais de quererem reescrever a história mundial numa tentativa de "enfraquecer" a Rússia.
Vladimir Putin proclamou a cidade ucraniana de Mariupol como a "cidade da glória militar russa".

7h26 - Ponto de situação

  • Retomamos aqui o acompanhamento ao minuto da tensão no leste da Europa, depois da queda de pelo menos um míssil de alegado fabrico russo na Polónia, perto da fronteira com a Ucrânia.

  • A Polónia diz que ainda não há provas concretas sobre quem lançou o míssil - ou o par de mísseis - que caiu no país. No entanto, Varsóvia indica que o projétil que caiu perto da fronteira com a Ucrânia é de fabrico russo.

  • O presidente polaco, Andrzej Duda, afirma que estão em curso investigações para apurar se os mísseis foram lançados pela Rússia.

  • Moscovo nega ter desencadeado qualquer ataque à Polónia e descreve o caso como uma provocação.

  • O Governo da Polónia exigiu já explicações à Rússia. O ministro polaco dos Negócios Estrangeiros convocou o embaixador russo em Varsóvia. Em simultâneo, condenou o "bombardeamento em massa” contra alvos na Ucrânia.

  • A NATO deverá reunir-se esta quarta-feira para analisar a situação. O presidente polaco contactou o presidente dos Estado Unidos. Entretanto, já houve uma reunião de emergência entre Joe Biden e outros líderes mundiais.

  • Para já, o presidente norte-americano considera que não é provável que o míssil que atingiu a Polónia tenha sido disparado a partir de território da Rússia.

  • O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, apressou-se a acusar a Rússia de fazer um ataque à NATO e “à segurança coletiva”.

  • Um responsável norte-americano, citado pela agência Associated Press, admite que o míssil que atingiu a Polónia possa ter sido disparado por forças ucranianas para deter um projétil russo.

  • O presidente turco, Recep Tayyip Erdoğan, diz levar a sério a posição de Moscovo, admitindo que o incidente da última noite tenha sido causado por um erro técnico. “Reuni-me com o chanceler alemão Olaf Scholz. Há uma impressão geral de que este míssil não é de fabrio russo e esta declaração abre caminho a determinados factos, pelo que não devemos insistir que este míssil foi lançado a partir da Rússia. Isto seria uma provocação”, frisou o chefe de Estado, durante a cimeira do G20 em Bali, na Indonésia.

  • Num esboço da declaração final da cimeira do G20, pode ler-se que “a maior parte dos membros condenam fortemente a guerra na Ucrânia”. O texto, que não colhe a unanimidade dos líderes reunidos em Bali, exige ainda “a retirada complete e incondicional” das tropas russas do território ucraniano.