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Ministra da Defesa considera adesão da Suécia reforço da "coesão dos aliados"

por Lusa

A ministra da Defesa, Helena Carreiras, considerou uma "ótima notícia" a adesão da Suécia à NATO, aprovada pelo parlamento húngaro, avaliando que "vem mostrar que a coesão dos aliados se reforça".

"É uma ótima notícia, uma excelente notícia. (...) É um momento muito importante que vem mostrar como a NATO é uma Aliança que se reforça", disse na segunda-feira à Lusa Helena Carreiras, na sede das Nações Unidas (ONU), em Nova Iorque, onde inaugurou uma exposição sobre os 65 anos de participação de Portugal em missões e operações de paz da ONU.

"Vem mostrar que a coesão dos aliados se reforça e que poderemos, em conjunto, melhor mostrar que o mundo em que queremos viver é um mundo onde as fronteiras não se definem pela força, onde os países têm direito à soberania, à integridade territorial e à sua independência, e que essa é a base para uma paz durável, sustentável na Europa e no mundo", acrescentou.

A candidatura de Estocolmo à Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO) foi aprovada na segunda-feira por uma esmagadora maioria de deputados húngaros (188 votos em 199 lugares).

Após a ratificação, há um mês, pelo Parlamento turco, a Hungria era o último dos 31 membros da Aliança que ainda não tinha aprovado a entrada da Suécia, num processo que começou há quase dois anos e até agora era bloqueado por estes dois países.

A Finlândia e a Suécia solicitaram em conjunto a adesão à Aliança Atlântica, após a invasão russa da Ucrânia em fevereiro de 2022.

A Finlândia tornou-se membro de pleno direito da NATO em 04 de abril do ano passado, o que levou a que a fronteira da Aliança com a Rússia mais do que duplicasse.

No caso da Suécia, a Turquia e a Hungria ainda mantiveram o veto.

Ancara, que tinha acordado compromissos de segurança com Helsínquia e Estocolmo, ainda tinha dúvidas sobre o envolvimento sueco na luta contra o alegado terrorismo curdo, tendo aprovado a adesão no final de janeiro.

Uma vez obtido o consenso de todos os países, para que a Suécia se torne membro de pleno direito da Aliança e possa beneficiar da defesa coletiva em caso de ataque, ainda existem algumas etapas administrativas que devem ser concluídas.

A Suécia deve depositar o chamado protocolo de adesão nas mãos dos Estados Unidos, que será mantido no Departamento de Estado norte-americano, em Washington.

Como culminação simbólica, a bandeira sueca será hasteada numa cerimónia na sede da NATO em Bruxelas, juntamente com as dos outros 31 aliados.

 

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