Minuto de silêncio e balões brancos em Beslam em memória das vítimas

por Agência LUSA
Todos tomaram parte nas homenagens RTP

Famílias em lágrimas encheram hoje a escola em ruínas de Beslan e observaram um minuto de silêncio, exactamente um ano após a explosão fatal que fez desencadear o assalto e o massacre dos reféns.

Pelo menos 1.500 habitantes de Beslan (Ossétia do Norte, Cáucaso russo) reuniram-se às 13:05 locais (10:05 em Lisboa) na escola, calmos e recolhidos, mas sem conseguirem reprimir as suass lágrimas, com algumas mulheres em prantos copiosos.

Os sinos tocaram e imediatamente, no centro da escola, três dezenas de crianças soltaram aos céus 331 balões brancos, um por cada morte na tomada de reféns mais mortífera da história.

Nessa altura, um novo clamor de gritos e de lágrimas elevou-se na escola n`1 de Beslan.

O presidente russo, Vladimir Putin, afirmou sexta-feira que não pode ser desculpada a atitude dos responsáveis que não cumpriram o seu dever durante a tomada de reféns na escola, há um ano.

"Estou de acordo com aqueles que pensam que não se pode justificar os funcionários que não assumiram as suas responsabilidades", disse o líder do Kremlin, num encontro com uma delegação de mães de vítimas de Beslan transmitido pelo canal público de televisão Rossia.

No princípio da sua intervenção, o Presidente evocou o exemplo dos Estados Unidos, incapazes de impedirem os atentados de 11 de Setembro de 2001, para explicar que o Estado russo também não estava em condições de prevenir o tipo de actos terroristas como o de Beslan, no ano passado.

"Os Estados desenvolvidos, poderosos, onde a economia funciona, com forças especiais bem treinadas, não têm capacidade de impedir actos terroristas", prosseguiu Putin, citando os atentados de Madrid e de Londres.


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