Ministério Público francês pede cinco anos para Marine Le Pen
Esta tarde, nas alegações finais no processo contra Marine Le Pen, o Ministério Público francês pediu uma pena de cinco anos de prisão, incluindo dois de prisão efetiva, e inegilibilidade de cinco anos para a líder do partido de extrema-direita Rassemblement Nationale.
“A lei aplica-se a todos”, insistiu o procurador, pedindo que esta sentença seja aplicada desde o momento da condenação, incluindo se a três vezes candidata presidencial recorrer, considerando que não é responsável pelas suas “ambições” políticas.
Segundo o procurador, a FN montou “um sistema organizado”, com “um interesse pessoal direto” por parte dos principais dirigentes do partido, com o objetivo de “servir os interesses do partido” para poupar dinheiro com os assistentes parlamentares, numa altura em que atravessava “uma situação financeira particularmente tensa”.
O representante considerou, por isso, que era necessária “uma resposta exemplar” para os arguidos, que beneficiaram de “um estilo de vida confortável” com o desvio de fundos.
“Penso que o objetivo da acusação é privar os franceses da possibilidade de votarem em quem quiserem” e “arruinar o partido”, acrescentou a três vezes candidata presidencial, que nega a ambição de se candidatar às Eleições Presidenciais de 2027, após o suposto desvio de fundos do Parlamento Europeu (PE) pelo seu partido União Nacional (RN, sigla em francês).
Os procuradores franceses, que conduzem o processo iniciado a 30 de setembro no Tribunal Penal de Paris, pediram que a líder da extrema-direita francesa fosse condenada por desvio de fundos públicos e por ser cúmplice do mesmo crime, com uma pena de cinco anos de inelegibilidade, cinco anos de prisão, três deles isentos, e uma multa de 300.000 euros.
O recurso, em princípio, deverá suspender a execução da sentença até que haja um julgamento final.
C/agências