Ministra da Educação timorense garante que projeto "Pró-Português" vai continuar

por Lusa

A ministra da Educação timorense garantiu hoje que pretende dar continuidade ao projeto "Pró-Português", que termina em dezembro, porque é a "pedra angular no reforço e na promoção da língua portuguesa em Timor-Leste".

"Sobre a continuação deste projeto, durante a nossa visita a Portugal falamos sobre isto e da parte do Ministério da Educação garantimos que este projeto tem de continuar", afirmou Dulce Soares, que integrou a delegação liderada pelo primeiro-ministro timorense, Xanana Gusmão, que realizou este mês uma visita oficial a Portugal.

A ministra timorense assinou hoje, no Ministério da Educação em Díli, com a embaixadora de Portugal em Timor-Leste, Manuela Bairos, a segunda adenda ao projeto, para concluir a segunda fase da sua implementação, até dezembro.

O projeto da cooperação "Pró--Português", iniciado em 2019 e cofinanciado entre Portugal e Timor-Leste, alcançou em todo o território timorense mais de quatro mil professores, do ensino pré-escolar até ao secundário e teve como objetivo ensinar a língua portuguesa e pedagogia.

"O projeto, que tem sido uma pedra angular na promoção e no reforço da língua portuguesa em Timor-Leste, não fortalece apenas os laços linguísticos, mas também fomenta o intercâmbio de conhecimento, o reforço de competências comunicativas, a autonomia e proficiência linguísticas dos nossos professores", salientou a ministra.

A embaixadora de Portugal afirmou que tem percorrido o país "por conta do projeto" e que "não há nada melhor para entender o pulsar daquele projeto do que visitar localmente as pessoas que dele beneficiam".

"Nas zonas mais distantes das capitais dos municípios, este é o grupo de pessoas através do qual o ensino e as aprendizagens em língua portuguesa vão ser feitos em Timor-Leste. Se quisermos abranger todo o território de Timor-Leste este projeto é o projeto adequado para o fazer", disse Manuela Bairos.

A embaixadora pediu também à ministra a continuidade do projeto e que os mais de 50 formadores timorenses fossem, por grupos, a Portugal durante um período de dois meses para fazer uma formação intensiva.

"Isso é muito importante. É uma informação para o Ministério da Educação. Acho que é uma ideia muito séria e vamos ver no próximo ano. Vamos ver as propostas", afirmou a ministra Dulce Soares.

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